Vulcano ainda não foi descoberto no plano físico. Em 1858 se pensou ter descoberto uma possível trajetória, mas até hoje não se descobriu o seu corpo físico.
Mas Vulcano como função da personalidade, segundo se deriva de seus mitos tem tudo a ver com o signo de Touro.
Posição zodiacal
O seu corpo físico se encontra supostamente entre o Sol e Mercúrio, do que se deduz que sua posição no mapa natal é em algum lugar entorno do Sol com orbe da distância entre o Sol Mercúrio natal.
Regente esotérico e hierárquico de Touro
O regente de Touro na Astrologia ocidental (segundo Ptolomeu), como a maioria sabe é o planeta Vênus. Que tem tudo a ver com o lado estético, sensível a beleza e a utilidade das coisas do taurino.
Mas para quem conhece bem os nativos de Touro. sabe que este signo está associado a uma energia de firmeza nos propósitos, cabeça dura até, firmeza na busca de resultados, um vontade de levar até o fim, de alcançar o que se quer muito bem expressa pela associação do signo de Touro com o as características comportamentais associadas ao planeta Vulcano.
Veja a seguir as qualidades do planeta Vulcano como “função da personalidade” e sinta se não o identifica em sua personalidade com o seu lado taurino:
Qualidades da função de personalidade: Vulcano
Resiliência
Foco
Resistência. Perseverança
Criatividade – Artesão. Tecnologia
Vulcano, Deus do martelo e da forja, é o regente esotérico e hierárquico de Touro.
Vulcano age abençoado com o poder do Primeiro Raio, batendo o “metal base” para transmutá-lo numa forma mais aprimorada a ser usada para fins espirituais. Ele é a força que cria e que também destrói, produzindo a morte da forma (do metal cru) a fim de que a alma possa ser libertada (ferramenta).[2][37]
Sua força incansável simboliza a persistência necessária para abrir o caminho para a experiência da Alma no mundo da forma.
Esse ferreiro lendário exerce sua atividade nos planos mais elevados para que a alma possa progredir no seu caminho de evolução, à medida que adquire – num nível inferior de existência – a necessária experiência de conhecimento do mundo físico, Deus manifestado.
Vulcano, até hoje é um planeta oculto na 3ra dimensão, e por esse motivo, pouco conhecido ou compreendido.
Vulcano 1 -Vulcano como Foco, Vontade de resultados, de levar até o fim o que se começa.
Primeiro Raio
Planeta oculto
Vulcano conta-se entre os quase 70 planetas ocultos a serem descobertos. Ele por tanto não tem manifestação na 3ra dimensão, no mundo físico. Mas sabemos que seu equivalente no plano físico seria um planeta que estaria entre Mercúrio e o Sol.
Vulcano, supostamente muito próximo do Sol, não foi encontrado ainda. O astrônomo Herschel pensou que tivesse descoberta sua trajetória, mas estava errado em seus raciocínios. De início entendemos que Vulcano estava em sua terceira encarnação, mas agora se considera possível que tenha recentemente passado de sua quinta para sua sexta encarnação, o que explicaria seu desaparecimento.
Veja a situação dos outros planetas:
Vênus, que está em sua quinta encarnação, e portanto só possui um globo físico;
Terra, Marte e Mercúrio, que tem três planetas visíveis porque está em sua quarta encarnação;
Júpiter, em sua terceira encarnação;
Saturno, em sua terceira encarnação;
Urano, em sua terceira encarnação;
Netuno e os dois planetas não nomeados além de sua órbita, que está em sua quarta encarnação, e portanto tem três planetas físicos, como nós.
Várias cenas da presença de Vulcano na vida dos humanos, assim como da traição de Vênus com Marte foram representadas na arte, por artistas como Velázquez, Rubens, Tintoretto Tiepolo.
Segundo a mitologia romana, a caverna de Vulcano está localizada sob o Monte Etna, na ilha italiana da Sicília, ou sob a ilha eólica de Vulcano, no Mar Tirreno. A esposa de Vulcano era a deusa da beleza de Vênus, embora ele não fosse muito bonito e fosse manco. Algum tempo depois, Vênus o engana com Marte, dando origem a várias catástrofes.
Vulcano (Hefesto) na Mitologia
Deus da tecnologia (hardware), da metalurgia, dos artesãos, da indústria. Do fogo, dos vulcões, dos metais, da alquimia. Do trabalho, da perseverança, do foco, da busca de resultado.
