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Ceres | Curso Astrothon
Curso Astrothon

Ceres

por Hector Othon

O papel astrológico de Ceres é intrinsecamente relacionado ao arquétipo materno, assim como a Lua, mas com uma ênfase específica nas necessidades materiais e nas demandas práticas da vida. Ao explorar a astrologia de Ceres, podemos observar uma distinção fundamental em relação à Lua, que está mais centrada nas necessidades emocionais.

Uma maneira prática de discernir a diferença entre a Lua e Ceres é examinar as escolhas alimentares de uma pessoa. Aquelas influenciadas pela Lua podem seguir padrões alimentares prejudiciais sem perceber, baseando-se em lembranças emocionais associadas a determinados alimentos. Por exemplo, alguém que beba refrigerantes ou consuma alimentos carregados de gorduras saturadas, açúcar e aditivos químicos devido a memórias afetivas. Embora essas escolhas possam proporcionar conforto emocional, podem ser prejudiciais ao corpo.

Por outro lado, as ações inspiradas por Ceres são guiadas por uma consciência mais aguçada dos impactos negativos dos hábitos alimentares na saúde e no meio ambiente. Ceres chama a atenção para a qualidade dos alimentos, a conexão com a cadeia de produção, e até mesmo a consideração do momento específico em que os alimentos são consumidos.

Ceres reflete uma consciência abrangente sobre a alimentação e o autocuidado, incorporando uma perspectiva energética, preocupações com a saúde preventiva e uma atenção especial aos aspectos sociais e ambientais envolvidos no ato de se alimentar. Essa abordagem ampliada revela o comprometimento de Ceres em promover um estilo de vida saudável e sustentável.

Ceres Astrológico: Cuidado de Si e dos Outros

  1. Autocuidado e Saúde: Ceres revela como a pessoa aborda o cuidado de si mesma, especialmente em termos de saúde física e mental. Indica preferências por práticas que promovem o bem-estar, conectando-se com as próprias necessidades e incorporando rituais saudáveis.
  2. Cuidado com os Outros: Além do autocuidado, Ceres influencia a maneira como alguém se dedica ao cuidado dos outros. Isso pode se manifestar em relacionamentos pessoais, familiares ou mesmo profissionais, destacando a disposição da pessoa para nutrir e apoiar aqueles ao seu redor.
  3. Necessidades Espirituais: A posição de Ceres no mapa astrológico pode indicar as inclinações espirituais da pessoa. Revela as práticas ou crenças que trazem conforto e significado, alimentando a dimensão espiritual da vida.
  4. Participação Social: Ceres também está associado à participação social e comunitária. Indica como a pessoa busca contribuir para o coletivo, seja por meio de atividades voluntárias, serviços comunitários ou outras formas de envolvimento.

Ruptura e Separações Cíclicas:

  1. Profundidade nas Relações: Ceres, como planeta anão, está relacionado à busca por profundidade nas relações. Isso pode levar a rupturas temporárias para permitir uma renovação ou uma transformação mais profunda no relacionamento.
  2. Mudanças Súbitas: Sob a influência de Ceres, a pessoa pode sentir uma necessidade temporária de se afastar de certas pessoas ou atividades. Essas mudanças repentinas podem ser impulsos naturais em busca de renovação e crescimento pessoal.
  3. Dedicação em Estações: A dedicação da pessoa, nos assuntos da casa de Ceres, pode seguir um padrão cíclico, assemelhando-se às estações do ano. Períodos de presença intensa podem ser seguidos por fases de ausência, refletindo os ciclos naturais da vida.

Natureza:

  1. Relação com a Natureza: Ceres informa sobre a conexão da pessoa com a natureza. Revela como ela passa por profundas transformações em busca de uma maior sintonia com as forças e ciclos naturais. Isso pode envolver mudanças no estilo de vida, escolhas de moradia e práticas em harmonia com a natureza.
  2. Ciclos e Transformações: A relação com a natureza, guiada por Ceres, sugere uma compreensão profunda dos ciclos naturais. A pessoa pode passar por transformações significativas, adaptando-se aos ritmos da natureza e incorporando-os em sua vida cotidiana.
  3. Sustentabilidade e Ecoconsciência: Ceres influencia a conscientização ambiental e a busca por práticas mais sustentáveis. Pode indicar uma predisposição para viver de maneira ecológica, minimizando impactos ambientais e promovendo a sustentabilidade.
  4. Conexão com os Ciclos de Vida: Ceres também está associado aos ciclos de vida, não apenas na natureza, mas na vida pessoal da pessoa. Pode influenciar as escolhas relacionadas a nascimentos, mortes, mudanças de estações na vida e outros eventos marcantes.

Conclusão e Síntese:

Ceres, na astrologia, oferece insights valiosos sobre como uma pessoa aborda cuidadosamente a esfera física, emocional, espiritual e social de sua vida. AsSimbolo ceres influências de Ceres podem ser vistas em escolhas alimentares, práticas de autocuidado, relacionamentos, participação na comunidade e na forma como a pessoa se conecta com a natureza e os ciclos da vida. Esses elementos juntos moldam uma compreensão abrangente de como a pessoa nutre não apenas a si mesma, mas também o mundo ao seu redor.

Símbolo de Ceres

É uma meia Lua decrescente acima da cruz.

 

Ceres no Mapa natal

Ceres no Mapa Natal: Desenvolvimento e Organização

  1. Características Gerais:
    • Período Orbital: 4,6 anos da Terra
    • Inclinação Orbital: 10,6º
  2. Potencialidades de Ceres no Mapa Natal:
    • A análise da Ceres no mapa natal oferece insights sobre como a energia da deusa é expressa na vida da pessoa. Elementos-chave incluem:
      • Signo em que se Encontra:
        • Reflete o “modo” ou a maneira como Ceres se expressa. Por exemplo, Ceres em Touro pode enfatizar a conexão com a terra e os aspectos físicos da nutrição.
      • Casa em que se Encontra:
        • Indica as áreas específicas da vida que Ceres influencia. Por exemplo, Ceres na 4ª casa pode estar ligada aos assuntos familiares e domésticos.
      • Aspectos que Faz:
        • Revela as interações de Ceres com outros elementos do mapa, como planetas, asteroides ou pontos especiais. Esses aspectos fornecem nuances adicionais à expressão de Ceres.
  3. Boa Situação Astrológica:
    • Em uma situação astrológica favorável, Ceres atua como uma bênção da deusa. Suas energias benéficas podem se manifestar de maneira harmoniosa, trazendo nutrição e cuidado aos assuntos da casa em que está posicionada.
  4. Má Situação Astrológica:
    • Em uma situação desafiadora, Ceres pode indicar perturbações e perversões. No entanto, esses desafios podem ser entendidos dentro do contexto planetário global, e a compreensão desses aspectos pode levar à transformação e ao serviço à luz.

