Astroama. Astrologia Ritualística

Introdução ao AstroAma

O Sol, a Lua, os Planetas, os Asteroides, as Estrelas podem ser vistos como os corpos associados às forças anímicas, inteligentes, espirituais e arquetípicas que se expressam na pessoa como as potências das funções básicas da personalidade, assim como das funções dramáticas que podem ser identificadas atuantes com brilho especial em qualquer situação humana.

Elas reinam no Céu e estendem sua Ordem e Domínios nas diferentes formas de manifestação da vida na Terra e em nós humanos ganham riqueza de expressão da riqueza de suas potencias celestiais e a bênção da sensibilidade e inteligência das altas frequências…

O Ser Humano e o Sistema Solar compartilham a mesma Essência e a mesma Ordem.

Os ciclos dos planetas no Zodíaco estão associados aos ciclos da vida na Terra, de tal jeito que o conhecimento do significado astrológico do posicionamento dos planetas nos signos permite ter uma ideia do astral do que acontece em um indivíduo na Terra, estudando como os planetas em trânsito ativam os planetas natais.

O vínculo das evoluções planetárias no zodíaco com o que acontece na vida de uma pessoa é tão profunda, forte e rica que chega a impressionar, por não dizer assombrar. Eu mesmo como bom virginiano, ascendente Capricórnio, nunca imaginei que seria possível uma relação tão estreita e íntima entre a personalidade e o céu de nascimento. Só quando fui iniciado na compreensão de meu mapa natal foi que tive a bênção desta iluminação. E desde então até hoje, por mais de vinte anos, não paro de pesquisar, experimentar, me deliciar com este vínculo do estelar com o telúrico.

Os antigos identificavam os planetas e as estrelas como o corpo e morada dos deuses, presentes e participativos nas suas vidas no dia a dia. Hoje a Ciência, Tecnologia e sensibilidade estão permitindo experimentar estes vínculos de maneira muito mais facilitada e rica. Lástima que ainda sejam poucos os privilegiados que usufruem deles.

A presença dos planetas na pessoa pode ser reconhecida a partir do conhecimento dos atributos e características dos planetas segundo a Astrologia.

A Astrologia, como a Mitologia, é construída a partir de um olhar, um prisma, uma visão, uma experiência do relacionamento do céu com a pessoa.

O conteúdo e o significado de um planeta transcende qualquer um dos deuses que possam ser associados a ele. Tenho pensado que seria mais justo e correto se os planetas não levassem nomes de deuses mitológicos únicos. O ideal seria poder estar conectados às hierarquias espirituais associadas aos planetas e identificar na mitologia pessoal os deuses, santos e entidades que correspondem aos planetas. Outra alternativa seria nomear o planeta pelas suas qualidades, tipo Marte, o “guerreiro” que para muitos na atualidade é na verdade “o pazeiro” – aquele que age, transforma através da Paz e do Amor. No mínimo, estar atento que o planeta transcende o nome de batismo.

Numa dramatização no encontro de astrólogos, Astrológica (Escola Gaia) um preto velho se manifestou numa interpretação de Saturno e falou:

“Porque vocês astrólogos falam astrologia em grego? Os planetas ainda não falaram seus nomes em brasileiro? Se esses planetas são tão importantes, eles tem que ter seus nomes em brasileiro. Jesus, Maria, José, Santos e Orixás como se relacionam com os planetas? ”

Esclareço que não sou contra as importantíssimas informações que oferecem a mitologia greco-romana ou a conceituação dos astrólogos antigos, mas ao ler-se os planetas e signos zodiacais deveria usar-se as mitologias vivas na cultura a que se pertence, aquelas que formam parte de religiões ou ritualísticas vivas para o astrólogo, estudioso e seu consulente.

Por exemplo, não confundir ao deus Plutão (Hades) com o planeta que leva por nome seu nome. O deus Plutão é uma das facetas do planeta chamado por Plutão. Eu, particularmente, identifico mais ao planeta Plutão com o deus indiano Shiva. Dentro da própria mitologia grega, acho mais representativo astrologicamente ao deus Dionísio e na mitologia cristã, o próprio Lúcifer. Do próprio deus Plutão na Mitologia Romana ou de o Deus Hades na Mitologia grega conheço muito pouco (Se alguém tiver conhecimentos sobre Plutão ou Hades compartilhe, grato).

