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Mitologia e signos zodiacais | Curso Astrothon
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Mitologia e signos zodiacais

por Hector Othon

Os signos podem ser estudados através dos mitos associados às constelações zodiacais e suas estrelas e  dos detalhes iconográficos das figuras míticas que as representam.

As primeiras civilizações do mundo nomearam as estrelas e grupos de estrelas que se destacavam pelo seu brilho, especialmente as que se encontravam no caminho dos planetas (a faixa zodiacal) homenageando a seus deuses e heróis. Eles viam as estrelas e os planetas como formas vivas de manifestação de forças divinas. Os grupos de estrelas eram nomeados com nomes que fazem referência a mitos e lendas de seus povos e eram representadas por figuras míticas, cujos detalhes são carregados de significados.

Especialmente os Asterismos-1 e Constelações zodiacais foram homenageados com importantes mitos associados a sucessão das Estações e assim também aos signos zodiacais.

1- Asterismo é qualquer grupo peculiar de estrelas que não seja uma das 88 constelações determinadas pela União Astronômica Internacional. Os asterismos mais notáveis são os dois Aglomerados Estelares abertos que estão próximos de nós e que brilham na constelação de Touro. São eles as Plêiades e as Híades. Outros tipos de asterismos constituem-se de desenhos diferentes dos geralmente aceitos como clássicos. É comum por exemplo, chamar de Chaleira o grupo de sete estrelas mais brilhantes da constelação do Sagitário. Outro asterismos famoso é a Falsa Cruz (ou Falso Cruzeiro) na constelação da Carina.

Destacam-se as referencias mitológicas correspondentes as primeiras civilizações, entre elas a mesopotâmica, a egípcia, a chinesa a greco-romana, a árabe.

Mas, sem dúvidas, sobressai a mitologia greco-romana, que ganhou o merecimento de batizar os signos e os planetas com nomes mantidos até hoje em dia.

Parâmetros associados a figura mitológica

termo zodíaco pelo significado etimológico é ligado à ideia de ‘vida’, ‘seres vivos’ ou ‘animais’.

  • Seis das figuras representam animais: um carneiro, um touro, um caranguejo, um leão, um escorpião e um par de peixes.
  • Três das figuras são humanas: um par de gêmeos, uma jovem segurando uma espiga na mão, um aguadeiro que derrama água de uma urna.
  • Duas figuras retratam seres míticos: um centauro e uma cabra com rabo de peixe. E, por fim, uma figura retrata um artefato: a balança.

Os signos humanos são aqueles simbolizados por figuras antropomórficas: Gêmeos (dois jovens), Virgem (uma mulher) e Aquário (um homem). O único signo representado por um objeto (uma balança), se inclui entre os signos humanos, ao representar um objeto criado pelo ser humano. Mas poderia também criar uma quarta categoria de signo.

Os signos animais são aqueles simbolizados por figuras zoomórficas: Áries (o carneiro), Touro, Caranguejo, Leão, Escorpião, Capricórnio (a cabra com rabo de peixe), Peixes.

signo de Sagitário (figura do centauro), pertence as duas classes: a figura do cavaleiro, é humana e a do corpo do cavalo, é animal.

Os signos animais são subdivididos em:

  • Domesticáveis: Áries, Touro, a parte cavalo de Sagitário e a parte cabra de Capricórnio
  • Semi-ferais: Caranguejo e Peixes (animais não domesticados, mas não perigosos)
  • Ferais: Leão e Escorpião (animais perigosos e não domesticáveis)

Na caracterologia baseada na iconografia dos signos, podem se usar as seguintes chaves de interpretação:

  • as características de aparência da figura mitológica (postura, partes ressaltadas, relação com a eclíptica e o caminho do Sol)
  • ações e movimentos associados à figura mitológica (modo de locomoção).
  • atividades e situações relacionadas com a figura mitológica
  • o enredo do mito. Episódio mítico protagonizado pelos personagens principais relacionados a figura mitológica

Caracterização tendo em conta a postura:

  • dos quatro signos humanos(Gêmeos, Virgem, Libra, Aquário), três estão eretos, e um (Libra), está achatado;
  • dos quatro signos quadrúpedes(Áries, Touro, Leão, Sagitário), o (Touro) é mutilado, faltam-lhe as pernas e se arrastra; o carneiro é tosquiado; o leão e escapelado e o cavalo tem cabeça e parte superior de humano.
  • quatro signos rastejantes (Caranguejo, Escorpião, Capricórnio e Peixes) Capricórnio se inclui, porque ainda que ele seja na parte superior cabra se locomove como peixe.

Observa-se que nos signos humanos os corpos estão inteiros enquanto nos signos de animais os corpos estão mutilados ou alterados: o touro mutilado, o caranguejo sem olhos, o escorpião sem pinças, o cavalo sem pescoço e cabeça, o cabrito sem pernas. Os únicos que estão completos são o carneiro e o leão, mas o primeiro esta tosquiado e o segundo escalpelado.