Conclusão: Ceres no mapa natal oferece uma visão única das dinâmicas astrológicas relacionadas à nutrição, cuidado e conexão com a natureza. Ao explorar as características do signo, a influência na casa e os aspectos envolvidos, é possível compreender mais profundamente como a energia de Ceres se manifesta na vida da pessoa, influenciando seus relacionamentos, autocuidado e conexão com o mundo ao seu redor.

Ceres nos Signos

Ceres nas casas

veja outros textos de outros astrólogos sobre Ceres nos signos e nas casas em
http://astrologiaeradeaquario.blogspot.com.br/2011/01/ceres.html

Ceres, planeta anão

Ceres é, sem dúvida, maior que qualquer um dos asteroides do cinturão entre Marte e Júpiter. Tem 914 km de diâmetro e cerca de 25% da massa de todos os asteroides juntos. Logo abaixo estão 2 Pallas, 4 Vesta e 10 Hygiea cujos diâmetros estão entre 400 e 525 km. Os outros asteroides conhecidos têm diâmetros menores de 340 km.

Ceres, inicialmente classificado como um asteroide, tornou-se um membro proeminente da categoria de planetas anões após uma série de descobertas no Cinturão de Kuiper. Em 2001, astrônomos europeus identificaram um astro com cerca de 600 km de raio nesta região do sistema solar. Pouco tempo depois, em 2005, a descoberta de Éris, que é maior que Plutão, gerou uma revisão nas categorias astronômicas.

A multiplicidade de objetos semelhantes levou os astrônomos a criar uma nova classificação, denominada planetas anões. Atualmente, Ceres, Plutão e Éris integram essa classe, redefinindo a compreensão das dimensões e características dos corpos celestes no nosso sistema solar. Outros objetos, como o asteroide Varuna, que possui um raio de 450 km, também estão sendo considerados candidatos a essa nova categoria.

Essas mudanças na classificação de planetas foram oficializadas pela União Astronômica Internacional, que estabeleceu critérios específicos. A definição tradicional de planeta não se aplica mais, e agora qualquer corpo celeste em órbita de uma estrela, que não seja satélite de outro planeta, pode ser considerado um planeta anão se possuir massa suficiente para sua gravidade torná-lo esférico e um diâmetro mínimo de 800 km. Essa redefinição representa um avanço significativo na compreensão da diversidade e complexidade dos objetos que compõem o nosso sistema solar.

Ceres, Mito – Mãe de Perséfone

O asteroide Ceres (Deméter) acolhe às deusas associadas a Mãe Terra, a colheita, as viagens transformadoras ao mundo dos mortos, aos ritos de passagem, ao aparecimento cíclico das divindades e forças da fertilidade.

Estão aqui também as Deusas e Deuses da fertilidade, da arte da Agricultura e dos cuidados das plantas. Estas Deusas e Deuses é que ensinam ao homem como se relacionar com o solo e as plantas, indicam o melhor momento para cultivar as plantas e acompanhar seu processo até presentear com seus frutos.

Ao mito de Ceres-Deméter está associado a história de sua filha Perséfone raptada por Hades referenciando temas como perda e renovação, morte e renascimento, e as intermináveis transformações associadas ao encontro profundo entre dois seres humanos, deuses, e seres em geral.

Mito grego

Ceres é o nome romano para a deusa grega Deméter.

Filha de Saturno com Reia (Cibele)

O início da vida de Ceres foi bastante traumático, igual a seus irmãos Juno, Vesta, Plutão e Netuno, engolidos pelo seu pai, Saturno. Ela foi vomitada junto a seus irmãos após a beberagem que Júpiter deu ao pai.

Deusa da Agricultura

Na Grécia antiga Deméter/ Ceres era responsável por todas as formas de reprodução da vida, mas principalmente da vida vegetal, o que lhe rendeu o título de “Senhora das Plantas”, “A Verde”, “A que atrai o fruto” e “A que atrai as estações”. As pessoas a honravam ao usar guirlandas de flores enquanto marchavam pelas ruas, geralmente descalças. Acreditava-se que pisar na terra descalço facilita a comunicação entre os humanos e a Deusa.

Para os gregos Ceres era a deusa mãe da Terra. Iniciou aos seres humanos na arte da agricultura. Ensinou o cultivo do tripo e a elaborar o pão.

Com seu irmão Netuno teve o cavalo Arion. Netuno amava a Deméter e por isso sempre a seguia. Um dia Deméter para escapar dele se transformou em égua, mas Netuno ligado se transformou em cavalo e conseguiu a pegar. Deste encontro nasceu o cavalo Arion e uma menina, cujo nome não podia ser pronunciado (Despoina).

Persefone – Proserpina

Com seu irmão Zeus ela teve a Persefone (Proserpina).

Persephone cresceu alegremente entre as outras filhas de Zeus, mas sendo extremamente atraente e bela seu tio Hades se apaixonou por ela.
Um dia enquanto Persephone estava colhendo flores o chão se abriu, Hades apareceu e arrastou-a para o Inferno. Persephone gritou enquanto isto acontecia mas, embora ouvindo-a gritar, quando Ceres chegou ao local não havia mais sinal de Persephone.  Por nove dias e nove noites Ceres vagou pelo mundo com uma tocha acesa em ambas as mãos procurando a sua adorada filha. Somente no décimo dia ela encontrou o Deus Helio, que vê tudo, e que foi capaz de dizer a ela o que tinha realmente acontecido. Ceres então decidiu abandonar a sua condição divina até que sua filha retornasse para ela. O exílio que Ceres impôs a si mesma de sua condição divina fez a Terra se tornar estéril.
Zeus ordenou a Hades que devolvesse Persephone à sua mãe. Só que isto não era mais possível.  Durante a sua estadia no Inferno de Hades, Persefone havia comido  sementes de romã, o que a ligava para sempre a Hades.