Cada um deve construir sua relação pessoal com o Sol, a Lua, os planetas, os signos e as estrelas.

As relações e vínculos com todos eles são vitais e reais, mas ainda inconscientes na maioria. No entanto, devem ser vistos com atenção especial, porque a compreensão da sua linguagem permite entender as vozes e potências que habitam o mundo pessoal, a sociedade, a natureza e tudo o que existe na Terra.

Astroama e Astrologia Ritualística

Astroama ou Astrologia Ritualística

Gosto de chamar a Astrologia que pratico de Astroama ou Astropsicovivência, agora também uso o nome Astrologia Ritualística. A minha mestra em Psicodrama Marisa Greeb me aconselhou (1987) o nome para meu trabalho de “Astrodrama” ou “Astrovivência”.

Na minha abordagem da Astrologia tenho indiscutível influência da “Santeria cubana”, do Psicodrama e do Teatro. Desde pequeno, acompanho os trabalhos espirituais em terreiros de “Santeria” em Cuba. Quando criança, era tão real e normal me relacionar com os Orixás, Santos, e Entidades, como com as pessoas. O teatro também está presente na minha vida desde minha juventude, sou ator, dançarino e diretor de teatro. No Brasil, meu terreiro de teatro é o Teatro Oficina, no comando alegre do querido José Celso Martinez Correa.

Sei que tem colegas que estão desenvolvendo trabalhos parecidos seja no Brasil como no exterior. No Brasil conheço o trabalho de meu amigo astrólogo Maurice Jacoel que está ligado a astrólogos norteamericanos que ainda não conheci. Também conheci a astrovivência de Robson Papaleo, viagens pelos planetas. Mas lamentavelmente não tenho tido oportunidade de compartilhar com eles meu trabalho.

Tenho Saturno na casa 11, assim fico mais na minha, mas estou aberto para compartilhar tudo o que sei e conhecer outros enfoques e experiências.

Criei o Astroama pela minha necessidade de ativar o relacionamento vivo entre os planetas, os signos, as estrelas e a pessoa para isto me auxilio do Astrológica sistêmica, das Constelações familiares sistêmicas, do Psicodrama, do Psicotranse, Xamanismo e do Teatro.

A parte do Astroama que lida com ritos e cerimônias se chama Astrologia Ritualística, especializada em estudar e criar rituais que contribuam com a consciência da relação com os planetas, os signos, as casas, as estrelas e a pessoa.

A Astrologia Ritualística estuda também a arte de se canalizar mensagens do Sistema Familiar, dos mestres e guias da pessoa e identificar sinais das entidades espirituais associadas aos planetas.

Usa-se como técnicas de apoio: Psicodrama, Psicotranse, Constelação familiares, dramatizações, jogos dramáticos, trabalhos de máscaras, danças circulares sagradas, meditações, visualizações, expressão corporal, cantos, orações, rituais e cerimônias.

Dentro das práticas da Astrologia Ritualística destaca-se a Gira Planetária ou Gira dos Astros.

CaminhaLeviSthanLeoArteseHectorOthon2005 — Vivência de Astroama no Encontro de xamanismo 2005

Gira planetária

“Gira Planetária” ou “Gira dos Astros”

A “Gira planetária” é a prática de rituais que consideram os Astros, os Signos do Zodíaco e as Estrelas, como entidades, forças vivas, espirituais, presentes na vida.

Exemplos de gira:

“Viagem pelo Sistema Solar” através de visualizações, onde o viajante encontra-se e relaciona-se com os planetas no ambiente protegido das “Estações planetárias”. Nestas visitas as “estações planetárias” a pessoa desenvolve habilidades, identifica erros, aprende;
exercícios psicodramáticos e jogos dramáticos para iluminar situações planetárias natais;
cultos e cerimônias aos planetas através de preces, cantos, danças…
celebração de rituais para os momentos celestiais especiais tais como: Fases da Lua, entrada do Sol, da Lua e planetas nos signos ou configurações astrológicas especiais.