Passar o que tenha de bom a seguir na página correspondente

Vejamos os mitos associados as constelações e apliquemos as chaves de interpretação:

Áries

Áries na Mesopotâmia

Dumuzi (Tammuz) deus pastor de carneiros

Dumuzi ou Tamuz era uma antiga divindade suméria. Forma por que os semitas conheciam Adônis, da mitologia fenícia O bíblico Tamuz era um deus dos sumérios conhecido como Dumuzi e pelos egípcios como Osíris. Tamuz tinha como companheira Asterote, a rainha do céu – Ishtar para os acádios e Inannapara os sumérios. Antigos babilônios usavam cruzes como símbolos na adoração do deus da fertilidade, Tamuz.[carece de fontes] O eterno apaixonado da deusa Inanna, trata-se de um humano que acabou por se tornar num deus, estando associado à vegetação e à agricultura, porquanto é um deus que morreu jovem, e ressuscitou no ano seguinte (e assim sucede também com a vegetação, que todos os anos renasce).

É o oposto de An, um deus verdadeiramente imortal, e por isso mesmo tido por idoso, mas também por culto e experiente.

Foi muito cultuado, mais tarde, em Babilónia, sob o nome de Tamuz. A sua lenda está quase de certeza por de trás de outros cultos antigos, designadamente o de Baal nas terras de Canaã e o de Adónis na Grécia Clássica.” Wiki

Tammuz era Deus da fertilidade e da regeneração (inspiração do mito do Adônis grego). Foi esposo de Inanna. Morre em sua viagem ao Inframundo. Foi cultuado na cidade de Uruk. Tammuz é o nome semita do Deus, com o qual é mencionado na Bíblia. Tammuz também nomeia um mês do calendário babilônico Duzu (junho-julho). O desenho da constelação Luhunga, representa aparentemente este Deus.

Áries no Egito

Animal sagrado de Amon

Outros pesquisadores sugerem que a origem do nome Carneiro seja egípcia,  vinculando a constelação ao animal sagrado de Amon, o carneiro de chifres curvos e rabo curto.

Esta associação a Amon pode ter acontecido em outra parte do Oriente Próximo, tipo Fenícia.

Áries na Grécia

Velocino de ouro (por Erastóstenes)

A primeira associação com um mito clássico deste asterismo é escrito por Eratóstenes:

Foi o carneiro que transportou a Frixo e a Hele.  Se tratava de um animal imortal, presenteado aos dois meninos pela sua madre, Néfele. Segundo narram tanto Hesíodo como Ferécides, sua lã era de ouro. Quando os levava pelos ares, deixou cair a Hele sobre a zona mais estreita do  mar, que recebeu dela o nome de Helesponto, ao tempo que se lhe caiu um dos cornos. O deus Poseidon salvou à jovem e se uniu a ela, com quem teve um filho chamado Peon. O carneiro, pela sua  parte, transportou a salvo a Frixo até o Ponto Euxino1, a casa de Eetes, a quem presenteou com o velocino  de oro como lembrança. O carneiro ascendeu assim ao céu, e por isso é uma constelação de brilho tenue. 

Leva uma estrela sobre a cabeça, três no focinho, dois na cerviz, uma brilhante no estremo da unha dianteira, quatro no lombo, uma na cauda, três baixo o ventre, uma na cadeira e outra finalmente no estremo da unha traseira. Somam um total de dezessete. “Catasterismos”

Notas:

1) En grego, “mar hospitalario”: o Mar Negro.

Como vemos, Eratóstenes relaciona esta constelação com o mito do velocino de ouro.

O velocino de ouro era considerado como um talismã que outorgava a quem o possuísse prosperidade e poder. Átamas, rei de Tebas, desposou Néfele e com ela teve Frixo e Hele. Tendo repudiado a esposa, casou-se em segundas núpcias com Ino (filha de Cadmos e Harmonia) que, enciumada planejou a morte dos enteados. Para isso, convenceu todas as mulheres da cidade que tostassem todos os grãos de trigo, de forma que quando fossem plantadas as sementes, nada germinasse. Intrigado com tal acontecimento, o rei consultou o oráculo de Delfos para saber o porquê da infertilidade da terra.

Os mensageiros encarregados de trazer a resposta, subornados por Ino, mentiram ao rei ao afirmar que a terra só voltaria a brotar quando Frixo e Hele fossem sacrificados. Ciente da desgraça que estava prestes a se abater sobre os filhos, Néfele (outras versões contam que foi Zeus), desesperada, enviou-lhes o Velocino de Ouro, presente que Hermes lhe havia ofertado.

O Velocino era Crisómalos, filho de Netuno com a ninfa Teófana, um carneiro cujo pêlo era feito de ouro. Nadava, corria e voava como nenhum outro animal podia fazê-lo.