Foi obtido então um acordo segundo o qual Ceres retornaria ao Monte Olimpus e Persefone dividiria o ano em duas partes: metade com a sua mãe e a outra metade no Inferno. Esta é a razão pela qual quando Persefone deixa o Inferno para estar com a sua mãe a Terra floresce, trazendo a Primavera e o Verão aos mortais como um sinal da alegria de ambas as divindades. Quando chega o momento de Persefone deixar sua mãe para ir ao Inferno, o Outono e o Inverno cobrem a Terra em sinal de profunda tristeza.

Ceres também era a deusa Siciliana das sementes, dos cereais. A introdução do culto a Ceres em Roma data de 496 A.C. e parece provir do cerco da cidade pelos Etruscos, enquanto Roma era ameaçada pela fome.

Cultos

Os habitantes da Sicília, vizinhos do vulcão Etna, celebravam anualmente a saída de Ceres em suas longas viagens correndo à noite com tochas acesas e dando grandes gritos.

Na Grécia, eram numerosas as Demétrias, festas de Deméter, a deusa equivalente a Ceres. Os mais curiosos eram, sem dúvida, aqueles em que os seguidores da deusa se açoitavam uns aos outros com chicotes feitos de casca de árvores. Atenas tinha duas festas solenes em homenagem a Deméter: uma chamada Eleusinia e outra, Tesmoforia. Dizia-se que foram instituídas por Triptólemo. Sacrificavam-se porcos, devido aos danos que causavam aos frutos da terra, e faziam-se libações de vinho doce.

Os romanos adotaram Ceres no ano 496 a.C. durante uma devastadora fome, quando os Livros Sibilinos aconselharam a adoção de sua equivalente grega Deméter, juntamente com Perséfone e Iáco (mediador entre as deusas eleusinas e Dionísio). Ceres era personificada e honrada pelas mulheres com rituais secretos nas festas de Ambarvalia, celebradas em maio com procissões em que as romanas vestiam o branco próprio dos homens, que eram simples espectadores. Acreditava-se que essas festas, para agradar à deusa, não deveriam ser celebradas por pessoas de luto, razão pela qual não foram realizadas no ano da batalha de Canas.

Um templo foi erguido para Ceres no monte Aventino, em Roma. Sua principal festividade era a Cerealia ou Ludi Ceriales (‘jogos de Ceres’), instituídos no século III a.C. e celebrados anualmente de 12 a 19 de abril. O culto a Ceres passou a estar especialmente relacionado com as classes plebeias, que dominavam o comércio de grãos. Sabe-se pouco sobre os rituais desse culto, sendo uma das poucas práticas registradas a peculiaridade de amarrar brasas ardentes nas caudas de raposas que eram soltas no Circo Máximo.

Además del cerdo, la cerda o la jabalina, Ceres admitía también el carnero como sacrificio. En sus festividades, las guirnaldas usadas eran de mirto o narciso, pero las flores estaban prohibidas, porque fue recogiendo flores como Proserpina fue raptada por Plutón. Únicamente le estaba consagrada la amapola, no sólo porque crece entre el trigo sino también porque Júpiter se la hizo comer para provocarle sueño y así alguna tregua a su dolor.

Em Creta, Sicília, Lacônia e várias outras cidades do Peloponeso, eram celebrados periodicamente os mistérios eleusinos ou mistérios de Ceres, realizados na cidade de Eleusis. Esses mistérios passaram para Roma, onde persistiram até o reinado de Teodósio. Os mistérios eram divididos em grandes e pequenos. Os pequenos eram uma preparação para os grandes, que eram celebrados perto de Atenas, às margens do Ilisus, conferindo uma espécie de noviciado. Após um período determinado, mais ou menos longo, o iniciado era admitido nos grandes mistérios, no templo de Eleusis. As festividades de Eleusis duravam nove dias, todos os anos em setembro, dias em que os tribunais eram fechados. Os atenienses iniciavam seus filhos nos mistérios eleusinos desde o berço. Era proibido, até mesmo para as mulheres, serem conduzidas ao templo de carro ou carruagem. Os iniciados eram considerados sob a tutela e proteção de Ceres, esperando-se deles uma felicidade sem limites.

Como patrona da Sicília, Ceres pediu a Júpiter que a Sicília fosse colocada nos céus; como resultado, e porque a ilha tem uma forma triangular, criou a constelação Triangulum, um dos antigos nomes era Sicilia.

Representação: Ceres é comumente representada como uma mulher bela, de estatura majestosa e tez colorida, com um olhar languido e cabelos loiros caindo desordenadamente sobre os ombros.

Além de uma coroa de espigas de trigo, ela usa uma diadema muito alta. Às vezes, é coroada com uma guirlanda de espigas ou papoulas, símbolo da fertilidade. Ela tem seios grandes e carrega um feixe de espigas na mão direita e uma tocha acesa na esquerda. Sua túnica chega até os pés, e muitas vezes ela usa um véu lançado para trás. Às vezes, ela é representada com um cetro ou uma foice: dois pequenos filhos, agarrados ao seu peito e segurando cada um um chifre da abundância, indicam claramente a nutriz da humanidade. Ela veste um manto de cor amarela, a cor do trigo maduro.

A Ceres negra

Em Arcadia, os figalios criaram uma  estatua de madeira cuja cabeça era a de uma égua com dragões a modo de crines, a que era chamada por Ceres negra. Esta estatua se queimou por acidente.

Os figalios descuidaram o culto de Ceres e por isso foram castigados com uma terrivel seca que não cessou até que, por conselho de um oráculo, se voltou a adorar e cultuar a Ceres negra.

Mito Persephone ou Proserpina

http://cidmarcus.blogspot.com/2011/02/kore-persefone.html

Muito bom este texto do Cid, vale a pena ver.

Entre muitos rituais atribuídos à entidade, cita-se que ninguém poderia morrer sem que a rainha do mundo dos mortos lhe cortasse o fio de cabelo que o ligava à vida. O culto de Perséfone foi muito desenvolvido na Sicília, ela presidia aos funerais. Os amigos ou parentes do morto cortavam os cabelos e os jogavam numa fogueira em honra à deusa infernal. A ela, eram imolados cães, e os gregos acreditavam que Perséfone fazia reencontrar objetos perdidos.

