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Constelação de Virgem | Curso Astrothon
Curso Astrothon

Constelação de Virgem

por Hector Othon

 

Enfoque Mitológico

A constelação de Virgem pode ser uma das que tem mais mitos e lendas associados no Zodíaco. Teria sido uma das primeiras a ter sido nomeada, sempre sob a forma de uma donzela.

A sua origem a podemos vincular claramente a Mesopotâmia, pois lá era vista como a espiga de cereal da deusa mãe Shala, tradição esta que se manteve na astronomia grega, pois o nome da estrela principal da constelação é precisamente Spica.

Figura Mítica da VirgemFiguraMiticaVirgem

A figura mítica do signo de Virgem é a única entre os signos do elemento terra que tem em seu símbolo um ser humano, de todos os símbolos do zodíaco o único que tem a figura da mulher e é também o único que faz referência a um ser alado (asas).
Ainda simbolizando a pureza e a virgindade, a maioria dos desenhos da virgem são belos, magnéticos e sensuais. Seus braços e pernas (de Mercúrio) são muito bem desenhados, incluindo mãos e pés com todos os dedos e formas naturalistas. Seu rosto é belo, os cabelos desenhados em detalhes, os vestidos com riqueza de dobras e jogos de luzes… As assas belas que parecem naturais. Os desenhos da figura da Virgem quase sempre são muito naturalistas, quase sempre retratando uma pessoa, inclusive em suas versões artísticas estilizadas. A espiga de trigo A espiga de trigo, muitas vezes desenhada como se fosse de ouro, simboliza a relação da figura mítica da Virgem com a deusa da agricultura e da fertilidade que na época trouxe para os humanos a possibilidade de tomar posse de um lugar e construir sua casa, aldeia, cidade… Com a bênção do fruto, da planta comestível, os humanos não tinham que ir a buscar seu alimento, mas plantá-los. É muito provável que quem tenha feito esta descoberta tenha sido uma mulher na sua necessidade de quietude e proteção para parir, alimentar, criar filhos e criar o recanto que acolherá à família.
 
Na essência, a mulher é como a Terra uma paridora de seres, que acolhe, alimenta, protege e educa… Imaginemos então o tempo em que os humanos não relacionavam a prática do sexo com o nascimento das pessoas: as mulheres eram vistas como deusas através das quais nasciam os humanos como por toque divino. Nesse tempo as mulheres eram adoradas como deusas. É fácil de deduzir que tenha sido uma mulher quem percebeu que se ela colocasse uma semente em uma “fenda” na Terra fértil, aconteceria a magia do nascimento de uma planta. Imagino a alegria destes primeiros humanos com esta descoberta…
 
Assim a primeira representação do signo de Virgem foi uma “fenda” (sulco) ressaltando o poder mágico do solo de transformar a semente em planta,.. a seguir foi a “espiga de cereal”, representando o produto da plantação, e para finalizar a “deusa com a espiga de cereal numa mão e a balança da Justiça na outra. Com a criação da constelação de Libra, ela ficou sem a balança.
 
A figura mitológica de Virgem é também entre todos os signos a figura que é associada a mais deusas segundo o povo que a cultuava, umas eram representantes da fertilidade e a agricultura, outras ligadas à Justiça, a Perfeição, à Moral, e outras ligadas ao Submundo, à Morte, e ao lado Santo dos mistérios da Sombra… e assim todos estes conteúdos abençoam o lado virginiano de nossa vida…
A palavra “virgem” alude a algo que “não foi usado”, que “mantém sua pureza original” ou que tem “natureza espiritual.”

Assim como seu símbolo, a maioria dos virginianos tem algo de puro, imaculado, feminino sagrado e procuram se manter sempre dentro da ordem e da lei, dispostos a servir, amar e a desenvolver sua espiritualidade.

