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Capítulo 4 Os Planetas Sagrados e os Não-Sagrados A Esotérica A Bailey | Curso Astrothon
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Capítulo 4 Os Planetas Sagrados e os Não-Sagrados A Esotérica A Bailey

CAPÍTULO QUATRO do livro Astrologia Esotérica

“Tratado sobre os Raios” Volumem III

Os Planetas Sagrados e os Não-Sagrados

Um dos grandes e mais importantes mistérios da iniciação trata do status espiritual dos Logos planetários e a ele está relacionado – aqueles grandes Seres nos Quais todas as formas de vida em todos os planetas movem-se e têm a sua existência. Este texto diz respeito a Suas evoluções, às Suas metas e objetivos ao longo do Caminho cósmico, e à iniciação para a qual Eles – em Suas incomparáveis e incompreensíveis vivências – se estão preparando.

Planeta sagrado e não sagrado

Basicamente, poder-se-ia dizer que um planeta é considerado “sagrado” quando a Vida espiritual que lhe dá a forma já alcançou as cinco maiores iniciações cósmicas, e que um planeta “não-sagrado” é aquele cujo Logos planetário não recebeu estas iniciações.

Esta é uma definição inadequada e somente para ser compreendida até um certo ponto se tivermos em mente que a iniciação é um processo de desenvolvimento da Inclusividade.

a – O Ser Humano se está tornando inclusivo, no sentido planetário; as cinco maiores iniciações que ele finalmente recebe, proporcionam-lhe um alcance de percepção que está infinitamente além de qualquer coisa que ele possa, atualmente, conceber. Estas iniciações dotam-no com “a liberdade do planeta”.

Ele torna-se, então, capaz de responder a todos os estados de consciência dentro do círculo do planeta, e torna- se sensível à percepção extraplanetária.

b – O Logos de um planeta não sagrado se está tornando inclusivo em Sua consciência a tudo que se encontra no círculo solar. Ele está estabelecendo uma “relação compreensiva” com todas as vidas dentro do corpo de manifestação de um Logos solar e está, igualmente, registrando uma resposta sensível à qualidade da Vida que da forma ao Sol, isto é, Sirius. Ele já recebeu três iniciações cósmicas.

c – O Logos de um planeta sagrado transcende aos conhecimentos, às reações e respostas que são peculiares ao sistema solar: está consciente da vida de Sirius, ou é vitalmente capaz de responder a ela; e está começando a responder, conscientemente, às influências vibratórias das Plêiades.

É preciso ter em mente, aqui, que as Plêiades – embora consideradas a personificação do aspecto matéria em manifestação – são, na realidade e literalmente, a expressão daquele Princípio de Vida a que chamamos de vitalidade, prana em seus vários estágios ou graus éter ou substância.

O Logos de um planeta sagrado já recebeu cinco iniciações cósmicas.

d – O Logos de um sistema solar é chamado, esotericamente o ”Triângulo Sagrado da Força toda-inclusiva”, porque este grande Ser inclui, no interior de Sua percepção focalizada, os campos de expressão da Ursa Maior, das Plêiades e de Sirius, as quais são para Ele o que os centros do coração, da cabeça e da garganta são para o iniciado desenvolvido neste planeta.

Ele já alcançou aquelas iniciações das quais o maior dos 266 iniciados na Terra não tem a mais leve ideia. Não se esqueçam de que já anteriormente lhes disse que há aspectos divinos e características divinas totalmente ainda não reveladas mesmo à mais avançada humanidade.

Nenhum ser humano de grau inferior ao da 3ª iniciação pode sequer sentir ou reagir a estes fatores subjacentes na existente manifestação divina. Atualmente o significado de vontade e a distinção entre “vontade”, “determinação”, “força” e “intenção fixa” estão apenas começando a ser compreendidas.

Assim como uma discussão sobre a intuição ou a natureza da revelação eterna seria totalmente sem significado para o selvagem na parte mais escura das áreas não desenvolvidas do mundo, assim também seria para vocês uma discussão sobre estes desconhecidos atributos divinos. Tudo que vocês podem compreender (e isto com a maior dificuldade) são os três aspectos divinos – vontade, amor e inteligência. Há outros pois o nosso Logos é um Ser sétuplo, e quatro aspectos permanecem ainda não revelados à humanidade, embora pressentidos pela Hierarquia.

Estes são “objetos da atenção espiritual esotérica” dos Logos dentro do círculo-não-se-passa solar. Verão, portanto, que a seção de nosso ensinamento que estamos agora começando será forçosamente breve, porque estaremos lidando com fatores que têm que permanecer incompreensíveis.

Alguma compreensão da distinção entre um planeta não-sagrado e outro sagrado será obtida se puderem entender que há uma correspondência paralela entre a consciência do iniciado (a partir da 3a iniciação) e a consciência do Logos de um planeta não-sagrado.

Alma e corpo, consciência e forma são mesclados e uma fusão definida se está processando. Dois aspectos divinos estão em processo de se relacionar intimamente. O discípulo provoca este relacionamento no interior de seu pequeno sistema, e o Logos planetário, em escala muitíssimo maior, dentro de seu raio de influência e controle.

Neste processo Ele carrega com Ele próprio todos os quatro reinos da natureza. Para estas duas vidas – a microcósmica e a macrocósmica – tal fusão produz a Transfiguração, a 3 ª Iniciação.

O Logos de um planeta sagrado já levou adiante o trabalho divino e ocupa-se agora com a tarefa de sintetizar, em uma unidade de consciência, a resposta e a atividade, o aspecto divino superior, o aspecto da Mônada, o aspecto da vontade. Quando esta tarefa é completada, a vontade, o amor e a inteligência são mesclados, e o espírito, a alma e o corpo são unificados. Então, a qualidade da expressão divina será o propósito divino, impulsionado pela vontade, motivado pelo amor e levado adiante com inteligência.

Os astrólogos deveriam observar que, em seu trabalho, ao lidar com as doze casas ou mansões da alma, não têm levado na devida consideração se os planetas são ou não sagrados. O efeito das influências de uma condição ou da outra é muito diferente, pois

  • um planeta não-sagrado afeta primordialmente a vida nos três mundos
  • ao passo que um planeta sagrado auxiliará nos processos que afetam a fusão da alma e do corpo, da consciência e da forma; também produzirá a aceleração da intuição (a alma espiritual), que é o aspecto inferior da Mônada.