Para cada ente astrológico são criados santuários, figurinos, máscaras, cantos, poemas, danças, oferendas, ditirambos como deveriam realizar os antigos astrólogos na Mesopotâmia, Grécia, e outros povos…

Por exemplo, para identificar a energia de um determinado planeta, seja Saturno, explicam-se as características e atributos do Ser Saturno e da função dramática Saturno, paramenta-se a pessoa com o figurino e objetos de cena de Saturno, explicita-se a faculdade Saturno segundo seu mapa natal até a pessoa identificar a sua função e se sentir em condições de representar a identidade Saturno que vive nele.

Incorporado de Saturno informa-se a situação astrológica de Saturno e passa-se a dramatização.

A própria pessoa incorpora seu Saturno e falará o que deve ser ouvido…

Saturno também pode ser construído como uma função dramática ou papel mundano, tal como o castrador, o limitador, o Pai, o Maestro, pessoa sábia, o velho pessoal, etc.

Minha personalidade é do tipo experimentador e com a vida apreendi a importância de praticar rituais que se nutram da experiência milenar de conviver com as forças da Natureza e do Universo.

O Astrólogo que se abre para uma relação direta com o Sistema Solar, as Estrelas e o Zodíaco, penetra numa fonte generosa que alimenta a sua alma e lhe propicia uma compreensão mais ampla do Simbolismo Astrológico. É uma bênção experimentar falar e se relacionar com as entidades planetárias, assim como os católicos com seus santos, os umbandistas com seus Orixás ou os atores com os personagens.

O desfrute cotidiano da estreita relação entre a vida, o Sistema Solar e o Zodíaco, é um verdadeiro privilégio. Além de usufruir dos presentes que nos oferece a Astrologia através do estudo do mapa natal e as previsões pode-se usufruir dos planetas como entidades vivas dentro e fora da pessoa, com possibilidade de comunicação e relacionamento cotidiano com elas.

Aos astros estão associados entidades espirituais com os quais se pode manter uma relação pessoal, assim como com Deus o pai-mãe de todos nesse Universo ou as forças da natureza: o trovão, a chuva, o vento, etc.

Estações planetárias

Estações Planetárias

Aos planetas estão associados o que se pode chamar de “estações” ou “laboratórios” planetários. Estes espaços existem no plano simbólico, mas astrólogos sensitivos se atrevem afirmar que existem no plano espiritual. Estudando-os se pode por analogia criar espaços com estas funções no plano físico. A cada estação acompanha uma equipe técnica espiritual que acompanha a pessoa desde que nasce. Elas quando consciente, podem ser usadas no trabalho de cura cotidiano.

Ao visitar uma estação planetária se pode entrar em contato com o planeta vivo na pessoa. Nas estações ou esferas dos planetas se identifica como é que está sendo vivida a energia dos planetas. Nelas se pode pesquisar os aspectos tensos ou favoráveis aos relacionamentos com outros planetas e a situação astrológica geral, resgatando todo o potencial de vida que existe neles.

Por exemplo: na estação de Vênus se pode:

tratar feridas no amor;
identificar melhor a forma de amar e o que deve-se ter em conta para se sentir bem e alcançar a satisfação;
conscientizar melhor o que se percebe belo e harmonioso, a estética pessoal;
revelar a situação da Vênus em relação ao resto do mapa;
entrar em contato com o Astro interior e conseguir conscientizar o que ele quer, a sua situação, etc.
identificar o que se gosta.
identificar os melhores caminhos de ganhar dinheiro e viver com bem-estar e beleza.
aperfeiçoar habilidades e assimilar conhecimentos, nos curar ou recuperar de vivências sofridas e tecer planos de aprimoramento.

Leitura dramática do Mapa natal

Leitura dramática do Mapa natal. Planetas como personagens e aspectos como reveladores das situações dramáticas

Os planetas como funções e faculdades da personalidade podem ser associados a funções dramáticas. Por outro lado os aspectos maiores entre os planetas e diferentes situações astrológicas no mapa natal podem inspirar verdadeiros roteiros dramáticos do mapa natal, que tecem lendas pessoais, enredos recorrentes, cíclicos e ocasionais que revelam possíveis dinâmicas entre os eus interiores (eus planetários) ou também entre a pessoa e as pessoas que encarnam as potencialidades de seus planetas pessoais (sem poder no Olimpo pessoal).