Montados sobre seu dorso, os jovens alçaram vôo e escaparam da morte. Porém, fim trágico teve Hele, pois durante o percurso, sofreu uma vertigem e caiu nas profundezas do mar onde morreu afogada. Chegando são e salvo à Cólquida, Frixo foi recebido por Eetes, que além de recebê-lo e hospedá-lo alegremente, lhe ofereceu sua filha Calcíope em casamento. Agradecido, o jovem sacrificou o carneiro à Zeus , que por sua vez o transformou num símbolo de poder e prosperidade. Frixo arrancou seu pelo e o entregou a Eetes. O rei fixou o velocino numa árvore, mais precisamente num carvalho, localizado no pomar dedicado a Ares (deus da guerra) e ali colocou como sentinela um terrível dragão que jamais fechava seus olhos em sono.

A partir daqui se relaciona a história de Frixo e Eetes com a dos Argonautas, os quais, com Jasão à frente, chegaram à Cólquida em busca de tão fabuloso tesouro. Eetes prometeu entregar o velocino a Jasão se ele completasse algumas provas. Uma vez superadas com a ajuda de uma poção feita por Medéia (filha do rei e feiticeira) à troca que Jasão a levasse consigo a Lolco como sua esposa, o rei resistiu em cumprir sua palavra e Medéia, entorpecendo o dragão, ajuda Jasão a retirar o velocino do bosque sagrado e ambos fogem com os argonautas.

Touro

http://www.danielmarin.es/hdc/AAGC%20-%20Las%20constelaciones.htm

http://www.astrosurf.com/aagc/gt_historia_constelaciones/tauro.htm
Muitos pesquisadores afirmam que a constelação de Touro foi a primeira a ser definida segundo as pinturas rupestres de Altamira o Lascaux onde existe clara referência as plêiades e as híades.

Touro no Egito

Osíris

No mais antigo de todos os zodíacos egípcios – o de Denderah – a constelação do Touro está associada a Osíris, que era o deus especial do Nilo.

De Wikipedia

Osíris era um deus da vegetação do Egito e aparecia com uma cabeça de touro. No Egito, quando o touro sagrado morria, colocavam-lhe um disco de ouro entre os chifres (símbolo do sol, a força da vida) e era pranteado e mumificado.

O voltear dos toureiros de hoje, entre os chifres do touro, lembra a dança em honra ao animal. Zeus apaixonou-se por Europa, que brincava na praia. Transformou-se num belo touro branco e aproximou-se ajoelhando-se aos pés dela. Europa não resistiu e trepou em cima do touro, que a transportou pelo mar até a Ilha de Creta, onde a fecundou. Na constelação de Touro só aparece a sua parte dianteira, porque o resto ficou submerso no mar.

Mais tarde, em Creta, Europa deu à luz ao futuro rei Minos; como rei tinha um belo rebanho de touros dedicados a Poseidon e disse-lhe que se o deus o fizesse rei dos Mares – símbolo da conquista marítima – ele lhe daria seu animal mais belo. Então Creta floresceu, tornando-se uma ilha forte, mas Minos era avarento e cobiçoso, não queria se desfazer daquilo que possuía e menos ainda, das melhores. Por isso resolveu enganar Poseidon oferecendo-lhe um touro de segunda categoria. Poseidon se aborreceu e pediu ajuda a Afrodite para vingar-se.

Minos era casado com Pasifae e sua mulher apaixonou-se por um belo touro branco. Pasifae pediu ajuda a Dédalo, um arquiteto que vivia na corte, patrocinado pelo rei. Dédalo vendeu-se, colaborando contra seu benfeitor em troca de bens materiais, construindo uma espécie de vaca para Pasifae se disfarçar e poder se unir ao touro. Dessa união nasceu o Minotauro, um monstro metade homem, metade touro.

Minotauro representa o ser humano consumido pelos seus desejos e o conflito entre o lado humano e o bestial, existente em todos nós. O monstro precisava ser preso e o rei mandou Dédalo construir-lhe uma prisão: o labirinto.

O labirinto foi, na verdade, um palácio complicado na Ilha de Creta, a fim de que não fosse invadido e, também, um mosaico desenhado no chão onde se dançava em honra dos deuses da fertilidade. Até hoje, ambos existem em Creta. Então, o Minotauro, preso no labirinto, exigia carne humana de atenienses, para comer de 9 em 9 anos. Representa o homem obcecado pelo seu apetite devorador e que nada lhe contém.

Teseu, herdeiro do trono de Atenas, resolve ir dominar o Minotauro. Encontra Ariadne, filha do rei Minos que se apaixona pelo herói, e dá-lhe um novelo de linha, a fim de que pudesse entrar no labirinto sem se perder.

O novelo simboliza um plano e um propósito que os taurinos devem ter para não entrarem cegamente numa empreitada de longo alcance. O labirinto é o emaranhado de desejos e sensações físicas e materiais do ser humano. Teseu mata o Minotauro e volta para sua terra, abandonando AriadneMinos fica furioso e prende Dédalo dentro do labirinto criado por ele, significando isso o artista aprisionado pela sua obra porque fez concessões, criando conforme a exigência do seu patrocinador e sacrificando a independência da sua criatividade.

Ápis

Touro em Creta

Minotauro

Touro na Índia

Vaca Sagrada

Touro na Mesopotâmia

An (Enlil)

A constelação de Touro, em sumério “o touro celeste” ou “o touro de An”, pois An (em sumerio “céu”) era um dos três deuses mais importantes da mitología suméria, quiça o principal antes do 3000 a.C., no entanto sua importância foi declinando en favor do deus Enlil (An, o conector entre o Céu e a Terra, responsável pelo distanciamento entre os mesmos.)