Muitos virginianos se dedicam ao serviço voluntário e entregam sua vida à missão de servir, ajudar, colaborar com os mais necessitados, como foi a Madre Tereza de Calcutá e a Irmã Dulce no Brasil.

virgocancer

A espiga de cereal  – Ceres (Deméter)

espiga de cereal, muitas vezes desenhada como se fosse de ouro, simboliza a relação da figura mítica da Virgem com a deusa da agricultura que na época trouxe para os humanos a possibilidade de tomar posse de um lugar e Espigavirgemiconstruir sua casa, aldeia, cidade… Agora os humanos não tinham que ir a buscar seu alimento, mas plantá-los. É muito provável que quem tenha feito esta descoberta tenha sido uma mulher na sua necessidade de quietude e proteção para parir, alimentar, criar filhos e criar o recanto que acolherá à família. Na essência, a mulher é como a Terra uma paridora de seres, que a seguir acolhe, alimenta, protege e educa… Imaginemos então o tempo em que os humanos não relacionavam a prática do sexo com o nascimento das pessoas… as mulheres eram vistas como deusas através das quais nasciam os humanos como por toque divino. Nesse tempo as mulheres eram adoradas como deusas.

É fácil de deduzir que tenha sido uma mulher quem percebeu que se ela colocasse uma semente em uma “fenda” na Terra fértil, aconteceria a magia do nascimento de uma planta. Imagino a alegria destes primeiros humanos com esta descoberta…

Antessala do Outono

Na época da criação do nome da Constelação de Virgem. o Sol visitava esta constelação na antessala do Outono, e assim era o momento da colheita e armazenamento dos alimentos para poder viver com proteção o outono e inverno. E assim estes trinta dias de bênção solar foi homenageado com a nomeação das estrelas no fundo, em alguns lugares com a palavra “sulco” e em outros com a “espiga” ou ramo de “espigas” e a seguir com as deusas locais.

No inicio a deusa era de poder diversificado, e tinha até entre seus dons e virtudes o mundo das sombras e das tentações como Isthar para os mesopotâmicos, associada a Afrodite que conhecemos dos gregos. Na origem também foi associada a deusa Shala e junto com ela veio a espiga de trigo, mais próxima da Ceres grega.

Quando chegou o tempo dos gregos a deusa de Virgem teve várias associações: Astreia, Palas, Vesta as deusas virgens e na linha das deusas da fertilidade, da agricultura temos a Ceres, a própria Perséfone, e até para alguns a Lua, que os astrólogos esotéricos escolheram como regente do signo.

Na Mesopotâmia, como já mencionamos, essa constelação zodiacal na sua origem era vista como uma fenda (sulco) onde se planta a semente, e a seguir como uma espiga de cereais representando o alimento vindo da plantação. Nas tabelas Mul-Apin, ela aparece com o nome sumério ab-sin2, “espiga” e ainda antes como o “sulco de semeadura”. Sob Nabucodonosor II, seria dado o nome de Ululu, representando o sexto mês do ano.

veja mais sobre Virgem na mitologia clicando aqui

Ptolomeu faz as seguintes observações; “As estrelas na cabeça de Virgem, e as que estão no topo da asa sul, operam como Mercúrio e um pouco como Marte: as outras estrelas brilhantes na mesma asa e as que estão na cintura se assemelham a Mercúrio em sua influência, e também Vênus, moderadamente. . . as que estão na ponta dos pés e na parte inferior das roupas são como Mercúrio, e também Marte, moderadamente. ”Pelos cabalistas, está associada à letra hebraica Gimel e ao terceiro trunfo de tarô“ A Imperatriz ”. [1]

Esta constelação é indicativa de abundância na colheita e frutificação da agricultura em geral. Mas quando proeminente nas cartas dos eclipses, pressagia eventos relativos a reis (chefes de estado) e, nesse sentido, pode ser um presságio de fato. [2]

Na astrologia, essa constelação e Gêmeos eram a Casa de Mercúrio . Mas geralmente, e muito mais apropriadamente, as estrelas de Virgem foram entregues aos cuidados de Ceres , seu homônimo, a deusa de longa data da colheita. Por suas cores astrológicas, Virgem assumiu o preto salpicado de azul; e era pensado como governando o abdômen no corpo humano, mas sempre como um sinal infeliz e estéril. O aparecimento de um cometa dentro de suas fronteiras implicava muitos males graves para a porção feminina da população.