Usando a mesma metodologia um texto dramático pode ser lido como um drama entre forças planetárias associadas a seus personagens e situações.

Na vida cotidiana, os personagens dos dramas humanos também podem ser estudados através das funções dramáticas ou papeis principais associados aos planetas.

Planetas e personagens dramáticos

A cultura dominante no Ocidente é solar. A pessoa é valorizada e apreciada segundo suas qualidades solares: sucesso na vida, na carreira e na família. Independência, auto-gestão. Vitalidade, disposição, generosidade. Brilho, magnetismo, poder, etc. A formação e educação na atualidade priorizam o desenvolvimento das qualidades do eu solar.

O signo solar é apreciado e focado de tal forma que muitas pessoas conseguem se definir a si mesmas através da situação astrológica do signo solar.

Assim, numa primeira olhada, se poderia pensar que o “eu dominante” no Olimpo pessoal seja o Eu solar. De certa forma o Eu solar pode ser considerado como o herói principal no Olimpo pessoal, mas em dependência da situação, as vezes, o herói pode ser outro eu planetário.

Ao focar determinados aspectos da personalidade e seus dramas pode ser mais adequado escolher como protagonista ou herói outro planeta que tenha mais a ver com a situação ou drama a ser estudado, por exemplo ao focar a vida emocional ou familiar pode se optar melhor pela situação astrológica da Lua como o personagem protagonista.

Eus planetários

Eu planetário

Chama-se de “eu planetário” ao “eu” definido pela situação astrológica de no mínimo um planeta natal ou ponto significativo do mapa. O eu planetário também pode ser definido pela situação astrológica de vários planetas e pontos significativos do mapa natal.

Quando se conhece bem o mapa natal se pode distinguir determinadas configurações planetárias associadas a rasgos de personalidade que constituem verdadeiros “eus” interiores. Por outro lado, toda pessoa que se conheça bem também pode conseguir perceber que é vários “eus”, muitas vezes bem diferentes entre si.

Isto é tão claro em algumas pessoas que estas características especiais ganham apelidos: “aí está Elisabete com a maritaca incontrolada”; “o homem está com o bicho solto, não chegue por perto”; “Katia é um santa, pode pedir para ela”… Muitas pessoas tem apelidos diferentes entre os amigos, no trabalho, na família. É comum também você falar com uma pessoa numa situação e encontrar outra em situação diferente. O difícil é uma pessoa se comportar do mesmo jeito o tempo todo, com todas as pessoas e em situações diferentes.

Diante um estímulo, a pessoa pode ativar vários “eus”. A questão é qual vai conseguir dominar o corpo e se expressar. Como o corpo é um só, os “eus” ativados têm que chegar a um acordo entre eles. Cada “eu” tem sua personalidade distintiva com características, desejos, forma de ser e vontade própria. No entanto, vários querem se manifestar ao mesmo tempo. Esta situação interior pode criar tensão e desgaste quando não existe diálogo interior que harmonize as diferenças.

Como os “eus” são diferentes entre si, em muitas situações é difícil chegarem a um entendimento: Uns oprimem com sua força; outros conquistam a liderança com sua inteligência e magnetismo, outros vivem massacrados e reprimidos, outros tentam conciliar diferenças… Enfim, as mais diversas respostas diante um mesmo desafio. No melhor dos casos, um dos “eus” conquista a liderança e determina o que se deve ser feito. Mas na maioria dos casos perde-se muita energia e vida nas brigas e tensões entre eles e muitas vezes nem se responde direito ao estímulo.

Eu líder

Pode existir um eu que tenha poder de decisão e representação de outros “eus planetários”. Eu que pode ser também uma mistura de vários eus planetários com comando democrático.

Olimpo pessoal

Chama-se de Olimpo pessoal ao conjunto dos “eus” (d eus) planetários da pessoa.

É hábito identificar os “eus planetários” como diferentes vontades ou gostos de um aparente “único eu”, mas se for atento a si mesmo no dia a dia, poderá diferenciar verdadeiros “eus interiores” (relacionados às energias planetárias) que o incorporam segundo a situação. Pode existir o caso de um eu planetário estar constituído pela conexão entre vários planetas natais.