Conta-se, ainda, que Zeus, o pai da Perséfone, teve amor com a própria filha, sob a forma de uma serpente.

Apesar de Perséfone ter vários irmãos por parte de seu pai Zeus, tais como Ares, Hermes, Dionísio, Atena, Hebe, Apolo, entre outros, por parte de sua mãe Deméter, tinha um irmão, Pluto, um deus secundário que presidia às riquezas. É um deus pouco conhecido, e muito confundido como Plutão, o deus romano que corresponde a Hades. Tinha também como irmã, filha de sua mãe, uma deusa chamada Despina, que foi abandonada pela mãe de ambas ao nascer. Por isso ela tinha inveja da deusa do mundo dos mortos, até porque Demeter se excedia em atenções para a rainha. Em resposta, a filha rejeitada destruía tudo que Perséfone e sua mãe amavam, o que resultaria no inverno.

Preciosas informações retiradas de antigos textos gregos, citam que Perséfone teve um filho e uma filha com Zeus: Sabázio e Melinoe era de uma habilidade notável, e foi quem coseu Baco na coxa de seu pai. Com Heracles, teve Zagreus.

A rainha é representada ao lado de seu esposo, num trono de ébano, segurando um facho com fumos negros. A papoula foi-lhe dedicada por ter servido de lenitivo à sua mãe na ocasião de seu rapto. O narciso também lhe é dedicado, pois estava colhendo esta flor quando foi surpreendida e raptada por Hades. Perséfone, com Hades, é mãe de Macária, deusa de boa morte.

Ceres na Astronomia

fonte: Wikipedia

Ceres (na designação de planeta menor 1 Ceres) é um planeta anão localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, sendo o maior dos asteroides. Desde sua descoberta em 1801 por Giuseppe Piazzi, Ceres recebeu diversas classificações, sendo inicialmente considerado planeta e posteriormente asteroide. Em 2006 foi enquadrado na categoria de planeta anão.

Possui um formato arredondado e uma superfície escura cheia de crateras. É constituído possivelmente por um núcleo rochoso circundado por um manto de gelo. Sua superfície, conforme anteriormente observado pelo Telescópio Espacial Hubble, apresenta regiões mais escuras, além de locais de brilho proeminente, de natureza ainda desconhecida. O planeta anão possui uma tênue atmosfera formada sobretudo por vapor de água que sublima e deixa a superfície.[1] Ceres é possivelmente um planetesimal remanescente do período de formação e evolução do Sistema Solar. Atualmente aparenta ser geologicamente inerte.

Em 2007, foi lançada a sonda Dawn, da NASA, que fez uma passagem por Vesta e entrou em órbita ao redor de Ceres em 6 de março de 2015.[2] Fotografias de resolução não obtida anteriormente foram tiradas a partir de janeiro de 2015 conforme a Dawn se aproximou de Ceres, revelando uma superfície coberta de crateras. Um ponto brilhante visto anteriormente em imagens do Telescópio Espacial Hubble foi observado como duas formações distintas de alto albedo no interior de uma cratera, consistentes com material reflexivo contendo gelo ou sais. Foi iniciamente especulado que esses pontos teriam origem criovulcânica, mas isso foi considerado improvável.[3][4]

Descoberta

Ceres é praticamente invisível quando observado a olho nu. Quando encontra-se em oposição e próximo ao periélio, pode atingir uma magnitude aparente máxima de +6,7.[5] Esse brilho é considerado muito fraco para ser observado a olho nu, mas sob condições excepcionais de observação Ceres pode ser encontrado sem o uso de equipamentos. Somente Vesta pode atingir uma magnitude similar e também, durante raras oposições próximas ao periélio, 2 Pallas e 7 Iris apresentam brilho semelhante.[6]

Livro de Piazzi “Della scoperta del nuovo pianeta Cerere Ferdinandea”destacando a descoberta de Ceres, um “planeta” dedicado a Fernando I das Duas Sicílias.

Johann Elert Bode, em 1772, sugeriu que um planeta desconhecido poderia existir entre as órbitas de Marte e JúpiterKepler já havia percebido uma lacuna entre os dois planetas em 1596.[7] Bode baseou sua ideia na lei de Titius-Bode, uma hipótese agora desacreditada que Johann Daniel Titius propôs em 1766, observando que havia um padrão regular nos semieixos maiores dos planetas conhecidos na época, exceto por um lacuna existente entre Marte e Júpiter, a 2,8 unidades astronômicas (UA), que seria preenchida pela existência de um planeta a essa distância do Sol.[7][8] Com a descoberta de Urano por William Herschel em 1781,[7] próximo à distância predita pela lei de Titius-Bode, a crença nela aumentou, e em 1880, um grupo chefiado por Franz Xaver von Zach, editor do periódico Monatliche Correspondenz, enviou convocações para 24 astrônomos experientes (apelidados de “polícia celestial”), pedindo para que unissem seus esforços e iniciassem uma busca metódica pelo planeta.[7][8] Apesar de o grupo não ter descoberto Ceres, eles posteriormente encontraram vários grandes asteroides.[8]

Um dos astrônomos selecionados para a busca foi Giuseppe Piazzi da Academia de Palermo, Sicília. Antes de receber o convite para se juntar ao grupo de buscas, Piazzi descobriu Ceres independentemente em 1º de janeiro de 1801.[9] Ele estava procurando pela “87ª [estrela] do Catálogo de Estrelas Zodiacais de Mr la Caille“, mas viu que esta “era precedida por outra”.[7] Ao invés de uma estrela, Piazzi havia encontrado um objeto em movimento, o qual ele inicialmente pensou se tratar de um cometa.[10] Piazzi observou Ceres por um total de 24 vezes, a última em 11 de fevereiro de 1801, quando uma doença o impediu de continuar as observações. Ele anunciou sua descoberta em 24 de janeiro de 1801 em cartas para somente dois de seus colegas astrônimos, seu compratiota Barnaba Oriani de Milão e Bode de Berlim[11] Ele relatou esse objeto como sendo um cometa mas “uma vez que seu movimento é lento e praticamente uniforme, me ocorreu várias vezes que isto poderia ser algo melhor que um cometa”.[7] Em abril, Piazzi enviou suas observações completas para Oriani, Bode e Jérôme Lalande em Paris. A informação foi publicada na edição de setembro de 1801 do Monatliche Correspondenz.[10]