Adad

Os babilônios e assírios associaram esta constelação ao Deus Adad (Ishkur para os sumerios).

Deus da tormenta e/ou do trovão, era representado como mesosteno um raio na mão e um machado na outra, de pé sobre um touro.

Adad estava vinculado com a deusa Shala, era filho de Anu (An dos semitas) e serviu a Enlil durante o diluvio para exterminar à humanidade.

Esta divindade foi muito popular no Oriente Médio e exerceu uma influência importante em  outras culturas. Nos kudurrus, este deus aparece representando a constelação de Touro mediante um touro com um raio duplo no dorso, o bem só este último.

Imagem do periodo seléucida (siglo II a.C.) onde podemos ver, de esquerda a direita, as sete estrelas representando as Pléiades (a inscrição cuneiforme no medio se lee Mul-Mul), a Lua e o Touro Celeste.

Gilgamesh e o Touro Celeste

Touro aparece citada no episodio do Gilgamesh e o Touro Celeste, que depois vai formar parte da Epopeia de Gilgamesh. A Epopeia propiamente dita  data,  na sua versão babilônica, do século XVIII a.C.. No entanto, o episódio do Touro Celeste remonta aos tempos da III Dinastia de Ur, durante o chamado “renascimento sumério” (2100-200 a.C. aprox.).

O fato de que se mencione o Touro Celeste em outros fragmentos literários da época sem conexão com o herói Gilgamesh induz a pensar que quiçá se trate dum episodio muito mais antigo.

Na Epopeia se narra como Gilgamesh e seu amigo Enkidu, matam o legendario gigante Humbaba, guardião dum bosque, onde a deusa Inanna (Ishtar para os semitas) se enamora de Gilgamesh e intenta seduzi-lo. Mas Gilgamesh a rejeita de forma deselegante, pelo que Inanna, ofendida, solicita a seu “pai” An que mande o Touro Celeste para castigar o herói:

               Ishtar, abre a boca,

                Tomou a palavra

                e falou

                A seu “pai” Anu:

                “Cria para mim, oh “pai”, o Touro Celeste,

                Para que eu mate a Gilgamesh,

                E incendeie

                Sua Morada.

Epopeia de Gilgamesh (tradução de J. Bottéro), Versão Ninivita, Tablilla VI, 93 95

Anu atende seu pedido e dá vida à constelação, que se converte num terrível animal, causando estragos na cidade de Uruk. No fim, Enkidu e Gilgamesh o matam, para grande enfado de Ishtar.

Touro na Grécia

Eratóstenes identifica esta constelação a vários touros da mitología grega, o que pode refletir sua origem estranheira:

Se diz que passou a formar parte das constelações por haver levado a Europa desde Fenicia até Creta através do mar, segundo com o que conta Eurípides1 na sua obra Frixo2. Por tal ação foi premiado por Zeus e convertido  numa das mais brilhantes estrelas. Outros autores afirmam que se trata duma vaca, uma réplica de Io. A constelação foi predileta de Zeus em honor de aquela. As chamadas Híades rodeiam com sua figura a testuz de Touro.(Estas Híades são umas ninfas de Dodona3, conhecidas como nodrizas de Dioniso; entregaram o menino a Ino, por medo a Hera, quando Licurgo4 as perseguiu porque estavam na companhia do deus e se dedicavam a cultivar a uva. Alguns autores tem afirmado o nomeproprio: Ambrosía, Eudora, Fésile, e outros parecidos. Outros, em contrapartida, sostem que as Híades são bacantes nodrizas de Dioniso; daí que chamem ao deus Hiante, o seja porque são um sinal que presagia as chuvas, ou porque tinham um irmão de nome Hiante, ou porque se assemelham à forma da letra Y.)

Junto ao corte do lomo do Touro se encontram as Pléiades, formadas por sete estrelas, daí que tambem sejam conhecidas pelo nome de heptásteras. Só seis são visíveis, pois a sétima é de luz muito ténue.

A constelação de Touro tem sete estrelas sobre su cabeça, que se arrastran por sí mismas dirigindo a cabeça para atrás. Leva uma sobre o nacimiento de cada um dos cornos (a do esquerdo é mais brilhante), uma acima de cada olho, outra sobre os ollares, uma em cada ombro. Éstas compõem o grupo das chamadas Híades. Tem também uma sobre o joelho esquerdo na parte dianteira, uma em cada unha, uma sobre o joelho da pata direita, dois no pescoço, três no espinhaço -a mais brilhante destas é a que está no estremo-, uma abaixo do ventre e uma muito brilhante no peito. Somam no total de dezenove.  Catasterismos

Notas:

1)      480-406 a.C., um dos tres grandes trágicos gregos.