São 7 os planetas sagrados:

  1. Vulcano
  2. Mercúrio
  3. Vênus
  4. Júpiter
  5. Saturno
  6. Netuno
  7. Urano

São 5 planetas não-sagrados:

  1. Marte
  2. A Terra
  3. Plutão
  4. A Lua, que vela um planeta oculto
  5. O Sol, que vela um planeta

É interessante notar que os planetas não-sagrados regem a 1ª , a 4a a 5ª e a 8ª casas do zodíaco menor. A nossa Terra é também um planeta não-sagrado. Temos, portanto, quatro planetas não-sagrados controlando ou regendo um quinto planeta não-sagrado – uma correspondência aos quatro aspectos do ser humano inferior. Temos aqui, primeiro a concha física externa, o corpo etérico ou vital, o corpo astral e o corpo mental, mais uma fusão com o quinto corpo, a personalidade.

A tarefa do nosso Logos planetário e de todos os seres humanos avançados é claramente vista. Partindo de uma atitude mais ampla e sintética, temos os quatro reinos da natureza e o velado quinto reino, o reino de Deus.

Visto ainda de outro ângulo, temos:

Áries – regido por Marte

Caranguejo– regido pela Lua, que vela um planeta sagrado

Leão – regido pelo Sol, que vela um planeta sagrado

Escorpião – regido por Plutão

Vocês notarão que Plutão, e não Marte, está mencionado aqui como um planeta não-sagrado, regendo Escorpião. A razão para isto é que há entre Marte e Plutão, uma relação análoga à existente entre Vênus e a Terra.

Esotericamente falando, Marte é o álter ego de Plutão; a atividade de Plutão neste ciclo mundial menor é importantíssima, devido à sua aproximação esotérica à Terra, para a qual é impelido pela vivificação de sua vida através do jorro de energia marciana.

Terra, Marte e Plutão formam um interessante triângulo, com Vênus por trás da cena atuando tal como a alma impulsionadora o faz em direção a uma personalidade que se está rapidamente integrando.

Ao fazer um horóscopo, este triângulo (Terra, Marte e Plutão) não deve ser esquecido, porque ele indica uma relação e uma possibilidade que podem ser (embora frequentemente não sejam) um importante fator determinante, que precede a passagem para o Caminho Probatório.

As quatro casas, governadas pelos planetas não-sagrados (não contando o Sol) são “casas da personalidade, mundanamente orientada”, e a razão para isto é fácil de perceber.

As sete casas restantes, governadas pelos sete planetas sagrados, não são tão puramente materiais e nem tão exotericamente orientadas, ainda que as doze indiquem limitação, isto é, aquilo que impede o Morador da mansão de expandir sua consciência, se ele se permite aprisionar por elas.

Por outro lado, elas oferecem oportunidades, se ele se orienta para a vida superior.

Quero novamente destacar que

Marte é o transmissor da força do 6° Raio e é isto que torna a primeira casa de ação no corpo físico a casa do devoto que luta por aquilo que deseja ou por aquilo que aspira. O guerreiro, devotado a uma causa, vem à existência no campo de ação,

Terra, ela própria uma expressão do 3° Raio da Atividade Inteligente.

Áries, a 1 a casa, e Marte e a Terra iniciam o conflito, focalizado em uma forma. Mais uma vez,

Lua é o regente de Caranguejo, e está relacionada com o 4° raio, e é o regente da 4a casa.

Temos aqui a ideia da forma sendo depositária de uma essência espiritual viva, do lar – seja este lar o quarto aspecto da personalidade ou o mais inferior ou o quarto reino da natureza – mas todos regidos pelo 4° Raio da Harmonia através do Conflito – uma harmonia a ser obtida dentro da forma, na Terra.

Sol, o transmissor da energia do 2° Raio, rege a 5a casa, ou casa da alma, neste caso, o corpo causal. A força de Leão está também envolvida, a força da alma autoconsciente.

A pessoa espírito, consciente de sua identidade, diz, nesta casa: “Eu Sou a eterna causa de toda relação. Eu Sou e eu existo”. O dualismo do 2° raio é primeiro compreendido na 5a casa pela pessoa, a personificação do 5° principio.

Plutão transmitindo a energia do 1° raio, rege Escorpião, o signo do discipulado, da pessoa pronta para a fusão obtida através da influência dos planetas sagrados, e governa a casa das principais separações e da morte. “A seta de Deus atravessa o coração causando a morte”.

Contudo, é necessário ter em mente que a morte é definidamente provocada pela alma. É a alma que desfere a seta da morte. (A seta que aponta para cima é o símbolo astrológico de Plutão).

Apenas no presente ciclo é que o Sol e a Lua “velam” certos planetas e são símbolos exotéricos de certas forças esotéricas. Com o desenrolar da evolução os planetas deixarão de ser velados, e suas influências não serão tão remotas.

Atualmente, o mecanismo da maior parte da família humana não está afinado para receber os raios de VulcanoUrano ou Netuno. Por sua vez, Plutão evoca resposta apenas em alguns grupos ou em discípulos suficientemente desenvolvidos.

Os três planetas. velados, Vulcano Urano e Netuno, são sagrados e personificam as energias do 1º, 7º e 6º raios.

Vulcano nunca é um regente exotérico – e só entra verdadeiramente em atividade quando um homem está no Caminho, enquanto que Urano e Netuno são regentes da 11ª e 12ª casas, e governam Aquário e Peixes.

As casas dizem respeito à prisão da alma e suas limitações, algo com o qual há grande familiaridade.

sugestões:

1 – Se o astrólogo investigador substituir os planetas exotéricos pelos esotéricos (tal como indiquei ao tratar dos signos do zodíaco), ele obterá instrutivas informações e, se perseverar, verificará minhas ideias.

2 – Se conseguir distinguir os efeitos dos planetas sagrados dos não-sagrados, verá que os sagrados esforçam-se em fundir a personalidade e torná-la o instrumento da alma, e que os não-sagrados influenciam mais especificamente a natureza da forma.

Então, poderá ser lançada muita luz sobre a atração entre os pares de opostos.