Durante esse período, a posição aparente de Ceres havia mudado (principalmente devido ao movimento orbital da Terra), estando perto demais do Sol, impedindo que outros astrônomos confirmassem a descoberta de Piazzi. Próximo ao fim do ano, Ceres se tornaria visível novamente, mas após tanto tempo era difícil prever sua posição exata. Para reencontrar Ceres, Carl Friedrich Gauss, na época com 24 anos, desenvolveu um método eficiente de determinação orbital.[10] Em somente algumas semanas, ele calculou a trajetória de Ceres e enviou seus resultados para von Zach. Em 31 de dezembro de 1801, von Zach e Heinrich W. M. Olbers reencontraram Ceres próximo à posição predita.[10]

Os primeiros observadores eram capazes de calcular o tamanho de Ceres com precisão de cerca de uma ordem de magnitude. Herschel subestimou seu tamanho como sendo somente 260 km em 1802, enquanto que em 1811 Johann Hieronymus Schröter superestimou seu diâmetro como sendo 2 613 km.[12][13]

Nomeação

Piazzi originalmente sugeriu o nome Cerere Ferdinandea para o objeto descoberto, em homenagem à deusa Ceres (Deusa romana da agricultura, Cerere em italiano) e ao rei Fernando I das Duas Sicílias.[7][10] “Ferdinandea”, entretanto, não foi aceito por outras nações e deixou de ser usado. Ceres foi chamado por um curto período de Hera na Alemanha.[14] Na Grécia, recebe a denominação de Deméter (Δημήτηρ), a deusa equivalente na mitologia Grega à deusa romana Ceres.[nota 1] O antigo símbolo astronômico de Ceres era uma foice (Foice, símbolo variante de Ceres),[15] similar ao símbolo de Vênus (Símbolo de Vênus), mas com uma interrupção no círculo. Existiu uma variação do símbolo (Cee variant symbol of Ceres), desenhado sob a influência da letra inicial “C” de “Ceres”. Estes símbolos foram posteriormente substituídos com o símbolo genérico de asteroides, que é um disco com o número do asteroide, no caso de Ceres ①.[10][16]

elemento químico cério, descoberto em 1803, recebeu este nome em referência a Ceres.[17] No mesmo ano outro elemento químico também tinha sido inicialmente nomeado em referência a Ceres, mas quando o elemento cério foi nomeado sua denominação foi alterada para paládio, em honra ao segundo asteroide 2 Pallas[18]

Classificação

Ceres (canto inferior esquerdo), a Lua e a Terra, tamanho em escala.
Ceres (canto inferior esquerdo), a Lua e a Terra, tamanho em escala.
Comparação de tamanho de Vesta, Ceres e Eros.
Comparação de tamanho de Vesta, Ceres e Eros.

A categorização de Ceres mudou mais de uma vez e foi motivo de desentendimentos. Johann Elert Bode acreditava que Ceres era o “planeta faltante” que ele propôs existir entre Marte e Júpiter, a 2,8 UA do Sol.[7] Ceres recebeu um símbolo planetário e permaneceu listado como planeta em livros de astronomia e tabelas (assim como 2 Pallas3 Juno e 4 Vesta) por mais de meio século.[7][10][19]

Enquanto outros objetos eram descobertos nas vizinhanças de Ceres, percebeu-se que ele representava o primeiro de uma nova classe de objetos.[7] Em 1802, com a descoberta de Pallas, William Herschel criou o termo asteroide (“parecido com estrela”) para designar estes corpos[19]escrevendo que “eles lembram tanto pequenas estrelas que dificilmente são distinguidos destas, mesmo com excelentes telescópios”.[20] Como foi o primeiro desta nova classe a ser descoberto, Ceres recebeu a designação de 1 Ceres sob o sistema moderno de numeração de planetas menores. Na década de 1860, a existência de diferenças fundamentais entre asteroides como Ceres e os planetas propriamente ditos foi largamente aceita, embora uma definição precisa do termo “planeta” ainda não tinha sido criada.[19]

Em 2006 o debate sobre Plutão e a definição de planeta fez com que Ceres pudesse ser reconsiderado um planeta.[21][22] A proposta anterior da União Astronômica Internacional para a definição de planeta afirmava que que um planeta “é um corpo celeste que (a) tenha massa suficiente de forma que sua própria gravidade supere as forças de corpo rígido de forma que tenha uma forma em equilíbrio hidrostático (arredondada) e (b) está em órbita de uma estrela e não é outra estrela ou um satélite de um planeta”.[23] Se esta resolução tivesse entrado em vigor, Ceres seria o quinto planeta a partir do Sol.[24] Essa definição não foi aceita, e em 24 de agosto de 2006 uma definição modificada foi adotada, tendo o requisito adicional de que um planeta deveria “dominar sua própria órbita“. Nesta definição, Ceres não é um planeta pois não domina sua órbita, compartilhando-a com milhares de outros asteroides no cinturão de asteroides e constituindo apenas um terço da massa do cinturão. Corpos que se enquadram na primeira proposição mas não na segunda, como Ceres, foram então classificados como planetas anões.

Assume-se eventualmente que Ceres foi reclassificado como planeta anão, e que portanto não é mais considerado um asteroide. O Minor Planet Center afirma que estes corpos podem ter uma designação dupla.[25] A decisão da União Astronômica Internacional em 2006 que classificou Ceres como um planeta anão não apontou se ele é ou não um asteroide. De fato a UAI não possui uma definição formal de asteroide, utilizando com maior frequência o termo ‘planeta menor‘ até 2006, e preferindo os termos ‘corpo menor do Sistema Solar‘ ou ‘planeta anão’ após 2006.[26]

Características

Comparação de tamanho entre os dez maiores objetos do cinturão de asteroides e a Lua. Ceres é o primeiro à esquerda.