A cada instante se é possuído por vários “eus”, por exemplo, agora em mim estão presentes vários dos meus eus, cada um com sua particularidade: o “Professor Uereba” que é fundamentalmente meu Mercúrio em Virgem de Casa 9 que adora explicar e informar com riqueza de detalhes … “O cabrito Sarandanga” (Ascendente Capricórnio), meu “eu capricorniano” que sempre quer aprimorar, fundamentar, estruturar melhor, agir com responsabilidade… Por outro lado está presente “Hectico”, a minha inquieta e dinâmica Lua em Áries, na casa 4, trígono Plutão de casa 8, que fica inquieta com tantas palavras e reflexões e desejando fazer outra coisa mais dinâmica. Hectico (a Lua em Áries) fica doido quando o professor Uereba quer entrar em detalhes excessivos ou o Sarandanga não respeita o tempo e quer ficar trabalhando até terminar o que se propõe… E exatamente agora, aproveitando que está sendo citado, Hectico quer ir a chupar uma manga e estou indo lá. Ele conseguiu, fui e voltei. Agora o professor Uereba e o cabrito Sarandanga estão de volta e dou continuidade ao trabalho…

Assim os “eus” que habitam a pessoa, têm que aprender a conviver entre si, e é o resultado desta dinâmica de grupo no mundo interior que determina como estará a vida da pessoa.

O grande desafio de todo ser humano desde um ponto de vista astrológico é realizar com harmonia a potência de sua mandala natal, o que em termos de “Olimpo Pessoal” é harmonizar, conciliar, integrar as diferenças entre os “eus astrológicos”.

Quando se desconhece esta situação sofre-se o atrito entre os “eus planetários” como mal-estar interior, perda de energia e possível autossabotagem no que se esteja fazendo. Daí a importância de conhecer a voz dos “eus interiores” e poder conciliar suas diferenças, buscando uma maneira de viver que atenda às necessidades e aos desejos de todos.

Os eus planetários sendo representados por outras pessoas

Muitas vezes uma pessoa se relaciona com um eu planetário interior através de outra pessoa. A voz e ação do eu planetário é vivida através de outra pessoa que se comporta com ela segundo suas características. Por exemplo uma pessoa muito uraniana pode viver seu Saturno natal através do papel saturnino de outra pessoa próxima tipo o pai, chefe, parceiro. E assim, sem saber é muito atingida com as observações saturninas do outro que conseguem se manifestar complementando a dificuldade de escutar a própria voz saturnina interior.

Roteiro de pesquisa dos eus planetários

Identidade

A identidade da personalidade é constituída segundo a situação astrológica do Sol (presente), da Lua (passado) e do Ascendente (futuro). Esta é a tríade básica que define a identidade pessoal.

Eu solar

Sol. Presente. Protagonista principal. O herói. Identidade.

Eu solar

o Sol na Astrologia

Eu do Ascendente

Ascendente. Futuro. Super-ego. Linha forte de destino. Identidade.

Eu do Ascendente

Eu lunar

Passado. Emoção

Eu lunar

Mente, Amor, Relacionamento, estilo de agir, o que gosta, valoriza

Eus pessoais: Mercúrio, Vênus e Marte

Mercúrio, Vênus e Marte expressam as forças, e funções da personalidade que se podem dirigir ou modificar, até certo ponto conscientemente. Esses planetas caracterizam os traços mais distintivos da personalidade e os anseios mais fortes da pessoa.

Todas as pessoas usufruem de um tipo de vitalidade, senso de individualidade e de autenticidade (Sol); uma maneira de sentir, de reagir instintivamente, de memorizar, de se cuidar e nutrir (lua); um tipo de mentalidade, maneira de reagir mentalmente, expressar-se, e trocar ideias (Mercúrio); uma forma de valorizar, de amar e se relacionar (Vênus) e uma maneira de agir, decidir, tomar iniciativa (Marte).

Mercúrio, Vênus e Marte são chamados de planetas pessoais porque revelam o carimbo da individualidade e reúnem as funções de personalidade que definem a pessoa nos seus aspectos mais característicos no cotidiano.