2)      Filho  de Atamante, rei de Orcómeno, e Néfele. Sua madrastra Ino convenceu ao rei de que sacrificasse a Zeus a sues dois filhos, Frixo e Hele, que foram  rescatados por u  carneiro alado com o velocino de ouro. (Ver Aries.)

3)      Oráculo grego consagrado a Zeus.

4)      Em Homero aparece como rei dos Edones de Tracia.

Como vemos, Eratóstenes vincula esta constelação ao famoso mito do rapto de Europa (Ευρώπη). Europa era filha do fenício Agenor, rei de Tiro e de Telefasa, ainda segundo outras versões era filha de Fénix. Segundo o mito mais popular, Zeus se enamorou dela ao contempla-la quando brincava na margem com amigas. Zeus adotou a forma dum touro (normalmente se lhe descreve de color branco com os chifres em forma de lua crescente) para que as moças se aproximarem dele. Quando Europa se subiu no seu dorso, Zeus empezou a correr e se a levou a Creta. Outras versões, que Eratóstenes escreve, no mencionan que Zeus se transformase en el animal, siendo el toro un instrumento de la voluntad divina. Posteriormente, Zeus se uniou a Europa na cidade cretense de Gortina, num bosque de sauces (ou  plátanos) que mantiveram por sempre suas folhas.

Os  irmãos de Europa, Cadmo, Fénix, Cílix e Taso, foram enviados por Agenor na sua busca, com ordens de não voltar sem ela. Fénix e Cílix são epónimos de Fenicia e Cilicia. Taso é o nome de uma ilha do Egeo e Cadmo foi o fundador  de Tebas.

Zeus e Europa tiveram três filhos: Radamantis, Sarpedón e o mítico rei Minos. Posteriormente, o deus fez a moça se casar com Asterión, filho de Téctamo e o rei de Creta. Com a morte de Asterión, seu enteado Minos ocuparia o trono.

Este mito coincide com o da sedução de Hera por parte de Zeus, tendo ambos Creta como cenário. Segundo algumas tradições, Zeus se transformou em águia antes de unirse a Europa (para seduzir a Hera se transformó en cuclillo). Para aumentar as coincidencias, se diz que na morte de Europa, ésta recebeu o título de deusa, e  por otro lado,  segundo  Hesiquio, Hera tinha o título de Europia. Estas características en comum fazem suspeitar a muitos estudiosos que em realidade Europa foi um duplo de Hera, sendo ambas versões posteriores duma ancestral deusa minoica e/ou micénica.

La constelación de Tauro en el atlas de Bayer

O outro mito mencionado por Eratóstenes é o de Io ( Ιώ), filha do deus fluvial Ínaco e de Melia (oceánide) e irmã de Foroneo, ainda segundo outras versões era filha de Yaso, Tríopas o Pirén. Era uma sacerdotisa de Hera, da qual se enamorou Zeus pelas bruxarias de Iinge, filha de Eco. Tras unir-se a ela, a transformou numa vaca para que sua ciumenta  esposa não descobrisse a infidelidade. Mas esta não se deixou enganar, e lhe pediu a seu marido que se a presentasse. Depois, Hera o colocou ao cuidado de Argos Panoptes, o dos cem olhos. No entanto, Hermes, seguindo instruções de Zeus, conseguiu dormir ao gigante com uma flauta, trás lo cual le dio muerte. Hera, em vingança, mandou a un tábano para que molestase continuamente à vaca, pelo que esta fugiu, passando por Dodona, o mar Jônico (chamado assim em seu nome) e por o Bósforo (“passo da vaca”), até chegar a Egipto, onde Zeus lhe devolveu a aparência humana, e governou Menfis. Teve además dois filhos: Épafo y Líbia.

Outras versões menos populares identificaram esta constelação com o touro de Pasifae, e tem uma tradição que fala de Astarté taurocéfala (Eusebio, Pr. Evang, I 10, 31). A relação com Egipto que ja se apontava no mito de Io, levou a alguns a identifica-la com o boi sagrado egipcio-helenístico Apis (Luciano, Astrol. 7).

As continuas referencias a Creta no caso de Europa são usadas por aqueles que defendem uma origen cretense para estas constelações. Em este ponto, quiçá sería interessante lembrar a tremenda importancia que tinha o touro na sociedade minoica, objeto central de inumeráveis cultos e ritos que ainda não se compreendem na sua totalidade. De todas formas não está claro se a relação da constelação com o mito é devida a que os gregos tomara  aquela dos cretenses, o se simplemente se trata duma forma de associar uma lenda grecolatina a uma constelação aleia à cultura grega. Como sabemos com seguridade que os mesopotâmicos conheciam esta constelação antes que os gregos (nem Hesíodo nem Homero mencionaram o Touro, só as Híades e as Plêiades), a segunda explicação parece mais provável, a não ser que se trate de uma constelação conhecida desde tempos prehistóricos numa grande parte do mundo, como apontam alguns estudiosos.

Enquanto as Híades (Ύάδες), eram conhecidas pelos gregos antes que a própria constelação de Tauro, pois como já mencionamos, Homero y Hesíodo só fazem referencia a estas e as Plêiades:

e quando se ocultem Plêiades, Hiades e a força de Orión, então, depois de lembrar a  labor própria da estação, submerge grão na terra.