Ceres é o maior objeto no cinturão de asteroides.[27] Sua massa foi determinada a partir da análise da influência que exerce sobre os asteroides menores, havendo pequenas diferenças de resultados entre diversas pesquisas.[28] A média dos três resultados mais precisos (em 2008) é de 9,4×1020 kg.[29][28] Com esta massa Ceres possui cerca de um terço da massa total estimada do cinturão de 3,0 ± 0,2×1021 kg,[30] e 4% da massa da Lua. Sua massa é suficiente para lhe dar uma forma quase esférica em equilíbrio hidrostático.[31] Sua densidade de aproximadamente 2 100 kg/m³ sugere que seja formado principalmente por água (25%) e silicatos, além de uma pequena fração de outros compostos.[32]

Diagrama exibindo a provável estrutura interna de Ceres.

Estrutura interna

achatamento de Ceres é consistente com o de um corpo diferenciado, com um núcleo rochoso cercado por um manto de gelo.[31] Este manto, cuja espessura é de de 100 quilômetros (correspondente a 23%-28% da Ceres e 50% de seu volume), contém 200 milhões de quilômetros cúbicos de água, o que é maior que a quantidade de água doce da Terra[33] Este resultado é apoiado por observações feitas pelo telescópio Keck em 2002 e por modelos de evolução planetária.[29][34] Ceres tem mais hidrogênio abaixo de sua superfície perto dos pólos.[35] Algumas características de sua superfície e história (como a distância ao Sol, a qual diminui a intensidade da radiação solar o suficiente para permitir que compostos com baixos pontos de congelamento fossem incorporados durante sua formação), apontam para a presença de materiais voláteis em seu interior.[29] Já foi sugerido que uma camada remanescente de água líquida pode ter sobrevivido até o presente debaixo de uma camada de gelo.[34][36]

Uma outra teoria sugere que a forma e as dimensões de Ceres podem ser explicadas por um interior poroso parcialmente diferenciado ou sem diferenciação alguma. A presença de uma camada de rocha sobre o gelo seria gravitacionalmente instável. Se alguma parte dos depósitos de rocha afundaram numa camada diferenciada de gelo, depósitos de sal se formariam, mas estes não foram encontrados. Portanto é possível que Ceres não contenha uma grande camada de gelo, mas que foi formado na verdade por asteroides de baixa densidade com componentes aquosos. O decaimento de isótoposradioativo pode não ter produzido calor suficiente para causar a diferenciação.[37]

Superfície

Espectrômetro de mapeamento de Ceres

A composição superficial de Ceres é similar à dos asteroides do tipo C, de acordo com a classificação espectral de asteroides.[27] No entanto existem algumas diferenças. As características predominantes de Ceres observadas no infravermelho são típicas de materiais hidratados, o que indica a presença de quantidades significativas de água em seu interior. Outros possíveis constituintes incluem materiais argilosos ricos em ferro (cronstedtita) e minerais de carbonato(dolomita e siderita), que são comuns em meteoritos condritos carbonáceos.[27] A presença de carbonatos e minerais argilosos no espectro são geralmente ausentes em outros asteroides do tipo C.[27] Por vezes, Ceres é classificado como um asteroide do tipo G, principalmente pelo fato de apresentar uma forte absorção no espectro ultravioleta, o que não acontece nos asteroides da família C.[38][39] Nas fotos de alta resolução de imagem de 35 metros por pixel, Kupalo, uma das crateras mais jovens em Ceres, exibe um material brilhante exposto na borda, o que poderia ser sais, e a sua superfície plana provavelmente formada a partir de material derretido por impacto e detritos.[40]

A superfície de Ceres é relativamente quente. A temperatura máxima quando o Sol está a pino no planeta anão foi estimada em 235 K (cerca de −38 °C), baseada em medições de 5 de maio de 1991.[41]

Antes da missão Dawn, poucas características superficiais de Ceres haviam sido detectadas. Imagens em alta resolução do Telescópio Espacial Hubble tomadas em ultravioleta em 1995 mostraram uma mancha escura em sua superfície, que foi apelidada “Piazzi” em honra ao descobridor do planeta anão.[38] Inicialmente pensou-se ser uma cratera. Posteriormente, imagens no infravermelho próximo tomadas ao longo de uma rotação completa no Observatório Keck usando óptica adaptativa mostraram várias feições claras e escuras se movendo conforme sua rotação.[29][42] Duas manchas escuras possuíam formato circular, presumindo-se serem crateras, uma delas com uma região central esbranquiçada e a outra identificada como a mancha de “Piazzi”, que havia sido identificada anteriormente.[29][42] Observações mais recentes com o Hubble ao longo de uma rotação completa feitas entre 2003 e 2004 mostraram onze formações superficiais distinas, cuja natureza é desconhecida.[43][44] Uma dessas manchas corresponde à formação “Piazzi” observada anteriormente.[43]

Uma mancha brilhante e proeminente, oficialmente chamada “característica número 5”, foi detectada em Ceres dentro de uma cratera de largura de 80 quilômetros, primeiramente avistada como uma área com um ligeiro aumento de reflexividade, que representa um albedo 9% maior do que a superfície circundante.[45] Até o começo de 2015, não havia confirmação de sua natureza, mas uma hipótese era que mancha branca brilhante seria um corpo de água congelada no fundo de uma cratera, refletindo a luz do sol. A sonda Dawn, em janeiro de 2015, tirou as imagens de mais alta resolução do planeta anão, que eram mais definidas do que a imagem da mancha fotografadas pelo Hubble. Junto com a mancha branca enigmática, estas últimas imagens revelaram mais manchas escuras que poderiam ser crateras.[46] No final de janeiro de 2015, Marc Rayman, o engenheiro-chefe e diretor da missão Dawn disse: “No momento, nenhuma das características específicas podem ser resolvidas, incluindo o ponto branco. Nós não sabemos o que a mancha branca é, mas certamente é intrigante“.[47]Em março, Andreas Nathues, o principal pesquisador de enquadramento da câmera da sonda Dawn, disse que a mancha brilhante tem características espectrais consistentes com gelo, sugerindo que a mancha pode ser vapor de água acima da borda da cratera e no espaço.[48] Em 9 de maio, Dawn começou a fazer o seu caminho para órbitas mais baixas para melhorar a visão e fornecer observações de alta resolução,[49] e em 16 de maio, quando a nave orbitava a 7.200 km (4.500 milhas) sobre o planeta anão, a sonda tirou fotos, parte de uma seqüência de imagens gravadas para fins de navegação, que levou os cientistas da missão a concluirem que o brilho intenso das manchas é devido a reflexão da luz solar por um material altamente reflexivo na superfície, possivelmente gelo.[50]