 

 

 

Virgem no Filme

Filmes que representam o arquétipo de Virgem incluem qualquer coisa sobre virgens, prostitutas e mulheres independentes, bem como temas envolvendo saúde, serviço, perfeição, obsessão com detalhes e ritual, ciência, ecologia e o mundo natural. Você terá seus próprios favoritos, mas aqui estão alguns exemplos de Virgem no filme:

  • Lisbeth Salander por sua recusa em ser possuída por qualquer homem ou instituição em The Girl With the Dragon Tattoo
  • Grady Tripp se afogando em um mar de detalhes enquanto tenta terminar seu último romance em The Wonder Boys
  • Wall-E limpando o planeta e protegendo a vida em Wall-E
  • Simone , a garota de programa de alta classe para sempre fora do alcance da Mona Lisa
  • Travis Bickle obcecado pela escória da cidade e salvando Iris em Taxi Driver
  • Ron Woodroof promove tratamentos alternativos para seus colegas pacientes com AIDS no  Dallas Buyers Club
  • Melvin Udall irritando a todos com sua obsessão compulsiva em As Good As It Gets
  • Harold Crick, o analista retentivo fiscal, aprendendo a viver em Stranger Than Fiction

Mais em Virgem :

Imagens: Virgem ; Nisaba ; Osiris ; Seshat

 

  1. Só me ocorre como é surpreendente considerar os gregos antigos até mesmo considerando tal deusa como parte do panteão quando você pensa sobre como o mundo dominado pelos homens tem sido por tanto tempo. Como as pessoas que apóiam / aceitam deuses que “brincam” também podem respeitar deusas que se gabam e defendem a condição de virgem? É porque os homens vêem alguém como Artemis como uma “pegadinha” que vale a pena perseguir ou como uma medida de consciência para aceitar o fato de que algumas mulheres não vão querer copular com eles? O que obriga um povo mais primitivo – se o fossem – a contar histórias de relacionamentos sexuais trágicos e impetuosos, desafiadores, INDEPENDENTES (que é uma palavra bastante ousada para homens masculinos usarem ao descrever mulheres, ao que parece) mulheres que se recusaram a deixar homens chegar muito perto deles? Ou, Uma divindade como Artemis é concebida simplesmente por mulheres “jogando duro para conseguir?” Considere quantas mulheres mortais já foram proclamadas por sua força e independência versus serem “brinquedos” sem nome e / ou maltratados por homens mais infames.

    Afogar-se em um mar de detalhes (escrever um romance, presumo) não poderia ser considerado um traço intelectual versus um traço “organizado”? Não poderia ser uma coisa de signo cerebral, de Gêmeos ou Libra, talvez, pesando aspectos? Se você tivesse dito que ele estava se afogando em editar e corrigir seu próprio trabalho, isso poderia ser ligeiramente virginiano. Ou, se ele estava preocupado com uma mancha no papel.

    Quem pensaria em considerar um motorista de táxi o tipo arrumado de Virgem? 😛 Costumo imaginar os motoristas de táxi como desleixados. [Sem ofensa aos que são mais “limpos”.]

Posição no céu

O ponto de equinócio de outono boreal e da primavera no Hemisfério Sul se encontra atualmente em Virgem.

Virgem é visível entre as latitudes 80°N e 80°S. Sua posição astronômica é entre 15°N e 22°S de declinação e 11 h 35 min e 15 h 10 min de Ascensão Reta. Abrange uma área de 1.294 graus².

Ao norte dela, ficam as constelações de Cabeça da Serpente, Boieiro, Cabeleira de Berenice: ao sul Hidra, Corvo e Copo. Para localiza-la, continuar uma linha ao norte do haste maior do Cruzeiro do Sul, a primeira estrela que reluz é Spica. Que forma um triângulo com Denebola de Gêmeos e Arcturus do Boieiro.