Na Grécia era conhecido por Hefesto, e Vulcano em Roma
fonte: https://artsandculture.google.com/usergallery/vulcano/oQIiUPI4Z2DfIQ
Paternidade
Numa das tradições sobre o mito de Hefesto, atestada na Odisseia de Homero e talvez também na Ilíada, Hefesto nasceu da união de Zeus e Hera. [nt 2]
Outra versão do mito, registrada apenas de maneira segura em textos tardios, [nt 3] mas que pode indicar um resquício do mito arcaico da Hera autônoma, ela teria dado a luz a Hefesto através da partenogênese. A motivação, segundo a cosmologia centrada em Zeus de Hesíodo,[8] seria o envolvimento da deusa numa disputa competitiva com Zeus relacionada a este ter “dado à luz” a Atena. Os pintores de vasos áticos, no entanto, ilustravam a tradição mais difundida, de que Hefesto já estaria presente ao nascimento de Atena, empunhando o martelo com o qual ele havia feito uma abertura na cabeça de Zeus para libertá-la.
Queda do Olimpo
A despeito de ser a deusa da família, Hera arremessou Hefesto do alto dos céus, desgostosa por ele ser coxo;[9] em outra versão, ele teria ficado coxo justamente devido à queda. No relato homérico, ele despencou durante nove dias e noites até cair no oceano,[10] onde foi criado pela oceânides Tétis (mãe de Aquiles) e Eurínome.
Outra explicação afirma que ele teria sido arremessado por Zeus, por ter resgatado sua mãe quando o rei dos deuses a acorrentou por opôr-se a ele.[11] Já outro relato afirma que ele teria despencado durante um dia e caído na ilha de Lemnos, onde foi criado e treinado para ser um mestre artesão pelos síntios, antiga tribo nativa daquela ilha.[12] De acordo com estas duas versões, ele teria ficado coxo graças à queda.
Há quem diga que Hefesto foi jogado do Olimpo por um monstro mandado por Caios como vingança por ter tido filhos com a mulher dele.
Deus do vulcão
Hefesto foi identificado pelos colonos gregos do sul da Itália com os deuses do vulcão Adrano (do monte Etna) e Vulcano, das ilhas Lipari. Sua forja foi deslocada até lá pelos poetas. O sábio Apolônio de Tiana, do século I, teria comentado: “existem muitas outras montanhas em diferentes partes da terra além do Etna, mas não somos tão levianos a ponto de afirmar que suas erupções são provocadas por gigantes e deuses.”[13]
Um mito de fundação ateniense narra que Atena teria recusado uma união carnal com Hefesto devido à sua aparência pouco atraente e seu defeito físico, e que quando ele então se enfureceu e tentou tomá-la à força, a deusa desapareceu de sua cama. A ejaculação de Hefesto caiu sobre a terra, engravidando Gaia, que acabou por dar à luz a Erictônio de Atenas; este então foi dado, ainda criança, a Atena, para que essa o criasse, guardado por uma serpente. Higino derivou deste mito uma criativa etimologia para o nome Erictônio, a partir da “disputa” (Eris) entre Atena e Hefesto e a criança-terra (ctônio). Existe na cidade um Templo de Hefesto, o Hefesteu (Hephaesteum), chamado erroneamente de Teseu”), localizado próximo à ágora ateniense.
Na ilha de Lemnos, sua consorte era a ninfa Cabiro, com quem ele teve dois filhos, dois deuses ferreiros conhecidos como cabiros. Na Sicília, sua consorte foi a ninfa Etna, e seus filhos foram os dois deuses dos gêiseres sicilianos conhecidos como palicos.
Segundo Homero a esposa de Hefesto era Cáris. Para a maior parte dos mitos, no entanto, Hefesto é marido de Afrodite, que o trai cometendo adultério com Ares.
O ofício de Hefesto
Hefesto foi responsável por fazer boa parte dos magníficos equipamentos dos deuses, e quase todo tipo de trabalho em metal dotado de poderes mágicos que aparece na mitologia grega é tido como tendo sido feito pelo deus:
- o elmo alado e as sandálias de Hermes,
- o peito de armas conhecido como égide,
- a célebre cinta de Afrodite,
- o cetro de Agamenon[14]
- a armadura de Aquiles,
- os crótalos de bronze de Héracles,
- a carruagem de Hélio (bem como a sua própria),
- o ombro de Pélops,
- o arco e flecha de Eros.
Hefesto trabalhava com o auxílio dos ciclopes ctônicos, seus assistentes na forja. Também construiu autômatos de metal que trabalhavam para ele; entre estes estavam tripés que tinham a capacidade de ir e voltar ao monte Olimpo.
Hefesto deu ao cego Órion seu aprendiz, Cedálion, para ser seu guia.