A presença de compostos orgânicos bem como a abundância de gelo de água pode ser de especial interesse para a astrobiologia. Alguns fatores, como a energia solar recebida por Ceres, a troca de material entre as camadas inferiores e a superfície e a grande quantidade de corpos menores do Sistema Solar exterior que eventualmente colidem com Ceres, podem favorecer a existência de vida no planeta anão.[51]

Atmosfera

Há indícios de que Ceres possua uma tênue atmosfera e contenha uma fina camada de gelo (similar a geada) sobre a superfície.[52] Gelo superficial é instável a distâncias de menos de 5 UA do Sol,[53] por isso espera-se que ele passe por sublimação quando exposto à radiação solar. O gelo pode migrar das camadas inferiores de Ceres para a superfície, mas escapa para o espaço muito rapidamente. Por causa disso, é difícil detectar a vaporização da água. Água escapando das regiões polares de Ceres foi possivelmente observada no início da década de 1990, mas não foi confirmada. Talvez seja possível detectar água em escape nos arredores de uma recente cratera de impacto ou em rachaduras na subsuperfície de Ceres.[29] Observações em ultravioleta feitas pelo satélite International Ultraviolet Explorer detectaram quantidades significativas do íon hidróxido perto do polo norte do planeta anão, o que é um produto da dissociação do vapor de água pela radiação ultravioleta solar.[52]

No início de 2014, utilizando dados do Observatório Espacial Herschel, descobriu-se que existem várias fontes localizadas de vapor de água em latitudes médias (cada uma com diâmetro não superior a 60 km), cada uma liberando cerca de 1026 moléculas (ou aproximadamente 3  kg) de água por segundo.[54][55][nota 2] Duas potenciais fontes, designadas Piazzi (123° L, 21°N) e Região A (231°L, 23°N), foram visualizadas pelo Observatório de Keck no infravermelho próximo como áreas escuras (Região A possui ainda um centro brilhante). Possíveis mecanismos para a liberação de vapor são a sublimação de uma superfície exposta de gelo de 0,6 km2, ou erupções criovulcânicas resultantes do calor interno gerado por decaimento radioativo.[54] Espera-se que a taxa de sublimação superficial diminua conforme Ceres se afasta do Sol em sua órbita excêntrica, enquanto emissões internas não seriam afetadas pela posição orbital. Os dados limitados são mais consistentes com sublimação do tipo cometária.[54] A sonda Dawm chegou a Ceres em 2015, enquanto o planeta anão se aproxima de seu afélio, o que pode diminuir sua capacidade de observar o fenômeno.[54]

Órbita

Elementos orbitais próprios (de longo prazo) comparados a elementos orbitais osculantes (instantâneos) para Ceres:
Elemento
orbital
a
(em UA)
e i Período
(em dias)
Elementos orbitais próprios[58] 2,7671 0,116198 9,647435 1681,60
Órbita osculante[59]
(Época 23/07/2010)
2,7653 0,079138 10,586821 1679,66
Diferença 0,0018 0,03706 0,939386 1,94

Ceres segue uma órbita ao redor do Sol entre Marte e Júpiter, no cinturão de asteroides, com período orbital de 4,6 anos terrestres.[59] Sua órbita é moderadamente inclinada (i=10,6°, em comparação a 7° de Mercúrio e 17° de Plutão) e moderadamente excêntrica (e = 0,08, comparável a de 0,09 de Marte).[59] O período de rotação de Ceres tem duração de 9 horas e 4 minutos.[60] As últimas observações determinaram também que o polo norte de Ceres aponta na direção de ascensão reta 19 h 24 min (291°) e declinação +59°, na constelação de Draco. Isto significa que a inclinação axial de Ceres é muito pequena, aproximadamente 3°.[31][43]

Diagrama da órbita de Ceres (em azul) em vista superior e vista frontal.

No passado, acreditava-se que Ceres era membro de uma família de asteroides.[61]Os asteroides dessa família possuem elementos orbitais similares, o que pode indicar uma origem comum através de uma colisão de asteroides em algum momento no passado. Mais tarde, entretanto, descobriu-se que Ceres possui propriedades espectrais diferentes dos membros dessa família, que passou a ser chamada família Gefion, nomeada a partir de seu membro de menor número, 1272 Gefion.[61] Ceres parece ser meramente um intruso nesta família, coincidentemente tendo elementos orbitais similares, mas não uma origem comum.[62]

Ceres está muito próximo de uma ressonância orbital 1:1 com Palas (seus períodos orbitais diferem em 0,3%).[63] Entretanto, uma ressonância verdadeira entre os dois seria improvável. Devido às suas massas reduzidas e às grandes distâncias entre si, tais relações gravitacionais entre asteroides são muito raras.[64]

Origem e evolução

A sonda Dawn revelou detalhes da superfície cheia de crateras de impacto de Ceres.

Ceres é provavelmente um protoplaneta remanescente, que se formou há 4,57 bilhões de anos no cinturão de asteroides.[34] Apesar de a maioria dos protoplanetas do interior do Sistema Solar (incluindo todos os corpos com tamanho entre o da Lua e de Marte) terem se fundido com outros planetas para formarem os planetas telúricos ou terem sido ejetados do Sistema Solar por Júpiter,[65] acredita-se que Ceres ternha sobrevivido relativamente intacto.[34] Uma teoria alternativa sugere que Ceres se formou no cinturão de Kuiper e posteriormente migrou para o cinturão de asteroides. Vesta, outro possível protoplaneta, possui menos da metade do tamanho de Ceres, e perdeu aproximadamente 1% de sua massa por conta de um grande impacto após solidificar-se.[66] Ceres e outros grandes asteroides, se tiverem se formado próximo às suas posições atuais, teriam resistido a uma fase caótica do Sistema Solar, em que os planetesimais colidiam entre si ou eram ejetados para longe do Sol, durante a migração planetária.[67]