A constelação de Virgem tem o primeiro plano estelar formado por 25 estrelas: uma de primeira grandeza, Espiga; duas de terceira, Zavijava e Algorab; treze de Quarta, entre elas Auwa, Vindemiatrix, Aric, Parime e nove de quinta.

As suas principais estrelas são:

  • Spica (Alpha virginis), espiga. Nome latino. Ela fica no joelho esquerdo da Virgem.
  • Zavijava (Beta virginis) Fica no ombro esquerdo.
  • Porrima (Gamma virginis), nome latino da Deusa da profecia. Representa o lado esquerdo da cintura da Virgem.
  • Vindemiatrix (epsilon virginis), a Vindimadora. Nome de origem latina.
  • Heze (zeta virginis) Joelho direito da Virgem.

Principais estrelas e objetos

Estrela     Nome         Distância     Raio     Mag       Tipo

(Alfa)       Spica            263 al     5,6 rs     0,96           Binária

(Beta)     Zavijava        35,6 al    2,2 rs    3,56        Binária

(Gama)   Porrima         38,6 al     2,8 rs    2,71        Binária

(Delta)     Auva             203 al 241 rs     3,37            Binária

(Zeta)     Heze         73,2 al               2,6 rs   3,37           –

Ao fundo de Virgem, podem ser vistas com telescópio 11 Galáxias. A área que condensa as Nebulosas é denominada Polígono das Nebulosas. Tem várias radiofontes e Estrelas Variáveis tipo SS, R e S. Vista da Terra, fica exterior à faixa da Via Láctea.

Em Virgem está um dos mais significativos aglomerados de galáxias, com cerca de 2.500 objetos, entre galáxias elípticas, espirais e irregulares. Destacam-se os objetos Messier M49, M58, M59, M60, M61, M84, M86, M87, M89, M90 e M104, além do quasar 3C273, o mais luminoso do firmamento.

Messier

Tipo                                                                       Mag.

M49 (NGC 4579)                         Galáxia elíptica           10

M58 (NGC 4472)                         Galáxia espiral            11

M59 (NGC 4621)                         Galáxia elíptica           11,5

M60 (NGC 4679)                         Galáxia elíptica           10,5

M61 (NGC 4303)                         Galáxia espiral            10,5

M84 (NGC 4374)                         Galáxia elíptica           11

M86 (NGC 4406)                         Galáxia elíptica           11

M87 (NGC 4486) – Virgo            Galáxia elíptica    11

M89 (NGC 4552)                         Galáxia elíptica           11,5

M90 (NGC 4569)                         Galáxia espiral            11

M104 (NGC 4594) – Sombrero    Galáxia espiral              9,5

Todas essas galáxias ficam em torno de 70 milhões de anos-luz do Sol. Recentemente, o Telescópio Espacial Hubble encontrou indícios de que existe um buraco negro no núcleo de M87. Essa galáxia é uma potente fonte de raios X. Já M104 é a esplêndida galáxia espiral do chapéu, cujo nome faz menção a um chapéu mexicano. Ela fica a cerca de 50 milhões de anos-luz e é vista de perfil, enroscada por uma braço de meteria escura, que lhe confere a forma característica.

Se trata de uma das doze constelações zodiacais cuja origem a podemos vincular claramente a Mesopotâmia, pois lá era vista como a espiga de cereal da deusa mãe Shala, tradição esta que se manteve na astronomia grega, pois o nome da estrela principal da constelação é precisamente Spica.