                                   Trabajos y días, (Verano), 615-617

Os gregos incluíam neste grupo à brilhante e chamativa Aldebarão, que posteriormente se vería como um dos olhos do touro, enquanto que as Híades formam uma figura en V, recordando a boca da béstia.

O mito das Híades aparece estreitamente ligado com o das Pléiades, pois eram irmãs. Seu nome parece que significa “fazedoras de chuva” o “chuvosas”, sem duvida devido ao papel que jogavan como marcadores do calendario agrícola, tal e como nos comenta Hesiodo, ja que marcavam o inicio da estação das chuvas.

Segundo a tradição mais popular, foram as ninfas que exerceram de nodrizas do deus Dioniso em Nisa, para logo entrega-lo a Ino, e logo fugiram com sua avó Tetis e foram rejuvenecidas por Medea. Por seu labor, Zeus as transformou em estrelas. Eram filhas de Atlas e Pléyone (segundo outras versões da oceánide Etra), e seus nomes varían enormemente segundo os autores.

Eratóstenes menciona os de Eudoría, Fésile 4 Ambrosía, ainda outros citan também Feo, Polixo, Dione e Corónide. Seu numero era de cinco, ainda que a  veces se chegaram a nomear sete, sem duvida por analogía com as Plêiades. Esta indeterminación a la hora de nombrarlas puede deberse al gran numero de estrellas que, a simple vista,  fornam este cúmulo, pelo que hoje em dia nenhuma delas tem nome oficial assinado, a diferença das Plêiades. Outra versão, também mencionada por Eratóstenes, que as faz irmãs de Hiante, parece ser posterior.

No zodíaco de Hiparcos, o Touro homenageia, junto a Constelação de Órion (um dos 43 Hércules do tempo pré-clássico), um dos doze trabalhos de Hércules.

No zodíaco helênico, o brilhante Touro homenageia um amor feliz de Júpiter. O Deus transformado num Touro Branco raptou Europa, filha do rei Agenor, de Tiro. O Touro encantado apareceu na presença da deusa, enquanto ela caminhava com suas irmãs pela praia e ajoelhou-se aos pés dela, que não resistiu e montou em seu dorso.  Andando sob o mar foram para uma distante ilha, Creta. Lá ele teve com ela três filhos: Minos, Radamanto e Sarpédone.

O rapto de Europa

O signo de Touro está relacionado à Travessia e ao Caminhar sem se deter, conceitos que estão contidos em duas histórias da mitologia greco-romana: o rapto de Europa e o romance de Io com o Júpiter.

O mito

Io e Júpiter 

Quando tudo escureceu apesar do brilho do Sol, Juno, a esposa de Júpiter desconfiou da fidelidade do marido. A deusa logo suspeitou que o senhor do Olimpo provocara a escuridão para esconder algo que ela não deveria ver.

Abrindo as nuvens que lhe impediam a visão sobre a terra, Juno avista o esposo dormindo ao lado de uma novilha branca, numa margem do rio Ínaco. Sabendo que Júpiter utilizava o método de metamorfosear as amantes em animal para não despertar a sua desconfiança, Juno resolveu investigar mais de perto e descobriu que a bezerra era na verdade a jovem Io.

Juno questiona o marido que afirma estar apenas admirando a beleza do animal. Fingindo não desconfiar da traição, Juno pede ao marido a novilha de presente. O deus não tinha como negar um regalo aparentemente tão insignificante e cede ao pedido da esposa, com a intenção de mais tarde recuperar o animal e retornar-lhe a forma humana.

Mas a vingativa Juno já tinha planejado o destino de Io, e assim que se vê de posse da novilha, decide isolá-la do resto do mundo. Confia a jovem transformada em animal aos cuidados de Argos, que com seus cem olhos a vigiaria ininterruptamente. Ele nunca fechava todos os olhos ao mesmo tempo e enquanto descansava, parte deles permanecia aberta espreitando a novilha para onde fosse.

Desesperada sem saber como sair daquela situação, Io procura descobrir uma maneira de se comunicar. Como a fama da bela novilha havia se espalhado pela região, várias pessoas inclusive seu pai, Ínaco, e irmãs passam a visitá-la sem saber que ali está uma jovem transformada em animal. Toda vez que avistava os parentes, aproximava-se e lambia suas mãos numa tentativa de ser reconhecida.

Io tem a ideia de escrever seu nome com a pata e finalmente, quando é visitada pelo pai, Io consegue ser reconhecida. Estupefato, Ínaco percebe que aquele belo animal era na verdade sua filha há tanto tempo desaparecida. Mas o velho não tinha como ajuda-la, já que não poderia devolver sua verdadeira natureza.

Júpiter, observando o sofrimento da moça e dos seus familiares, resolve intervir e manda Mercúrio matar Argos e libertar Io. Para tal façanha, Mercúrio tocou na flauta acalantos e conseguiu fazer Argos adormecer, fechando todos os cem olhos. Mercúrio aproveita o descuido, mata o vigilante cortando sua cabeça e leva Io, ainda sob forma de animal.