3 – Se ele estudar a “área fluida” onde os planetas velados pelo Sol e pela Lua entram em ação, e se ele compreender que precisa decidir (pelo estudo do mapa do indivíduo e qualquer conhecimento que possa ter) qual é o ponto de evolução alcançado, e qual dos três planetas velados é o regente, ele obterá grande compreensão intuitiva.

Verá que é capaz de lançar muita luz sobre o problema do discípulo probacionário, ao considerar os regentes exotéricos, e sobre os problemas dos discípulos, ao considerar os regentes esotéricos.

Se o astrólogo levar em consideração estes três pontos, e se se dispuser a fazer experimentos com eles, um grande passo em direção ao desvelamento da astrologia da alma terá sido dado.

Ele verá a utilidade de encontrar as correspondências superiores das realidades materiais representadas pelas casas. Por exemplo, darei uma ideia dessas correspondências na 1ª e 2ª casas:

Primeira casa:

Corpo físico ou forma    O corpo causal da alma

Aparência ou manifestação    O surgimento da alma

A cabeça. O cérebro    O centro coronário

Maneirismos, etc      Tipos e qualidades de raio

Segunda casa:

Finanças    Intercâmbio monetário. Prana

Gastos Uso da energia

Posses Controle da forma

Perdas Afastamento da matéria

Ganhos Aquisição de poderes espirituais

Vocês mesmos podem estabelecer estas analogias nas demais casas interessante notar, por exemplo, em relação à 2ª casa (e a mesma ideia pode ser aplicada a todas as outras) que Touro – a mãe da iluminação e Vênus – a doadora da mente mais a alma incorporada estão relacionados e ativos nesta casa.

A luz da matéria e a luz da alma estão ambas envolvidas no uso da energia e no problema do quê é desejado, do quê é considerado perda, e do quê será objeto de ganho. É, portanto, a casa dos valores – materiais ou espirituais.

 

Chegamos agora à consideração – breve e inadequada, mas sugestiva, espero – dos centros e sua relação com os planetas, considerando esses planetas não só como expressão das influências de raio mas também seus transmissores. Estou tratando somente da interação entre os planetas e os centros do ser humano e, ainda assim, num sentido amplo e geral, porque essa interação depende de:

1 – O ponto de evolução.

2 – Se o foco da vida está

  • a) Abaixo do diafragma.
  • b)Acima do diafragma.
  • c) Em processo de transferência do inferior para o superior.

3 – Os raio da personalidade e da alma.

4 – A condição dos centros e se eles estão despertos, despertando ou ainda adormecidos.

Somente são possíveis estas generalizações dada a vastidão do assunto e a imensidade de detalhes no mundo dos efeitos. Há ainda outra complicação no fato de que, embora sejam sete os centros principais, há doze planetas que no tempo e espaço – condicionam os centros.

Unicamente os centros dos iniciados são regidos pelos sete planetas sagrados; entre a pessoa comuns, dominam alguns dos sagrados e alguns dos não-sagrados.

Nas pessoas não desenvolvidos, controlam os cinco não-sagrados, com os centros da cabeça e do coração regidos por dois planetas sagrados, determinados pelos raios da alma e da personalidade.

Como o tipo do raio só aparece quando a pessoa alcança certo desenvolvimento, este tema torna-se ainda mais complicado; dai que afirmações dogmáticas não são possíveis até que o astrólogo tenha certeza sobre os dois raios principais de seu cliente. Contudo, podemos fazer certas afirmações básicas:

1 – Todos os centros são governados por um dos raios.

2 – Os raios usam os planetas como agentes transmissores, e sabemos quais os raios – neste ciclo mundial – relacionados aos diferentes planetas. Como já foi indicado anteriormente, são:

Planetas Sagrados

1 – Vulcano ……… 1º raio

2 – Mercúrio …….. 4º raio

3 – Vênus….. …….. 5º raio

4 – Júpiter…….. …. 2º raio

5 – Saturno ………. 3º raio

6 – Netuno ……… 6º raio

7 – Urano …………..7° raio

Planetas não-sagrados

1 – Marte …………….. 6º raio

2 -A Terra ……………….. 3º raio

3 – Plutão ………………… 1º raio

4 -A Lua …………………….4º raio (velando um planeta oculto)

5 – O Sol…………………… 2º raio

3 – A humanidade comum é regida pelos planetas exotéricos; a humanidade avançada, os discípulos e os iniciados pelos planetas esotéricos.

4 – O signo do Sol – com os regentes planetário exotéricos – rege a personalidade, indica a herança e o equipamento e é um resumo daquilo que já foi, proporcionando, assim, o pano de fundo.

5 – O signo ascendente – com os regentes planetários esotéricos – Indica o propósito da alma e aponta o caminho para o futuro oferecendo a oportunidade.

6 – O horóscopo construído ao redor do signo do Sol é adequado para a humanidade comum. Os planetas exotéricos governam, e o homem vive dentro das limitações das doze casas.

7 – O horóscopo construído ao redor do signo ascendente, com o planetas esotéricos governando, indicará o destino do discípulo. Como já disse, mais tarde o discípulo responderá às influências dos doze braços das três Cruzes à medida que eles exercem sua influência por meio dos regentes planetários esotéricos, via as doze casas. 271

8 – O signo do Sol, governado pelos planetas esotéricos regentes, e o signo ascendente também governado pelos planetas esotéricos, podem ambos ser usados na feitura do horóscopo do iniciado; ao se colocar um horóscopo sobre o outro, a vida exterior do iniciado dos três mundos e a Vida interna de realização subjetiva aparecerão. Este modo de sobreposição será uma característica da nova astrologia.

9 – Quando o signo do Sol, com os regentes exotéricos, e o signo ascendente, com os regentes esotéricos, são desenvolvidos nos seus respectivos mapas e estes são sobrepostos, aparece o problema do discípulo na encarnação atual. Se juntarem estes esclarecimentos aos três dados anteriormente, terão doze sugestões a respeito das linhas que devem ser seguidas pela nova investigação astrológica, que darão testemunho sobre a exatidão da dedução astrológica e da verdade do que lhes digo. É impossível determinar que influências estão condicionando os centros no quarto reino da natureza ou na Terra (considerando-a como o veículo do Logos planetário) assim como no homem individual, a não ser que se conheça o ponto de evolução e se possa determinar em que etapa do Caminho do Retorno se encontra o Morador da forma – seja ela macro ou microscópica.