Virgo (Cartes du Ciel)

Arato conta a historia da virgen:

Sob os pés do Boyero, você pode observar a Virgem, que segura uma espiga de flores na mão. Seja ela da linhagem de Astreo, que os antigos dizem ser o pai das estrelas, como se ela fosse de outra pessoa, para manter a calma em seu caminho. Mas outra versão circula entre os homens; que antes viveram na terra e vieram abertamente na presença de homens, e não desconsideraram a companhia dos antigos. Em vez disso, ele estava sentado misturando-se a eles, mesmo sendo imortal. E chamavam isso de Justiça: pois reunindo os anciãos em uma praça ou em uma rua espaçosa, pedi a eles que votassem em leis favoráveis ​​ao povo. Então os homens ainda não sabiam da discórdia vergonhosa, nem das disputas censuráveis, nem do tumulto do combate; eles viveram simplesmente; o mar perigoso estava à parte, e os navios não foram muito longe em busca de sustento, mas os bois, o arado e ela mesma, a justiça soberana dos povos, forneciam tudo abundantemente, ela, a distribuidora de bens legítimos. Isso durou enquanto a Terra ainda alimentava a corrida de ouro. Mas com o prateado, pouco e com relutância, porque sentia falta da maneira de ser dos povos antigos. Mas, apesar disso, ele ainda estava presente durante a era de prata: ao anoitecer, desceu das montanhas boatos, solitário e não se comunicava com ninguém com palavras gentis, mas, quando cobria imensos homens das colinas, ele os incrementava censurando sua perversidade, e disse que não chegaria mais à presença daqueles que a chamavam: «Como os filhos degenerados de seus pais deixaram a idade de ouro! Mas você terá filhos ainda piores. Então acontecerá que haverá guerras e, de fato, também mortes ímpias entre os homens: a dor cairá sobre seus defeitos.

Depois de falar assim, ela voltou para as montanhas e abandonou todas as pessoas que ainda a seguiam com os olhos. Mas quando morreram, nasceram, a corrida de bronze, homens ainda mais perversos que os anteriores, os primeiros a forjar as espadas criminosas dos assaltantes de estradas, os primeiros a comer a carne dos bois de trabalho. Então Justice sentiu aversão pela linhagem daqueles homens e voou para o céu; e então habitou esta região onde à noite ainda parece mortal como a Virgem, perto do esplêndido Boyero. Acima de seus dois ombros, uma estrela gira [perto da asa direita; e é chamado Harbinger of Harvest1;] de tal magnitude, e dotado de tanto brilho, como o visto sob a cauda da Ursa Maior2; é deslumbrante, assim como as estrelas próximas3; depois de vê-los, você não precisa procurar outro ponto de referência, assim como eles rolam na frente das pernas que estendem os ombros, outro na frente daqueles que descem dos ijares e outro, enfim, abaixo dos joelhos posteriores. Mas todos evoluem de forma independente, cada um pelo seu site e anônimo. Fenômenos, 97-146

Notas:

1)       El Vendimiador o Vindemiatrix: ε Vir.

2)       Se trata de α Canum Venaticorum, conocida actualmente como Cor Caroli.

3)       Se trata de ψ, θ, y ο Ursae Maioris, que para Hiparco formaban parte de la Osa Mayor.

Vemos que a história que Arato dedica à Virgem (παρτένος em grego) é bastante longa para o que é usual nos Fenômenos, o que em si é bastante impressionante. É notável que sua origem seja obscura para o próprio Arato, que hesita em atribuir a ela a identidade do Dique alado (isto é, Justiça), mencionando seu parentesco com Astreo (Αστραιος), a quem a maioria das tradições torna filho do titã Crío e Euribía. De sua união com Eos (a Aurora) nasceram os ventos Boreas, Zephyr, Noto, Euro e Eosphorus, a Estrela da Manhã (Vênus). Sua relação com a Virgem não é muito frequente em textos antigos, embora por isso o nome alternativo de Astrea (Αστραία) tenha se popularizado para designar nossa constelação, especialmente entre autores latinos, como Ovídio ou Sêneca. Sua associação com Dike (uma das Horas, filha de Zeus e Themis segundo Hesíodo) é a que se tornaria mais popular com o tempo, como nos conta Eratóstenes, que cita Arato:

Hesíodo considera a filha de Zeus e Temis e Chama Dike. O mitógrafo Arato ecoa a história de Hesíodo e narra que no início ele era imortal e que vivia na Terra como lar, que clamava pela Justiça. Mas como você foi pervertido e desejou respeitar a justiça, ele te abandonou e se retirou para a montanha. Mais tarde, quando os homens se envolveram em guerras e revoltas civis, ela definitivamente os odiou por seu desprezo pela justiça e se levantou para ceu. Ele também conta histórias muito diferentes sobre ela: alguns dizem que ela era a deusa Deméter, porque ela usa uma estaca; outros que Isis, outros que Atárgatis, e outros que Tyche, então eles a representam sem cabeça. Tem uma estrela com brilho na cabeça, uma em cada um dos ombros e duas em cada asa; o da direita, localizado entre o ombro e a ponta da asa, é denominado Protigheter1; Ele também tem um em cada cotovelo (o da esquerda é muito brilhante e se chama Spike) e um na ponta da mão. Na borda do manto há seis, com pouca luz, e um em cada pé. Soman um total de vinte.

Catasterismos

Notas:

  1. “a que anuncia o começo da vendimia” = Vindemiatrix.

O que mais chama a atenção na história de Eratóstenes é mais uma vez a indeterminação do mito associado a essa constelação, algo raro neste autor, citando Deméter, Ísis, Atárgatis ou Tyche. A Ísis grega não era exatamente a mesma que a Ísis egípcia de antes do período helenístico, mas era mais uma divindade do tipo Deusa Mãe, o que explica a relação com Deméter (Ceres para os romanos), a deusa das colheitas e da fertilidade por excelência. , filha de Cronos e Rea e, portanto, membro da primeira geração de deuses do Olimpo. Sua associação com Deméter se tornaria muito popular, rivalizando com a de Dike, ao que parece, por ter um cravo na mão (a direita para Higino, a esquerda para Hiparco e Ptolomeu). Deméter é a deusa-mãe grega, cuja origem parece ser asiática. Seu próprio nome (Δημήτηρ) parece significar “Mãe da Terra” (de dórico Δα, “terra”) ou “Mãe da Espelta” (do cretense δηαί, “espelta”, uma variedade de trigo), embora haja outras etimologias possíveis. Tyche (a deusa Fortuna para os romanos) significa “acaso” ou “fortuna” em grego, oceanida segundo Hesíodo, mais tarde ligada a Ísis, governante do destino dos homens. A menção de Atárgatis é bastante interessante, pois era aquela que os gregos chamavam de deusa síria, a fenícia Astarte (também conhecida como Anat ou Tanit), deusa do amor e da guerra, unida a Baal (ou Bel), a ela outrora relacionado com a Mesopotâmia Ishtar. O mito sírio de Astarte está relacionado ao de Tammuz, cuja origem é o mito mesopotâmico de Ishtar e Tammuz, baseado no mito sumério da descida aos infernos de Inanna (Ishtar) e Dumuzi (Tammuz), de onde vem o mito grego surgiria de Adônis e Perséfone (Prosérpina para os romanos), a última filha de Deméter, ligada, como vimos, a Astarte / Ishtar.

Todas essas hesitações na atribuição de um mito específico e sua relação com Astarte indicam claramente uma origem asiática para esta constelação. A este respeito, não esqueçamos a origem do saco de Arato, porque apesar de não falar de nenhuma Deusa Mãe em sua descrição, na Anatólia o culto a esta deusa era muito difundido, sob diferentes nomes de acordo com os povos ou épocas, como é o caso do Hurrian Shala, do Lydian Kybele ou do Neo-Hittite Kababa, de onde vem o Greco-Roman Cibeles, que por sua vez pode ser rastreado para o hitita Hepat. Voltando mais no tempo, há evidências de um culto semelhante nas aldeias neolíticas da região, como é o caso do famoso Çatal Hüyük (7º milênio aC).