Em uma das versões do mito do deus, Prometeu teria roubado o fogo que ele deu aos homens da forja de Hefesto. Este também teria criado o presente que os deuses deram ao homem, a mulher Pandora e seu pito.
Segundo o mito, Zeus ficou enfurecido, com os humanos, que receberam a arte de fazer o fogo de Prometeu, e decidiu dar à humanidade um “presente” que resultaria em punição, para compensar a vantagem que eles receberam de Prometeu. Desse modo, ordenou a Hefesto (artista celestial, deus do fogo, dos metais e da metalurgia) que moldasse da terra a primeira mulher, uma “bela maldade”, cujos descendentes atormentariam a raça humana.
Depois, Atena (deusa da estratégia em guerra, da civilização, da sabedoria, da arte, da justiça e da habilidade) a vestiu com um vestido prateado, um véu bordado, guirlandas e uma coroa ornamentada de prata. Hermes deu a ela “uma mente desavergonhada e uma natureza enganosa”, o poder da fala, acrescentando “mentiras e palavras astutas”. Além disso, outros deuses lhe deram outras qualidade, como: a graça, a beleza, a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais.
Feita à semelhança das deusas imortais, quando apareceu, pela primeira vez, diante dos homens: “a maravilha se apoderou deles”, mas ela era “pura astúcia, não para ser resistida pelos homens”. Foi enviada ao titã Epimeteu, a quem Prometeu recomendara que não recebesse nenhum presente dos deuses. Vendo-lhe a radiante beleza, Epimeteu esqueceu quanto lhe fora dito pelo irmão e a tomou como esposa.
Como presente de casamento, os deuses deram a Epimeteu uma caixa, que continha todos os males. Pandora, contrariando uma ordem expressa em sentido contrário, dominada por sua imensa curiosidade, abriu a caixa e todos os males se espalharam pelo mundo[5], restando, retida no recipiente, apenas a esperança. Desse modo, tiveram fim os tempos de inocência e ventura, conhecidos como a Idade de Ouro.[6]
Hesíodo conta duas vezes o mito de Pandora; na Teogonia não lhe dá nome, mas diz (590-593)[7] [8]:
- Dela vem a raça das mulheres e do gênero feminino
- dela vem a corrida mortal das mulheres
- que trazem problemas aos homens mortais entre os quais vivem,
- nunca companheiras na pobreza odiosa, mas apenas na riqueza.
Em Os trabalhos e os dias (60-105), Hesíodo reconta o mito, desta vez chamando de Pandora a primeira mulher.[9]
Nesta versão também, por ordem de Zeus, Hefesto molda em barro uma adorável moça, Atena lhe ensina as artes da tecelagem, Afrodite a embeleza, e Hermes lhe dá “uma mente despudorada e uma natureza enganosa” (67-8). As cárites e as horas a adornaram, e por fim Hermes lhe deu a voz e um nome, Pandora, porque “todos os que habitam o Olimpo lhe deram um presente, uma praga para aqueles que comem pão” (81-2). E Hermes a leva a Epimeteu, que a recebe. O mal (doenças e trabalho) começa quando Pandora abre o jarro [nota 1][nota 2][nota 3] e pragas incontáveis saem dele. Entretanto, a esperança não saiu do jarro.
Alguns estudiosos ressaltaram as semelhanças entre as figuras de Pandora e de Eva, pois em ambas as perspectivas mitológicas, uma mulher teria contribuído decisivamente para trazer os males ao mundo[12] [13] [14].
Como um hábil ferreiro, Hefesto fez todos os tronos do Palácio do Olimpo.[15]
O retorno de Hefesto
Hefesto foi o único deus que retornou ao Olimpo depois de ter sido exilado.
Numa narrativa arcaica, [nt 4] Hefesto teria se vingado de Hera pela sua rejeição a ele construindo para ela um trono dourado mágico que, quando ela se sentou sobre ele, não a deixava mais se levantar. [nt 5]
Os outros deuses imploraram a Hefesto que retornasse ao Olimpo para libertá-la, porém ele teria recusado, dizendo “eu não tenho mãe.”[18]
Finalmente Dioniso, enviado para trazê-lo de volta, compartilhou com ele seu vinho, embebedando assim o ferreiro e trazendo-o de volta ao Olimpo sobre as costas de uma mula, acompanhado por foliões – cena que por vezes aparece ilustrada nos vasos pintados da Ática e de Corinto. [nt 6]
Nas cenas pintadas os dançarinos e figuras fálicas que formam a turba que acompanha Dioniso, enquanto este conduz a mula, mostram que a procissão fazia parte das celebrações ditirâmbicas que antecederam, em Atenas, as peças satíricas do século V. [nt 7]
O tema do retorno de Hefesto, popular entre os pintores de vasos áticos cujas mercadorias eram apreciadas pelos etruscos, pode ter sido responsável por levar o mito para a Etrúria. [nt 8]
Do modo em que os pintores retratavam a procissão, Hefesto estaria montado sobre uma mula ou cavalo, acompanhado por Dioniso, que segurava as rédeas e as ferramentas de Hefesto, entre elas um lábris (espécie de machado com duas lâminas).