Tudo está em constante mudança, tal como o indivíduo muda constantemente a sua focalização e trabalha, ora uma área de seu “corpo de força” (os três corpos de substância), ora outra. Cada personalidade mutante vê entrar uma força de raio diferente, e cada raio governa ou transmite sua força através de algum dos sete centros; em cada encarnação, o signo do Sol será diferente, levando, necessariamente, a um signo ascendente diferente e, portanto, a um conjunto de influências totalmente novo. Desta forma, os centros no corpo vital recebem variáveis pressões e estímulos. Numa vida, o estímulo aplicado pode tender a vivificar o plexo solar ou a dirigir suas energias para um ponto mais alto de transferência, o centro do coração.

Em uma outra, pode estar focalizado no centro da garganta, e por atividade indireta, afetar o centro sacro e – sob a grande Lei da Atração – produzir a elevação da força para o foco criativo superior. Como sabem teoricamente, a Ciência do Ocultismo é a Ciência das Energias e das forças sobre as quais fazem seu impacto; isto, no que diz respeito ao homem individual, e aos centros dentro do veículo humano (maiores e menores) leva à Ciência da Laya Yoga ou dos centros de força. Estes, segundo a dedução astrológica, sofrem a influência de certos regentes planetários, os quais, por sua vez, os relacionam com certos grandes Triângulos de Força, formados de três grandes constelações condicionantes. Consequentemente, é dada ênfase à Ciência dos Triângulos e á ciência que ela inclui – a Ciência da Astrologia Esotérica. Esta, inevitavelmente, toma forma em termos de energia – recebida, transferida e usada – e lança luz sobre os obscuros fatores que condicionam os centros e assim tornam o homem aquilo que é num dado momento.

É verdadeira a afirmação que o mundo do ocultista é o mundo da energia, das forças, das suas origens, do seu ponto de impacto e dos métodos de sua assimilação e transferência ou eliminação. Não obstante, a menos que se encontre um método científico de compreensão, algum modo de adaptar a vida a estes fatores e algum processo de experimentação que prove o fato, a afirmação permanece relativamente inútil para o ser humano inteligente; permanece na forma de uma hipótese a ser comprovada ou não.

O homem que está tentando dominar sua natureza inferior e tem como meta expressar sua divindade inata, necessita de um fio dourado por onde encontrará o caminho de saída das cavernas da confusão e atordoamento e das áreas de especulação e investigação. Este processo de investigação, dedução e prova será eventualmente proporcionado pela Ciência da Astrologia Esotérica e as que lhe são subsidiárias. As bases já foram estabelecidas. O que tem sido exposto aqui pode representar mais um passo à frente e mais luz. Podemos dizer aqui que, enquanto o antahkarana – a ponte de luz entre a mente superior e a inferior, entre a Tríade Espiritual e a tríplice personalidade – não estiver definitivamente construída, estas ciências permanecerão obscuras para o intelecto comum. Porém, uma vez que a intuição comece a atuar – via o antahkarana – a luz gradualmente passa a jorrar. O mundo precisa começar a aceitar e dar valor ás conclusões de seus intuitivos: são sempre eles os primeiros a dar os passos necessários no desdobramento da consciência humana. A complexidade dos detalhes é a principal responsável pela confusão. A intuição (como entendida pelos filósofos) é a habilidade de chegar ao conhecimento por meio de um sentido inato, desligado dos processos de raciocínio ou lógica. A intuição entra em atividade quando os recursos da mente inferior já foram usados, explorados e esgotados. Então, e só então, começa a funcionar a verdadeira Intuição. É o senso de síntese, a habilidade de pensar em termos do todo, e assim tocar o mundo das causas. Quando isto se tornar possível, o astrólogo investigador verá que as complexidades do problema desaparecerão e que os detalhes se encaixam de tal modo que a totalidade parecerá na ofuscante luz da certeza. Atualmente, e como diz o provérbio, os estudantes não conseguem ver a floresta, por causa das árvores, e nisto o provérbio está certo. Durante o ciclo de vida da humanidade pelo qual estamos agora passando, na relação entre os centros e os raios e, portanto, entre os centros e os planetas, ver-se-á que os centros são governados pelos seguintes raios:

Pessoa comum                        Planetas Exotéricos

1 – Centro coronário . 1° raio …     . ….Plutão

2 – Centro ajna ………. 5° raio ….     ….Vênus

3 – Centro laríngeo … 3° raio ….      ….Terra

4 – Centro cardíaco … 2° raio ….      ….Sol

5 – Centro do plexo solar 6° raio …. ….Marte

6 – Centro sacro …….. 7° raio …,      ….Urano

7 – Centro básico …… 1° raio …,      ….Plutão

Discípulos, Iniciados        Planetas Esotéricos

1 – Centro coronário ….. 1° raio …..Vulcano

2 – Centro ajna …………. 5° raio …..Vênus

3 – Centro laríngeo …… 3° raio …..Saturno

4 – Centro cardíaco …… 2° raio …..Júpiter

5 – Centro do plexo solar 6° raio …..Netuno

6 – Centro sacro ……….. 7° raio …..Urano

7 – Centro básico ……… 1° raio …..Plutão

As estes raios é preciso acrescentar (em ambos os grupos de seres humanos) o 4° raio que governa a própria humanidade, como um centro no corpo do Logos planetário, deste modo trazendo todas as influências de raio a uma sétupla corrente de energia, atuando sobre o eu inferior nos três mundos ou sobre aqueles que estão entrando no quinto reino da natureza ou que dela já fazem parte. Intensificando o problema para a humanidade como um todo, está o problema do indivíduo dentro desse todo. As influências às quais ele está sujeito como um indivíduo em razão de seu passado e seu horóscopo individual, e às influências que ele partilha como parte do quarto reino da natureza, precisam ser somados os efeitos de seus dois raios principais: o raio da personalidade e o raio egoico.

Estes indicam o tipo de seu mecanismo e a qualidade de sua alma. Tampouco podemos esquecer que seus sete centros estão em estreita relação com os centros planetários e que ele é condicionado não apenas pelos centros em sua própria natureza e seus raios, mas também pelos centros que se encontram dentro do reino humano, assim como pelos centros planetários.