Eu mercuriano

Eu mercuriano

Marte e Vênus

Marte e Vênus indicam potencialidades da pessoa para a sexualidade, namoro e relacionamento.
Para conhecer este setor do mapa, deve se estudar:

situação astrológica de Vênus e Marte
situação astrológica da casa 7 e casa 5
situação astrológica do signo de Libra

Eu marciano

Eu marciano

Eu venusiano

Eu venusiano

Eus sociais: Júpiter e Saturno

Júpiter e Saturno são chamados de planetas sociais. A eles se lhes atribui forças e virtudes que permitem aos humanos viver em sociedade.

Saturno dando realidade a ideias, projetos, sentimentos, intuições, sonhos, através do trabalho, mostrando limites, o possível, criando regras, códigos, instituições e tradições; enquanto Júpiter da às ideias, vontade, fé, convicção, legalidade e determina a maneira de expansão do indivíduo.

São duas forças planetárias que agem em conjunto, incitando a formação da sociedade civilizada. Júpiter inspira a visão de mundo, as crenças, a moralidade, enquanto Saturno, as vias de concretizá-la, a estrutura da vida e sua civilização correspondente. Júpiter gera a lei e a Ética enquanto Saturno, a instituição da lei e sua guarda. Júpiter inspira a fé, Saturno as religiões.

No mapa, a significação relativa de ambos refere-se ao seu impacto sobre a maneira como a pessoa deseja tomar parte no mundo.

Saturno: as correntes mais profundas da estabilidade, da tradição e da segurança.

Júpiter: as aspirações futuras, o senso de aventura, os riscos assumidos e o crescimento pessoal.

Os planetas pessoais junto aos sociais determinam o foco da consciência do ser humano na descoberta de sua singularidade tanto individual como nos grupos em que organizou a sua vida.

Interpretando Zeus nas Bacantes. Teatro Oficina

Eu jupiteriano

Eu jupiteriano

Eu saturnino

Eu saturnino

Eus que agem além do pessoal e do social

Eu uraniano

Eu uraniano

Eu netuniano

Eu netuniano

Eu plutoniano

Eu plutoniano

Usos do Astroama

Uso do Astroama (Astrologia Ritualística)

Estudar e pesquisar Astrologia

A primeira vez que recebi a leitura do meu mapa foi num palco. Isto foi um privilégio. Desde então Astrologia e dramatização são inseparáveis para mim. Sempre vi a Astrologia como a forma de viver a relação cotidiana com os planetas como entes vivos e presentes, expressando-se em mim e em todo o que me rodeia.

Nas minhas aulas e trabalhos uso direto as dramatizações e os jogos dramáticos tanto para estudar e pesquisar os conceitos astrológicos como para me relacionar diretamente com as forças e atributos dos planetas e dos signos.

Entender o mapa natal

Existem diversos rituais, vivências e exercícios que permitem estudar o mapa natal ou pesquisar o significado astrológico do posicionamento e situação de determinado planeta e seu relacionamento com o mapa como um todo e seu reflexo na personalidade.

Num mapa natal, cada planeta está posicionado num signo, numa casa e mantém aspectos individualizados com o resto dos elementos do mapa. Esta situação astrológica configura determinadas características da personalidade do indivíduo, que podem ser vistas como uma personagem ou eu diferenciado a ser focado e revelado pelas técnicas da Astrologia Ritualística.

As técnicas da Astrologia Ritualística revelam a potência e desafios que a pessoa tem nos diferentes setores da vida, segundo o seu mapa natal. Ajuda também a vislumbrar possíveis caminhos de realização e harmonização, sintonizado ao momento de vida e ao contexto dos dinamizadores astrológicos (trânsitos, progressões, direções, revoluções, lunações, etc).

O cliente, ao experimentar o Astroama, chega por si mesmo à compreensão das suas potencialidades e automatismo. Os planetas falam através dele e ele mesmo constrói a sua interpretação. Isto é realmente muito bom.

O mapa natal é uma mandala pessoal e pode ser pesquisada através de dramatizações, rituais e exercícios diversos.