O viajante Pausânias relatou ter visto uma pintura no Templo de Dioniso, em Atenas, construído no século V porém decorado em algum ponto anterior ao século II d.C., quando Pausânias o viu:
“ | Existem pinturas aqui – Dioniso levando Hefesto para o céu. Uma das lendas gregas diz que Hefesto, ao nascer, teria sido arremessado de lá por Hera. Como vingança, o deus deu como presente a ela uma cadeira dourada com correntes invisíveis. Assim que ela sentou foi presa [pelas correntes], e Hefesto se recusou a atender os apelos dos outros deuses, com exceção de Dioniso – em quem tinha total confiança – e após embebedá-lo Dioniso o levou de volta ao céu.[25] | ” |
Hefesto e Afrodite
Hefesto, sendo o mais decidido dos deuses, recebeu de Zeus a mão de Afrodite para evitar que os outros deuses travassem disputas por ela. Afrodite, no entanto, não aceitou a ideia do casamento arranjado com o feio Hefesto, iniciou um relacionamento amoroso com Ares, deus da guerra, narrado no canto VIII da Odisseia.
Hefesto ficou sabendo da traição de Afrodite por meio de Hélio, o Sol onividente, e planejou uma armadilha para eles durante uma de suas escapadas. Enquanto Afrodite e Ares estavam juntos na cama, Hefesto envolveu-os com uma rede de cota de malha inquebrável, tão fina que era praticamente invisível, e levou-os ao monte Olimpo para humilhá-los diante dos outros deuses.
Estes, no entanto, apenas riram diante da visão dos amantes nus, e Posídon conseguiu persuadir Hefesto a libertá-lo como troca de uma garantia de que Ares pagaria uma multa pelo adultério. Na Odisseia Hefesto afirma que devolveria Afrodite a seu pai e exigiria dele seu dote.
Na Ilíada, a consorte de Hefesto é uma Afrodite menor, Cáris (“a graça”) ou Aglaia (“a gloriosa”), a mais jovem das Graças, como Hesíodo a chama.[26] Hefesto foi pai de diversos filhos, tanto com mortais quanto imortais. Um destes foi o ladrão Perifetes. Juntamente com Talia, Hefesto era considerado o pai dos Palicos.
Os tebanos acreditavam que a união entre Ares e Afrodite teria resultado em Harmonia, tão bela quanto uma segunda Afrodite. Não se tem, no entanto, qualquer relato de algum fruto desta união, a menos que Virgílio tenha afirmado a sério que Eros seria seu filho.[27] Autores posteriores explicam esta declaração afirmando que o deus do amor seria filho de Ares, mas entregue a Hefesto para que este o criasse como seu próprio filho.
Hefesto estava associado de alguma maneira aos mistérios arcaicos pré-gregos (originários dos frígios e trácios) dos Cabiros, também conhecidos como Hephaistoi, “os homens-de-Hefesto”, em Lemnos. Uma das três tribos lêmnias também se chamava de Hepéstio, alegando descendência direta do deus.
Hefesto tinha poucos epítetos, quando comparado a outros deuses; um deles era Hefesto Etneu (Hephaestus Aetnaeus), por sua oficina supostamente situar-se sob o monte Etna.[28]
Consortes e filhos
Os romanos também alegavam que sua divindade equivalente, Vulcano, teria os seguintes filhos:
Epítetos
Hefesto recebeu alguns epítetos, entre os quais estão:[29]
- Åmphigúeis (ἀμφιγύεις), “o coxo”
- Kullopodíon (κυλλοποδίων), “o hesitante”
- Chalkeús (χαλκεύς), “o artesão de cobre”
- Klutotéchnes (κλυτοτέχνης), “célebre artífice”
- Polúmetis (πολύμητις), “astuto”, “esperto”, “de muitos recursos”
Simbolismo e possível inspiração
Hefesto era descrito nos mitos como cholōs, “manco”, “coxo”,[30] e retratado com defeitos nos pés, movimentando-se de maneira claudicante (ēpedanos), disforme, tanto de nascença ou como resultado de sua queda; nas pinturas de vasos, Hefesto é muitas vezes mostrado curvo sobre sua bigorna, trabalhando em alguma obra de metal, por vezes com os pés invertidos: Hephaistos amphigyēeis. Caminhava com o auxílio de uma bengala ou bastão.