Irada com o salvamento da rival, Juno gritou sua ira contra todos e jurou continuar a perseguição a Io. Pegou a cabeça de Argos sobre a relva, retirou da cabeça todos os cem olhos e colocou-os nas penas do pavão, sua ave preferida, em homenagem ao guardião morto. Saiu à procura de Io, que havia se refugiado sob as águas azuis do mar que passou a chamar-se Iônico, até o rio Nilo, quando Júpiter resolve novamente intervir e pede perdão à esposa,. prometendo nunca mais se envolver com a mortal. Convencida pelo marido, a rainha do Olimpo permite que à jovem seja concedida a sua forma original, porém com a condição de nunca mais voltar à Grécia.

A ninfa permaneceu então no Egito, onde passou a ser adorada sob o nome de Ísis. Para registrar a saga e o sofrimento da jovem transformada em novilha, Júpiter catasteriza o animal na constelação de Touro.

Gêmeos

 

Gêmeos na Mesopotâmia

Lugalgirra e Meslamtea

Nas tabuas Mul-Apim aparece como Mas-tab-ba-gal-gal em sumério: Os Grandes Gêmeos.

Esta denominação se inspira no casal de deuses Lugalgirra e Meslamtea, considerados deuses do mundo dos mortos, entre outras funções eram os guardiões da entrada. São conhecidos também como Lugal-irra e Meslamta-ea.

Existem documentos antigos (Epopeia de Gilgamesh) que sugerem outra versão da constelação de Gêmeos, quando na mesopotâmia no outono ascendia a constelação de Gêmeos entre duas montanhas que eram tidas com o fim do mundo conhecido. O Sol, pensavam eles, ascendia todos os dias, trás estas montanhas saindo dos fundos da Terra. Este lugar se encontrava nos limites do mundo conhecido e era defendido por legendários Homens-escorpião.

Esta constelação é mencionada na Epopeia de Gilgamesh, a obra mais antiga da humanidade, provavelmente referindo-se a um tempo em que ela anunciava o outono, e quando o Sol estava nela, a constelação de Sagitário ascendendo entre as montanhas anunciava a Primavera.

No Gilgamesh, o herói tem que atravessar este lugar na sua busca da imortalidade, que o levará a vistiar a Utanapishtin, o Noé sumério:

                O nome desta Montanha

                Era Os Gêmeos.

                Quando chegou

                Aos Montes dos Gêmeos,

                Que protegem cada día

                O itinerário do Sol,

                Cujas cimas

                Tocam a abóboda celeste

                E cujos pés, abaixo,

                Alcançam ao Inferno,

                Sua entrada a defendiam

                Uns Homens-Escorpião.

                Inspiravam eles um imponente terror.

                Sua só visão era a Morte

                Seu espantoso brilho sobrenatural

                Cobria estas Montanhas;

                O itinerário do Sol.

            Epopeia de Gilgamesh (tradução de J. Bottéro), Versão Ninivita, Tabua IX, II, 1-9

Mashtabalgalgal, Constelação de Gêmeos na Mesopotâmia (só duas estrelas)

Tem autor que defende que os dois grandes gêmeos homenageiam a Gilgamesh e seu amigo Enkidu.

Gêmeos na Grécia

Castor e Pólux

Nos Fenômenos de Arato existia, mas não tinha nenhum mito associado. Ptolomeu viu nesta constelação Apolo (junto ao Touro). Foi Eratóstenes o primeiro em colocar a relação com Castor e Polux.

Eratóstenes a associa aos gêmeos Castor e Polux:

  Falam que são os Dioscuros, que naceram e se criaram na região de     Laconia, superando a todo o mundo no seu amor fraternal, pois jamais disputaram entre si nem pelo mando nem por nenhum outro motivo. Zeus quiz recompensar este estupendo testimonio de fraternidade, os transformando na constelação de Gêmeos. O que se  encontra a continuação de Caranguejo tem uma estrela brilhante sobre a cabeça e outra também muito luminosa sobre cada ombro; outra sobre o cotovelo direito e uma más en la mano derechaoutra na mão direita, uma en cada joelho e outras duas em cada pé. Somam em total de nove. Seu irmão, que está junto, tem uma estrela brilhante sobre a cabeça, outra também de intenso brilho sobre o ombro esquerdo, outra en cada mamilo dos seios , uma sobre o cotovelo esquerdo, outra no estremo da mão, uma sobre o joelho esquero, uma em cada pé e outra debaixo do pé esquerdo. Somam em total dez (Catasterismos)

As principais estrelas de Gêmeos, chamadas posteriormente de Castor e Pólux, eram consideradas também divindades protetoras dos marinheiros e viajantes. A Constelação era representada por duas Estrelas sobre um navio.”

Foram os gregos que criaram a figura tal como é conhecida hoje.

Filhos de Leda e Júpiter

Diz a lenda que Júpiter metamorfoseou Leda em Cisne, e ela pôs dois ovos; um deles gerou Pollux e Helena; e o outro Castor e Clitemnestra.