A pessoa fica no centro de sua mandala e os outros atores disponíveis para interpretar as funções dramáticas, os eus interiores ou deuses e entidades associados aos planetas e pontos significativos do mapa.

A pessoa narra as suas questões, o que quer dramatizar e o facilitador conduz segundo a metodologia a ser usada. Os planetas falam através dos atores. Os desafios são dramatizados em busca de soluções criativas.

Usam-se o poder das ervas, pedras, aromas, das formas e dos sons para curar feridas, equilibrar as energias, embelezar a vivência.

Aprender a se relacionar com um planeta

Desde pequeno vi meus pais se relacionarem com seus Santos e Orixás através de orações, cultos católicos e cultos de Santeria. Tanto minha mãe como meu pai tinham seu Santuário onde eles tinham imagens e estatuetas de seus santos, copo para flores, copo de água, candelabro para velas. Nestes santuários minha mãe também rezava para seus mortos e pedia para seus vivos.

Quando conheci os planetas, meu primeiro movimento foi também criar um santuário para cada um deles. Logo determinado o lugar, começa a se colocar objetos, imagens, santinhos que tiverem a ver com a energia do planeta.

Explore no seu interior que santo, deus, orixá tem a ver mais com um determinado planeta. Pode ser que apareça um deus completamente novo, mas que para você faça sentido como representante da energia do planeta, assim acontece por exemplo quando se trabalha com o planeta Urano que não tem representante em nenhuma mitologia. O Deus Urano nada tem a ver com as qualidades astrológicas de Urano, e não existem deuses ou entidades na mitologia yoruba, cristã, indiana, nórdica que corresponda. Eu trabalho Urano através dos Mestres Ascensos e entidades associadas aos irmão extraterrestres galácticos.

No Astroama existem diferentes técnicas para se relacionar com as entidades planetárias. A mais simples é a fala direta com elas, expressar o que se sente e quer e saber escutar. Pode se experimentar estabelecer este diálogo junto a outra pessoa onde ela ou você incorporam o planeta.

Estudar previsões

As dramatizações e os rituais são muito eficientes para entender os trânsitos planetários, as progressões e as direções e encontrar soluções criativas aos desafios associados. Pode-se criar uma personagem com as características do planeta em trânsito, e levá-la a contracenar com os eus interiores, que correspondam aos planetas ativados pelo seu trânsito.

Sinastria

O Astroama pode ajudar aos parceiros falarem e se relacionarem a partir de seus eus planetários e assim conhecerem e aprenderem a se relacionar com as particularidades deles. Levando à cena os “eus interiores” do casal em relação, pode-se compreender os seus dramas e identificar caminhos de complementação, conciliação e harmonia.

Metodologia

Técnicas de apoio: Psicodrama, Sociodrama, Psicotranse, Constelações familiares sistêmicas, Xamanismo e Jogos Dramáticos.

Ao levar a cena uma situação astrológica segue-se o seguinte roteiro:

Os astros (Luminares, planetas, asteroides) e os pontos significativos (Ascendente, nódulos lunares, etc) no mapa natal, assim como os planetas da progressão, das direções e das revoluções planetárias determinam os personagens interiores da pessoa através de suas funções dramáticas. Enquanto que um planeta em trânsito ou planeta de outro mapa definem os personagens exteriores a pessoa.

Exemplo, no caso de Marte, o personagem focaliza a ação, a tomada de decisões e iniciativas (o guerreiro pessoal); no caso de Vênus , o personagem focalizara o relacionamento, o senso de beleza, de harmonia e equilíbrio, os critérios de valores, o afeto, as riquezas pessoais (o ser amoroso); no caso da Lua, as necessidades emocionais, o plano pessoal, o ambiente de aconchego, a necessidade de cuidar e de nutrir a si mesmo e aos outros (a mãe, a criança, a rainha).

signos e regentes

Os signos e seus regentes definem o estilo, a forma do personagem. O signo onde se encontre o planeta, aponta o ‘como’ o personagem se comporta. Por exemplo, um Marte em Touro, determina uma ação com propósitos definidos, perseverante e sensorial, às vezes dá a característica de “cabeça dura”, enquanto que um Marte em Gêmeos já seria um personagem que gosta de diversidade e de fazer várias coisas ao mesmo tempo.