O argonauta Palemônio, “filho de Hefesto” – o que poderia significar apenas que ele era um bronzista – também era coxo.[31] Outros “filhos de Hefesto” foram os Cabiros, da ilha de Samotrácia, identificados com o caranguejo (karkinos) pelo lexicógrafo Hesíquio, e o adjetivo karkinopous, “pé de caranguejo”, que significava “coxo”; Detienne and Vernant[32] observaram que os Cabiros também eram descritos como coxos. [nt 9]
Em algumas versões do mito, Hefesto construiu para si uma “cadeira com rodas” ou carro com o qual se deslocava, o que lhe ajudava a superar sua deficiência física e ainda assim mostrar aos deuses suas habilidades.[35] Na Ilíada de Homero o deus constrói máquinas humanóides de bronze para auxiliá-lo a se movimentar.
A aparência feia de Hefesto e seu defeito físico é interpretado por alguns estudiosos como uma representação da arseníase, um efeito decorrente da exposição a pequenas quantidades de arsênio que resultaria na coxeadura e câncer de pele. No lugar do estanho, encontrado com menos facilidade na época, o arsênio era adicionado ao cobre durante a Era do Bronze para endurecê-lo; como os chapeleiros, enlouquecidos pela sua exposição ao mercúrio – que inspiraram o célebre personagem de Lewis Carroll do Chapeleiro Louco, em Alice no País das Maravilhas – a maior parte dos ferreiros da época teriam sofrido de envenenamento crônico como resultado de seu trabalho e, consequentemente, a imagem mítica do ferreiro coxo teria se espalhado.[36]
Vulcano na literatura, no cinema, na arte
Na série dos Nossos Astros na FC, hoje falaremos dos mundos do sistema solar que nunca foram.
Não se trata apenas de imaginar os planetas que conhecemos com ambientes extrapolados do da Terra, mais ou menos hospitaleiros ao ser Humano, para depois então se comprovar o oposto: mas observações registradas que se provaram depois errôneas e hipóteses não comprovadas a respeito da existência de outros planetas, luas e mesmo uma estrela no nosso sistema solar.
Vulcano é o exemplo clássico: um planeta que orbitaria ainda mais próximo do Sol do que Mercúrio. Proposto em 1859 pelo astrônomo francês Urbain Le Verrier (o mesmo envolvido na pesquisa que levou a Urano e Netuno), para explicar certas irregularidades na órbita de Mercúrio.
Entretanto, foi desacreditado em 1915, quando a Teoria da Relatividade de Einstein comprovaria que as irregularidades observadas eram falsas, sendo na verdade uma ilusão de ótica provocada pela gravidade do Sol. Obviamente que isso não intimidou a Ficção Científica.
“By Aeroplane to the Sun: Being the Adventures of a Daring Aviator and His Friends (1910)”, por Donald W. Horner, já o incluía como avistamento na viagem dos personagens. Alguns contos irão descrevê-lo, antes de mais nada, como um mundo não só cheio de perigos como sendo extremamente quente.
R. F. Starzls o descreve com o nome de Aryl no conto “The Terrors of Aryl” (1931), Leslie F. Stone o figura em “The Hell Planet” (1932). Também de 1932, “Vulcan’s Workshop”, por Harl Vincent, no qual uma colônia penal é localizada em Vulcano.
Ross Rocklynne conta de duas pessoas presas em um Vulcano oco em “At the Center of Gravity” (1936), conceito de cenário foi reaproveitado 10 anos depois por Edmond Hamilton em “Outlaw World” (1946), parte da série aventuresca de contos “Captain Future”. Na série literária britânica de ficção científica juvenil chamada “Chris Godfrey of U.N.E.X.A.”, em seu romance “Missão Mercúrio” (1965, por Hugh Walters), durante o retorno da primeira missão tripulada a Mercúrio um planeta ainda mais próximo do Sol é avistado pela tripulação, podendo então finalmente ser Vulcano.
No final, se o deus romano dos artífices não ganhou seu lugar no céu, ao menos ganhou notoriedade nas lendas modernas, quando Gene Rodenberry o escolheu para batizar o mundo natal do Sr. Spock e de sua raça paterna em “Star Trek” (1966).
fonte http://planeta.rio/nossos-astros-na-ficcao-cientifica-mundos-imaginados/
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