É este o assunto de que trataremos agora.

 

O tema que vamos agora abordar é de interesse geral, não de importância individual. Argumentando, como se deve sempre fazer, do geral para o particular, é essencial que a humanidade relacione seu próprio mecanismo ao mecanismo maior por meio do qual a Vida planetária funciona, e veja sua alma como uma parte infinitesimal da alma do mundo. É necessário, portanto, que ele relacione o seu signo do Sol com o signo ascendente e sua alma com a personalidade, considerando ambos os aspectos como partes integrais da família humana, o que acontecerá de forma crescente. Este processo está começando a demonstrar-se na crescente expansão da consciência grupal, nacional e racial que hoje a humanidade está exibindo – uma consciência que se mostra como Inclusividade espiritual ou como uma tentativa anormal e maléfica (sob o ângulo da alma) para fundir e unificar todas as nações em uma só ordem mundial, baseada em questões materialistas e dominada por uma visão materialista. Nada havia de espiritual na visão dos líderes das chamadas potências do Eixo.

Contudo, o intento espiritual da humanidade está lentamente crescendo, e a grande Lei dos Contrastes trará, eventualmente, a iluminação. Faço estas referências à presente situação mundial porque se aquilo que tenho a dizer não tiver valor prático para este século de destino, melhor seria que trabalhasse com outros modos e métodos de elevar a consciência humana. Porém, há aqueles que veem os problemas claramente e que aplicarão devidamente as verdades comunicadas, e para estes eu escrevo. O nosso tema é sobre os centros planetários, os raios e os signos que os governam e controlam. Chamo a atenção para os seguintes fatos que merecem ser repetidos: 1 –A Terra, um planeta não-sagrado, está em processo de tornar-se um planeta sagrado, o que significa um período intermediário de convulsão, caos e dificuldades. 2 – Esta transferência dos estados inferiores de consciência, que se expressam através dos centros inferiores, para um estado superior, terá lugar neste período mundial e neste século, se a humanidade assim o quiser, se as Forças da Luz eventualmente triunfarem e se a nova ordem mundial vier a existir. Isto acontecerá se forem aprendidas as lições da guerra e, como resultado, seguir-se a ação correta. 274 3 –

É necessário atentar para três fatores:

a) O problema todo é muito mais vasto do que qualquer coisa que a consciência humana possa alcançar, porque diz respeito à vida de experiência e a um ponto de crise na vida do Logos planetário.

b) Ele, o Senhor do Mundo, está liberando novas energias para o aspecto forma, isto é, para a Vida e as vidas dos vários reinos da natureza. A humanidade, sendo o reino mais desenvolvido, tanto do ângulo do mecanismo como do ângulo da consciência, é o ponto de maior resposta.

O reino mineral, devido ao uso excessivo de sua forma para fazer frente às necessidades da guerra – munição, navios, aeronaves, etc. – está sendo profundamente afetado tal como os edifícios nas cidades destruídas; o reino vegetal está quase igualmente afetado pela destruição de vastas áreas de florestas, campos e amplos espaços de vegetação.

c) A força de Shamballa, seguindo seu trabalho de destruição, é um aspecto da vontade e intenção do Logos planetário, porém seu primeiro e principal efeito tem sido estimular a vontade do poder e a vontade de possuir de certos grandes grupos não espirituais. Mais tarde, este aspecto vontade evocará a vontade para o bem e vontade de construir e a estas a humanidade responderá em larga escala. Assim, o mal, que agora está sendo disseminado pelos oponentes das forças da Luz, será neutralizado pela firme intenção dos homens e mulheres de boa vontade em trabalhar para o bem do todo, e não para esta ou aquela parte. Por conseguinte, poder-se-ia dizer que o que realmente está acontecendo no mundo hoje é a transferência da energia do plexo solar planetário para o centro cardíaco planetário. As forças da avareza, da agressividade, da miragem e da cobiça serão transmutadas no presente forno de dor e abrasadora agonia, e elevadas ao centro cardíaco. Nesse centro, elas se transformarão em poderes de sacrifício, de inclusiva entrega, de clara visão de participação. Quando digo estas palavras, não estou falando de forma idealista ou mística: estou apontando para a meta imediata; estou indicando um problema da nossa Deidade planetária; estou dando lhes a pista para um processo científico que se desenvolverá debaixo de nossos olhos e que é, hoje, um ponto de crise. Como esta é a quinta raça-raiz ou raça ariana (e não uso este termo no sentido germanófilo, materialista e falso), há hoje no corpo d’Aquele em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser, cinco pontos focais de energia espiritual, que se expressam através de cinco centros despertos nesse corpo.

São eles: 1 – Genebra – O continente Europeu 2 – Londres -A Comunidade Britânica de Nações 3 – Nova Iorque – O continente Americano 4 – Darjeeling – Ásia central e ocidental 5 – Tóquio – O extremo oriente Atualmente, estes centros estão sendo estimulados e vitalizados deliberadamente de modo anormal.

A energia que deles flui está afetando profundamente o mundo, trazendo grande esperança para o futuro, mas produzindo efeitos destrutivos e desastrosos no que se refere ao lado material da vida humana. Há dois centros na Vida planetária que estão ainda relativamente inativos no que diz respeito a qualquer efeito mundial. Para eles não posso indicar um ponto focal; posso apenas insinuar que um deles será um dia encontrado dentro do continente da África, e muito mais tarde (daqui a muitos milhões de anos) um outro ponto focal será descoberto na região da Austrália. A nós, contudo, só os cinco centros desta quinta raça-raiz dizem respeito. A força que o centro em Genebra está manifestando (atualmente de modo ineficaz, embora isso mude no futuro) é a do 2° Raio do Amor-Sabedoria, com ênfase, atualmente, sobre a qualidade da inclusividade.