A evolução geológica de Ceres foi dependente das fontes de calor disponíveis durante e após sua formação: fricção por acreção de planetesimais, e decaimento de vários radioisótopos (possivelmente incluindo elementos de meia vida curta como 26Al). Estas fontes podem ter sido suficientes para permitir a diferenciação em um núcleo rochoso e um manto de gelo logo após sua formação.[43][34] Este processo pode ter causado renovação da superfície por vulcanismo e atividade tectônica, apagando características geológicas mais antigas.[34] Devido ao seu tamanho reduzido, Ceres teria se resfriado rapidamente após sua formação, fazendo com que o processo de renovação da superfície cessasse.[34][68] Qualquer gelo em sua superfície teria gradualmente sublimado, deixando vários minerais hidratados como argilas e carbonatos.[27]

Atualmente Ceres aparenta ser um corpo geologicamente inativo, com superfície esculpida somente por crateras de impacto.[43] A presença de quantidades significativas de gelo de água em sua composição[31] levanta a possibilidade de que Ceres teve ou tem uma camada de água líquida em seu interior.[34][68] Esta camada hipotética é frequentemente chamada de “oceano”.[27] Se tal camada de água líquida existir, estaria localizada entre o núcleo de rocha e o manto de gelo, similar ao oceano que pode existir em Europa.[34] A existência deste oceano é mais provável se solutos (como sais), amôniaácido sulfúrico ou outros compostos anticongelantes estiverem presentes.[34] A existência deste oceano, entretanto, faria com que a crosta fosse gravitacionalmente instável e afundasse, trazendo à superfície o gelo das camadas inferiores, que se perderia no espaço apagando características geológicas superficiais antigas, como crateras de impacto.[69]

Exploração

Ceres fotografado pela Dawn em 1º de março de 2015, cinco dias antes de entrar em órbita do planeta anão.

Em 1981, uma proposta para uma missão para um asteroide foi submetida na Agência Espacial Europeia (ESA). Nomeada de Análise de Radar, Ótica e Gravitacional de Asteroides (Asteroidal Gravity Optical and Radar Analysis, AGORA), esta sonda espacial seria lançada entre 1990 e 1994 e faria duas passagens por grandes asteroides, onde o alvo principal seria Vesta. A sonda chegaria ao cinturão de asteroides por assistência gravitacional de Marte ou por um propulsor de íons. Entretanto, a proposta foi recusada. Uma missão conjunta entre a NASA e a ESA foi proposta, o Orbitador de Múltiplos Asteroides com Propulsão Solar Elétrica (Multiple Asteroid Orbiter with Solar Electric Propulsion, MAOSEP), com possíveis planos para orbitar Vesta. A NASA, entretanto, indicou que não estava interessada em uma missão para asteroides. Então, a ESA iniciou um estudo tecnológico de uma sonda espacial movida com íons. Outras missões foram propostas no fim da década de 1980 pela França, Alemanha, Itália e Estados Unidos, mas nenhuma foi aprovada.[70]

Primeira imagem de asteroides (Ceres e Vesta) obtidas a partir de Marte, pela sonda Curiosity em 20 de abril de 2014.

No início da década de 1990, a NASA iniciou o Programa Discovery, que era destinado a ser uma série de missões científicas com custos reduzidos. Em 1996, a equipe de estudos do programa recomendou uma missão de alta prioridade para explorar o cinturão de asteroides utilizando uma sonda com propulsão de íons. O financiamento para esta missão permaneceu problemático por vários anos, mas em 2004 a sonda espacial Dawn havia passado a parte principal de revisão do projeto.[71]

A sonda foi lançada em 27 de setembro de 2007, como a primeira missão espacial destinada a Ceres. Em 3 de maio de 2011, Dawn fez a primeira imagem do seu destino, a 1,2 milhão de quilômetros de Vesta.[72] Após orbitar Vesta por 13 meses, Dawn utilizou sua propulsão de íons para partir em direção a Ceres, com inserção orbital ao redor do planeta anão ocorrida em 6 de março de 2015,[73] quatro meses antes da missão New Horizons chegar a outro planeta anão, Plutão, em julho, tornando Ceres o primeiro planeta anão visitado por uma sonda espacial.[74]

Era previsto que a sonda entraria na órbita de Ceres a uma altitude de 5 900 km. Posteriormente, a sonda iria reduzir sua distância para 1 300 km após cinco meses de estudo, e depois para somente 700 km após mais cinco meses. A sonda Dawn levou sete anos e meio para chegar ao planeta, enquanto a missão deve se estender por pelo menos quatorze meses.[74][75] A instrumentação da sonda inclui uma câmera, um espectrômetro visual e infravermelho e um detector de raios gama e nêutrons. Estes instrumentos vão obter dados sobre a forma e a composição do planeta anão.[76]

Em 13 de janeiro de 2015, Dawn fez as primeiras imagens comparáveis à resolução do telescópio Hubble, revelando pelo menos duas crateras de impacto importantes, além de pequenos locais com altos albedos, nos mesmos locais de observações anteriores. Sessões adicionais de fotos foram sendo tomadas em resoluções cada vez maiores de janeiro a abril, antes da captura gravitacional da sonda, quando começam as observações completas.[77]

A nave espacial, Dawn, está agendada para passar muito mais perto de Ceres em 30 de junho de 2015, descendo de sua altitude atual de 4350 km a apenas 1450 Km sobre a superfície do planeta anão e melhores observações da surperficie de Ceres serão feitas. Dawn usa um conjunto de instrumentos para analisar a luz refletida Ceres, ajudando assim os cientistas a identificar os minerais na superfície do planeta anão. Neste momento, as manchas brilhantes são ainda consideradas serem gelo ou sal.[78] A Dawn também tirou uma foto de uma montanha que tem cerca de 6 quilômetros de altura[79] e 15 km de largura na base,[80] que se projeta de uma área da superfície, de maneira geral lisa, de Ceres.[81]

Agência Espacial Chinesa planeja uma missão para retorno de amostra de Ceres que ocorreria durante a década de 2020.[82]

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Ceres nos Signos

Ceres nas casas

veja outros textos de outros astrólogos sobre Ceres nos signos e nas casas em
http://astrologiaeradeaquario.blogspot.com.br/2011/01/ceres.html

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