Na Mesopotâmia, como já mencionamos, essa constelação zodiacal era vista como uma espiga. Nas tabelas Mul-Apin, ele aparece com o nome sumério ab-sin2, “espiga” ou “sulco de semeadura”. Sob Nabucodonosor II, seria dado o nome de Ululu, representando o sexto mês do ano.

Grabado del periodo seliúcida (siglo II a.C.) donde vemos uma representación de Virgo,

na figura da deusa Shala sostenendo uma espiga.

A questão é em que momento alguém deixou de ver um cravo e se tornou uma virgem. Na Mesopotâmia esta constelação foi dedicada à deusa-mãe Shala, de provável origem hurrita, foi muito importante na Anatólia e na Síria, onde aparece como esposa do deus Dagan, agricultor e inventor do arado.

Na Mesopotâmia, a tradição que torna sua esposa de Adad também seria popular. Como uma divindade associada à fertilidade e à agricultura, seu símbolo era a espiga de cevada. Uma vez que a tradição grega menciona claramente este pico, quando esta constelação foi criada, o mito da Mesopotâmia teve que ser levado em consideração, então ele deve ter se originado em uma área relacionada à Mesopotâmia. A menção de Atárgatis por Eratóstenes nos dá uma pista chave para identificar a área onde o mito se originou: Anatólia e Síria, além da costa do Levante. Quanto aos povos que o criaram, são muitas as possibilidades, desde os cananeus (sírios), ou talvez mais tarde os fenícios (cananeus do litoral), até aos povos da Anatólia, região onde vimos que o culto à deusa-mãe foi generalizado. A origem anatólica de Cibele ou Deméter, versões da Deusa Mãe, parece apontar para esta segunda opção. Em vez disso, sua conexão com Atárgatis parece indicar o primeiro. A favor de uma origem levantina, destacamos a intensa relação cultural desta região com a Mesopotâmia e, principalmente através dos fenícios, com os gregos e a própria Anatólia. Naturalmente, muitos especialistas pensam que sua origem pode ser diretamente mesopotâmica ao assimilar a deusa mãe Shala com a Deméter grega.

Virgo vista en Mesopotamia

Nombres de las estrellas:

α Vir (1.0m): Spica, en latín Spicum. En árabe antiguo se la llamaba Al Simak al A’zal, “el Desarmado”. En una edición del Almagesto de 1515 aparece como Aschimech Inermis. Las Tablas Alfinsinas la llaman Inermis Asimec. Para Riccioli era Eltsamecti, para Bayer Alaazel y para Schickard, Huzimethon. Para los persas era Chushe, los sirios Shebbelta, “Espiga”. También Azimech y Alaraph
β Vir (3.8m): Alaraf o Zavijava, de Az-Zawiya, “Esquina”, aunque a veces aparece Gamma con este nombre.

γ Vir (2.76m): Porrima, la Diosa de la Profecía romana, conocida como Carmenta, relacionada con las griegas Nicóstrata o Temis. En árabe antiguo era Zawiyat al-‘Awwa’, “la Esquina del Ladrador”, de la tradición que veía en Epsilon, Delta, Gamma, Eta y Beta la “Figura del Perro Aullador”. También Arich.

δ Vir (3.66m): Minalauva. Según R. H. Allen era Lu Lim en Babilonia, “la Gacela” o “el Ciervo”. El Padre Secchi le otorgó el nombre de Bellissima.

ε Vir (2.84m): Almuredin o Vindemiatrix, “la Vendimiadora”. En latín era llamada Vindemitor (Ovidio, Plinio), Vindemiator (Colmuela) o Provindemiator (Vitruvio). En griego Protigéter, “la que anuncia el comienzo de la vendimia”.

ζ Vir (3.38m): Heze.

η Vir: Zania, Zaniah, de Az-Zawiya, “la esquina”..

ι Vir: Syrma.

Fontes:

https://jessicadavidson.co.uk/2018/08/20/the-mythology-of-the-zodiac-virgo-myths/ 

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