Está relacionada com “a união através do amor fraterno” e com a expressão da natureza do serviço. Este centro planetário que condiciona a pequena Suíça, tem exercido um potente efeito sobre esse país. Um estudo desses efeitos demonstrará a possibilidade futura para o mundo, assim que o fluir de sua energia seja menos obstruído. Já foi produzida a fusão de três poderosos tipos raciais em formação grupal, e não através da mistura como nos Estados Unidos; tornou possível que duas relativamente antagônicas divisões da fé cristã trabalhem juntas com um mínimo de fricção; fez originar-se em Genebra a Cruz Vermelha – essa atividade mundial que trabalha imparcialmente com e para os indivíduos de todo o países e os prisioneiros de todas as nações; abrigou esse triste, embora bem intencionado, experimento chamado Liga das Nações, que protegeu esse pequeno país da ação agressiva do Eixo. O lema ou nota desse centro é “Eu procuro fundir, mesclar e servir.” A força centralizada em Londres é a do 1 ° Raio da Vontade ou Poder no seu aspecto construtivo, não no aspecto destrutivo.

O que está sendo tentado, a duras penas é o serviço ao todo e o esforço para expressar a Lei de Síntese, que é a nova ênfase, jorrando através de Shamballa. Eis porque governantes de tantas nações encontram abrigo na Grã-Bretanha. Igualmente, se as Forças da Luz triunfarem como resultado da cooperação da humanidade, a energia que se expressa através deste poderoso império será suficientemente potente para estabelecer uma ordem mundial de justiça inteligente e uma distribuição econômica equitativa. A nota chave desta força é “Eu sirvo”, como já dito antes neste Tratado (última página de Um Tratado sobre os Sete Raios, Vol.I). A força que se expressa através de Nova Iorque é a do 6° Raio da Devoção ou Idealismo, o que explica os conflitos entre as várias ideologias, e o grande conflito entre aqueles representantes do grande ideal da unidade mundial provocado pelo esforço conjunto das Forças da Luz, secundado pelo esforço cooperativo de todas as nações democráticas, e a atitude materialista separatista daqueles que procuram impedir que os Estados Unidos assumam suas responsabilidades e seu devido lugar nos assuntos mundiais. Este último grupo, caso seja bem sucedido em seu intento, negará aos Estados Unidos a parte que lhe cabe das “dádivas dos deuses na vindoura era de paz que se sucederá a este atual ponto de crítica suspensão”, nas palavras do Velho Comentário. O 6° raio é ou militante e ativo, ou místico pacífico e, atualmente, fútil, e estes dois aspectos formam a presente condição dos Estados Unidos. A nota chave deste centro mundial é “Eu ilumino o Caminho” e é este o privilégio dos Estados Unidos se o seu povo assim o quiser e permitir atitudes políticas e decisões firmes guiadas pelo humanitarismo e autos sacrifício (auto iniciado). Isto está começando a evidenciar-se, e as vozes egoístas do idealismo cego – ferrenho e separativo – começa a morrer. Tudo isto está acontecendo sob a 276 inspiração do serviço, motivado pelo amor. Assim, as duas maiores democracias podem, eventualmente, restaurar a ordem mundial, negando a velha ordem de egoísmo e agressão, e introduzindo a nova ordem de compreensão mundial, partilha mundial e paz mundial. A paz será o resultado da compreensão e da partilha, e não a sua origem, como os pacifistas tão frequentemente fazem crer. A força que atualmente flui através de Darjeeling é a do 1º Raio da Vontade ou Poder. O raio egóico da Índia é o 1º e, por isso, o efeito imediato na emanação da força de Shamballa é estimular a vontade-para-o-poder de todos os ditadores, sejam eles os futuros ditadores mundiais, como Hitler e seu maléfico grupo, ou os ditadores eclesiásticos em qualquer religião, os ditadores financistas em qualquer grupo de negócios em qualquer parte do mundo, ou os ditadores menores, os tiranos no lar. É interessante notar que a nota chave da Índia é “Eu escondo a Luz”, e isto tem sido interpretado como a luz jorrando do Oriente, e que a dádiva da Índia para o mundo é a luz da Sabedoria Eterna. Num certo sentido isto é verdade, mas existe um sentido mais vasto e mais profundo no qual a verdade desta nota chave será comprovada. Quando o intento e propósito da grande Vida que trabalha através de Shamballa for levado a cabo e estiver em processo de expressão, será revelada uma luz que jamais foi vista ou conhecida. Há uma palavra nas Escrituras Cristãs que diz “naquela luz veremos a luz”, isto significa que por intermédio da luz da sabedoria derramada em nossos corações pela Sabedoria Eterna, eventualmente nós veremos a própria Luz da Vida – algo inexplicável e sem sentido para a humanidade atual, mas que mais tarde será revelado, quando o atual ponto de crise tiver sido superado. Sobre sua natureza e seu efeito nada tenho a dizer agora. Gostaria de acrescentar aqui algumas observações.

É muito importante compreender que a Grã-Bretanha e os Estados Unidos estão intimamente relacionados e que esta relação torna inevitáveis certas realidades e atividades, uma vez que a alma de cada uma das duas nações está funcionando potentemente, e que a Índia e a Grã-Bretanha estão relacionadas através do 1º raio da personalidade da Grã-Bretanha e do raio egóico da Índia. As implicações são claras, interessantes e encorajadoras. O aspecto consciência do povo britânico está mudando consistentemente para uma expressão de sua alma de 2º raio, e por isso aproveitam agora a oportunidade de servir à humanidade a tão alto preço.

O mesmo sucede com o povo americano. O problema de mutantes idealismos é grande, como já assinalei, e a tentação é de esconder-se por trás da miragem de lutar por um ideal em lugar de reagir à necessidade do mundo, e deixar de reagir ao raio da alma, o 2º raio do amor. As forças que fluem através de Tóquio são as do 1º raio em seu aspecto inferior, materialista. O Japão é governado pelo raio da alma na consciência de seus líderes. O 6º raio de sua personalidade está respondendo ao chamado da energia do 1º raio, daí suas atitudes e atividade desastrosas e sua vinculação com a Alemanha, através do raio da alma de ambas as nações, e com a Itália, através dos raios da personalidade. É a isso que se deve a formação do Eixo. Contudo, quero assinalar que nestas inter-relações não existe nenhuma sina inevitável ou inelutável destino, O objetivo do discípulo individual é manejar as forças que atuam através dele de tal modo que somente o bem construtivo seja conseguido. Ele pode usar mal a energia ou empregá-la para o fins da alma. O mesmo se aplica às nações e às raças. A 277 sorte das nações está geralmente nas mãos de seus líderes os quais conduzem as forças das nações, focalizam o intento nacional (caso sejam suficientemente intuitivos) e desenvolvem as características do povo, deixando atrás de si a memória de símbolos do intento nacional, de ideais ou de corrupção. Podemos ter uma demonstração disto nos dois grandes grupos de liderança mundial: os três grupos de líderes que formam o Eixo, dominado pelo grupo do mal, o alemão, com a Itália e o Japão lutando, a intervalos – raramente de forma consciente, mas, com frequência, inconscientemente – contra a influência do mal, e o segundo grupo, os líderes dos Aliados, que representam suas nações. Não importa o que o passado histórico possa indicar a respeito de muitas das nações aliadas – agressões passadas, antigas crueldades e ações errôneas – elas procuraram cooperar com as Forças da Luz e esforçaram-se para salvar a liberdade humana – política, religiosa e econômica.