aspectos

Os aspectos ou angulações com significado astrológico entre os planetas definem o enredo e os personagens participantes da cena. Dos aspectos se deduzem as falas dos personagens e os seus relacionamentos. A rede de aspectos de um planeta no mapa natal explicita os laços e tipos de relacionamentos que a personagem que lhe corresponde tem com as personagens ou funções dramáticas que correspondem aos outros planetas e a situação geral do mapa e suas ativações.

casas

As casas onde encontram-se os planetas, definem o cenário e o ambiente, o ‘onde’ acontecem os enredos e suas tramas e o setor da vida ativado.

As cenas podem evoluir de diferentes formas:

No caso da pesquisa de um mapa natal: O mapa oferece infinitas propostas de dramatização. Definindo o que se quer abre-se o leque e o cliente escolhe o que lhe interessa pesquisar.
Podem ser inspiradas em cenas vividas que explicitem um aspecto astrológico do mapa natal.
Podem ser cenas criadas a partir das promessas que suscitam um determinado aspecto astrológico em foco.

No transcurso de uma dramatização, pode se revelar uma cena vivida no passado, que indique a necessidade de se vivenciar novamente, em busca de respostas espontâneas e soluções positivas e criativas…

As sessões podem ser organizadas de diversas formas segundo os objetivos a serem alcançados:

Sessões individuais semanais de duas horas.
Grupos abertos ou fechados. Sessões de duas horas por semana.
Vivências de fim de semana, tipo:
- “Gira dos Astros”
- “Viagem pelo Sistema Solar”
- “Roda da Alma”

Exigências que os diretores, facilitadores e participantes devem cumprir:

Pela direção: Conhecimento da Astrologia e Psicodrama.

Na direção devem estar presentes no mínimo um astrólogo e um terapeuta ou xamã ou um astrólogo com conhecimentos de Psicodrama, capacitado para:

Dramatizações inspiradas no mapa natal.
Dramatizações das situações de vida a que se quer trazer uma luz.
Processamento dos conteúdos levantados.
Dirigir egos auxiliares (pessoas facilitadoras a direção que tenham conhecimento e experiência de Psicodrama e Astrologia).

Pelos participantes : Conhecimento do Mapa natal e do ABC da Astrologia.

No caso de grupo, o participante deve estar em disponibilidade de compartilhar sua vida íntima em grupo (aconselha-se uma entrevista individual prévia onde é colocado o possível grau de exposição nas vivências. Em alguns casos aconselha-se, antes de participar do grupo, sessões individuais).

Espaço ideal. Objetos de apoio

Local:

Espaço fechado com no mínimo 4×4 m2 para no máximo 12 pessoas. Banheiro. Objetos de apoio:
Mandala astrológica (faixa zodiacal) 3×3 m2.
Máscaras dos planetas.
Indicações de Cúspides de casas.
Cartões com os significados dos astros, dos signos, das casas e dos pontos significativos do mapa.
Aparelho de som.

Benefícios da prática do Astroama

Conquistas da aplicação do Astroama

Conquistas da aplicação do Astroama:

Consciência de identidade;
Entendimento e desenvolvimento das potencialidades;
Identificação de pontos fortes e de pontos frágeis;
Identificação dos diferentes eus e construção do Olimpo pessoal;
Conciliação das diferenças dos eus interiores;
Percepção do momento de vida em sintonia com os ciclos planetários e as progressões e direções simbólicas;
Possibilidade de planejar a vida segundo as forças planetárias, usando-as a favor de seus objetivos e propósitos;
Consciência dos mecanismos de autossabotagem e liberação dos circuitos neuróticos que nos levam ao sofrimento e provocam sofrimentos aos outros;
Percepção de si. Percepção dos outros. Percepção de como os outros nos percebem. Percepção de si, percebido e percebendo: Tele;
Desenvolvimento da capacidade de expressão e comunicação do participante, trazendo espontaneidade e criatividade;
Enriquece as leituras do campo da constelação sistêmica, o mapeamento do Olimpo pessoal – eus que nos habitam;
autocoroação da alma como a direção do Olimpo Pessoal.