Quero assinalar que as duas principais divisões mundo – o Ocidente e o Oriente – são também governados por certas energias de raio, a saber:

Ocidente ……Raio da Alma ………….2 º Raio Raio da Personalidade 4º Raio

Oriente ………Raio da Alma ………….4 º Raio Raio da Personalidade 3º Raio

Quero lembrar-lhes que estamos num período de mudança de raios, mudança que se estende a indivíduos e nações, hemisférios e planetas. Tudo se movimenta, de um raio menor para outro maior, se assim o destino ordena. Um estudo da tabulação acima esclarecerá bastante sobre a inter-relação humana. Atualmente três grandes países têm o destino da humanidade em suas mãos: os Estados Unidos da América do Norte a GrãBretanha e a Rússia. Nessas terras, grandes fusões, experimentos raciais, se estão processando, o governo do povo está sendo desenvolvido em todos eles, embora ainda num estágio embrionário. Na Rússia, isto está sendo retardado por uma ditadura que brevemente terá fim; nos Estados Unidos, por uma política corrupta, e na Grã-Bretanha, por antigas tendências imperialistas. Porém, os princípios democráticos estão sendo desenvolvidos, embora ainda não dominem; a unidade religiosa está sendo estabelecida, embora ainda não funcione, e os três países estão aprendendo rapidamente, embora, por enquanto, os Estados Unidos aprendam mais lentamente.

Ocidente e o Oriente estão vinculados pelo raio da personalidade do Ocidente e pelo raio egóico do Oriente, e isto indica eventual compreensão, assim que o 2° raio da alma ocidental se torne o fator dominante. Quando estes vários relacionamentos forem em parte compreendidos pelos povos do mundo, teremos a pista para os acontecimentos atuais e compreenderemos, mais claramente, o objetivo e o método de realizá-los. Há um profundo trabalho de pesquisa a ser feito, pois a ciência das relações da energia está ainda na infância, mas haverá progresso nos próximos anos. O que realmente está acontecendo é uma mudança na consciência humana, movendo-se da focal sobre energias individual que atuam através de algum círculo-não-se-passa específico (individual, continental ou racial) para uma compreensão de suas inter-relações e os efeitos de umas sobre as outras. Esta ciência pode ser estudada de várias maneiras:

1 – Sob o ângulo de antagonismos que parecem inevitáveis e que podem ser atribuídos às energias dos raios e que podem ser contrabalançadas pelas energias da alma corretamente usadas.

2 – Sob o ângulo da identidade de forças que conduzem inevitavelmente a interesses e atividades idênticos.

3 – Sob o ângulo de fusão, de unidade, de visão e de metas.

4 – Sob o ângulo da humanidade como um todo. Se for lembrado que a humanidade é primordialmente governada por dois raios (o 2° e o 4°), veremos que as nações e países cujos raios governantes são também o 2° e o 4°, forçosamente terão um papel importante na determinação do destino humano. Portanto, através dos cinco centros principais no planeta hoje, flui a energia espiritual, e de acordo com o veículo de expressão que recebe seu impacto assim serão sua reação e atividade, assim como o tipo de consciência que a interpreta e usa. A antiga verdade oculta permanece exata; “A consciência depende do seu veículo de expressão e a existência de ambos depende da vida e energia.” Isto permanece como lei imutável.

As cinco cidades que são a expressão exotérica do centro esotérico de força através do qual a Hierarquia e Shamballa estão procurando trabalhar, correspondem, no corpo planetário, aos quatro centros ao longo da coluna e ao centro ajna no corpo da humanidade e do indivíduo. Nos três casos eles são “pontos focais viventes e vitais de força dinâmica”, em grau maior ou menor. Uns expressam predominantemente a energia da alma e outros, a força da personalidade; uns são influenciados por Shamballa e outros pela Hierarquia.

O centro da cabeça do Ocidente está começando a reagir à energia do 2° raio, e o centro ajna, ao 4° raio e nisto reside a esperança para a raça dos homens.

 

Aqui, e em outros de meus trabalhos, dei-lhes tudo que é possível dar hoje sobre os centros planetários e os raios, inclusive os raios das nações e das raças. Encontrarão valiosas informações ocultas em minhas afirmações, se pesquisarem com atenção e reunirem o material num todo coerente. Sugiro que estudem e comparem, leiam e procurem por tópicos e extraiam tudo que eu já disse sobre as várias nações, suas constelações regentes e seus planetas governantes. Há nisto um vasto campo de pesquisa de várias categorias:

1 – Pesquisar sobre a natureza dos centros do homem, a natureza e influência de seus planetas governantes, suas inter-relações sob o ângulo da energia e a qualidade das forças de raio que buscam expressão, além de conhecer-se os raios egóico e da personalidade. Isto nos dará uma compreensão da constituição humana que revelará todos os relacionamentos e produzirá dois básicos “acontecimentos no tempo”: a) A mescla da vida subjetiva e objetiva do indivíduo em sua consciência vigil.

b) Uma nova relação estabelecida entre os homens, baseada na fusão acima.

2 – Pesquisa sobre os vários centros nacionais e suas energias regentes esotéricas, que revelam do modo mais universal e com um horizonte mais amplo, o destino da humanidade em relação às suas unidades-grupais grandes e pequenas. As qualidades da alma e da personalidade das nações serão estudadas os centros de cada nação que focalizam certas energias de raio serão observados, e as emanações qualitativas de suas cinco ou seis 279 cidades mais importantes serão investigadas.

Eis aqui um exemplo do que quero dizer: as influências de Nova Iorque, Washington, Chicago, Kansas City, e Los Angeles serão o objeto da investigação científica; será estudada a atmosfera psíquica e o interesse intelectual; tentar-se-á descobrir a qualidade da alma e a natureza da personalidade (tendências espirituais e materialistas) destas imensas aglomerações de seres humanos que vieram à manifestação em certas localidades fixas porque elas são expressões da força dos centros do corpo vital da nação. Em relação ao Império Britânico, um estudo semelhante será feito sobre Londres, Sydney, Johannesburg, Toronto e Vancouver, com estudos subsidiários sobre Calcutá, Delhi, Singapura, Jamaica e Madras, todos subjetivamente relacionados de um modo imprevisível para o estudante atual. Segundo o plano, e dependendo das energias que fluem através dos cinco centros planetários, existem três grandes fusões de energias ou centros vitais no nosso planeta:

a) Rússia, que funde e mescla a Europa Oriental e a Ásia Ocidental e Setentrional.

b) Estados Unidos (e mais tarde a América do Sul), que funde e mescla a Europa Central e Ocidental e todo o hemisfério ocidental.

c) O Império Britânico, que funde e mescla raças e homens no mundo inteiro. Nas mãos destas nações reside o destino do planeta. Constituem os três principais blocos mundiais sob o ponto de vista da consciência e sob o ponto de vista da síntese mundial.

Outras nações menos importantes participarão do processo com total independência e cooperação, voluntariamente e através do aperfeiçoamento de sua vida nacional no interesse de toda a humanidade e pelo desejo de expressar e preservar a integridade de sua alma e do seu propósito nacional purificado (purificação essa que agora prossegue). A nota-chave, porém, será dada pela Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos, não devido ao seu poder, seu passado histórico, seus recursos materiais ou extensão territorial, mas porque estão em posição para fundir e mesclar os muitos tipos, porque possuem ampla visão no seu propósito mundial, porque não são basicamente egoístas no seu intento, e porque o governo do povo fala profundamente a cada nação e é fundamentalmente para o povo.

A Constituição, a Magna Carta e a Declaração dos Direitos, são humanos. Aos poucos, outras nações se alinharão com estes requisitos espirituais fundamentais, ou – se já estão baseadas nestes princípios humanos, e não sob o governo de uma minoria poderosa explorando uma infeliz maioria – cooperarão livremente com estas nações mais importantes numa federação de propósitos e de interesse até o momento em que todas as nações do mundo alcancem a visão clara, abandonem seus objetivos egoístas e, unidas, concordem sobre o trabalho a ser feito para o todo. A humanidade, então, surgirá à luz da liberdade com a revelação de uma beleza e um propósito espiritual até agora desconhecidos.

3 – Pesquisa sobre a relação dos centros planetários com os centros sistêmicos, os planetas sagrados e as energias que fluem através deles vindas das constelações que eles “regem”, no sentido esotérico. Isto é um dos paradoxos do ocultismo, mas que pode ser compreendido se o estudante se lembrar que os centros no seu corpo etérico regem o planeta na medida em que eles são receptivos ou não às influências que emanam do planeta, por intermédio dos centros planetários. Começando, como sempre, pelo estudo do microcosmo como chave para o 280 macrocosmo, mas procurando ao mesmo tempo visualizar o macrocosmo para entender o microcosmo, um dia o homem estabelecerá uma relação inteligente com o todo do qual ele é parte, e isto com cooperação consciente. Deste modo, a mente superior e a inferior, a abstrata e a concreta, o subjetivo e o objetivo serão transformados em uma unidade funcionante e o homem será inteiro, completo.

Não posso dar-lhes a relação dos centros planetários com os centros humanos ou dos centros sistêmicos com os planetas. Isso seria oferecer grande conhecimento cedo demais, antes de haver, na natureza humana, amor bastante para contrabalançar o mau uso da energia com suas frequentes e desastrosas consequências. As cores, o grau matemático das vibrações superiores que emanam dos centros – humanos, planetários e sistêmicos – e a qualidade (compreendido esotericamente) das energias devem ser objeto da pesquisa humana e têm que ser autocomprovadas. As chaves e as sugestões estão dadas na Sabedoria Eterna. Na pesquisa, o método mais lento é o mais seguro, atualmente. No início do próximo século, aparecerá um iniciado que levará adiante o ensinamento, que virá sob a mesma “impressão”, pois minha tarefa ainda não está completa e esta série de Tratados que estabelecem uma ponte entre o conhecimento materialista do homem e a ciência dos iniciados tem ainda outra fase a percorrer.

Porém, o que resta deste século tem que ser dedicado à reconstrução do santuário da vida do homem, à reconstrução da forma da vida da humanidade, à reconstrução sobre as fundações da velha civilização, de uma nova civilização, e à reorganização das estruturas do pensamento mundial, da política mundial, e à redistribuição dos recursos mundiais em conformidade com o propósito divino. Então, e somente então, serão possíveis novas revelações, Tudo isto depende do triunfo das Forças da Luz e da consequente vitória daqueles que representam a liberdade humana. Se as forças do materialismo e crueldade triunfarem, se prevalecerem os egoístas e perversos interesses e ambições nacionais, ainda assim a revelação virá, mas muito mais tarde. Este não é o caso, e não há razão para desesperarmos. A coragem daqueles que estão lutando pela libertação não esmoreceu. A Hierarquia permanece. A luz está penetrando no mundo à medida que as realidades da situação se mostram mais claramente, Alegrem-se, pois, verdadeiramente, não existe derrota para o espírito humano; não há extinção para o divino no homem, pois a divindade sempre triunfa mesmo sobre o mais escuro abismo do inferno. Contudo, é necessário vencer a inércia da natureza material em resposta à necessidade humana, dos indivíduos e nações não envolvidos na essência da situação, Isto já começa a dar sinais, Não há poder na Terra que possa impedir o avanço do homem em direção à sua meta destinada e combinação alguma de poderes conseguirá detê-lo.

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