Quando certa vez os Argonautas (entre os quais se encontram Pollux e Castor) estavam em perigo numa tempestade, dois meteoros apareceram sobre as cabeças dos Gêmeos, acalmando-se o temporal.

Na antiguidade se identificava o fogo de San Telmo, que aparece nos mástiles dos grandes barcos, con os Gêmeos.

Na Grécia foram reverenciados especialmente em Esparta,  mas alcançaram sua maior fama em Roma, onde foram considerados os protetores da Cidade Eterna e símbolos do amor fraternal, sem dúvida  fazendo referência aos irmãos fundadores de Roma.

Outra lenda

fala que Pollux era um exímio cavaleiro e Castor grande lutador. Foram os dois que libertaram sua tia Helena, durante a guerra de Tróia. Eram ainda Castor e Pollux, os heróis de caça na Caledônia.

Outra versão, a mais bonita e alto astral, diz que a constelação de Gêmeos homenageia o amor entre os gêmeos Castor e Pólux.

Diz a lenda que Castor e Pólux eram filhos de Leda, sendo Pólux gerado por Júpiter e Castor gerado por Tíndaro, rei de Esparta, marido de Leda.

Mais ainda suas diferenças eram grandes e inseparáveis companheiros.

Os dois irmão se criaram em Esparta, destacando Cástor no manejo das armas e a doma de cabalos, enquanto  que Pólux se destacaba como lutador (boxeador). Como herois dóricos por excelencia participam en numerosas aventuras: rescatam a sua hermana Helena raptada por Teseo e unida a Jasón na expedición dos Argonautas. Luta homicida contra dois primos por mulheres, as Leucípides, filhas de seu tío Leucipo (irmão de Tindáreo). Mas foi numa disputa por gado onde Castor morreu.

Pólux foi levado por Zeus para o Olimpo, mas se negou a permanecer nele enquanto seu irmão Castor não estivesse também. Zeus comovido com o amor de ambos, decidiu que se encontrasem a cada dois dias no Olimpo. Assim Castor passa um dia no Olimpo e dois no inferno. Outro final desta mesma lenda é que Zeus comovido com as saudades que um tinha do outro, os colocou a ambos entre os astros formando a constelação de Gêmeos, correspondendo ao desejo dos irmãos de estarem sempre juntos.

Gêmeos na Arábia

Posteriormente foi encontrada nos catálogos e desenhos árabes como a constelação Al taw’aman, “Os Gêmeos” ou Al Burj al Jauza, “a Constelação dos Gêmeos”. Aparece en alguns mapas árabes medievais como dois pavos reais.

Gêmeos no Egito

“Algumas inscrições egípcias representam a constelação de Gêmeos por dois brotos de plantas, mostrando sua ligação às inundações do Nilo e a época fértil, sendo por isso associada a germinação e fecundidade. Inscrições existentes no túmulo de Ramsés VI, do século XII a.C., mostram dois brotos de plantas no lugar dos Gêmeos. A semelhança desta representação encontramos, no Atlas Celeste de Bayer, Pollux armado de uma foice.

fonte: http://www.danielmarin.es/hdc/zodiaco.htm

http://www.danielmarin.es/hdc/gemini.htm

Caranguejo


Clique aqui para acessar o texto de Caranguejo na mitologia

Leão

Leão no Egito e na Etiópia

A representação do Leão foi criada pelos povos dos desertos norte-africanos e das florestas densas do alto Egito e da Etiópia: os aqueus, caftorinos, carias e pélagos e incorporada na Mitologia pré-clássica helênica. Constava dos zodíacos da Etiópia e do Egito, como se comprova no Zodíaco de Denderah.

O Sol se encontrava neste signo no solstício do verão, na época em que foi nomeada. Para os egípcios a entrada do Sol no signo do Leão correspondia às inundações do Nilo e servia, portanto, como referência à atividade agrícola.

Leão na Mesopotâmia

Uma das primeiras constelações definidas pelos babilônios. Eles associavam o Leão ao Sol.

Leão na Grécia

Virgem

Virgem na Mesopotâmia

Ishtar

Os babilônicos homenageavam a constelação de Virgem com a deusa Ishtar, filha do céu e rainha das estrelas.

Era a deusa do amor e da fertilidade para os Acádios, associa-se a Vênus.

Virgem na Grécia

A constelação de Virgem é uma das primeiras a serem nomeadas, sempre sob a forma de uma donzela.

Os gregos homenagearam a Deméter (Ceres em Roma) e a Astreia.

Deméter
de wikipédia:

Deméter ou Demetra (em em grego: Δημήτηρ, “deusa mãe” ou talvez “mãe da distribuição”) é uma deusa grega, filha de Cronos e Réia, deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações.

Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera.

Com Zeus, seu irmão, ela teve uma filha, Perséfone (“a de braços brancos”).

Ela é uma das deusas que tiveram filhos com mortais, e teve com o herói cretense Iásio o deus Pluto[3]. Um fragmento do Catálogo de Mulheres, de Hesíodo, sugere que Deméter teve um outro amante mortal, Eetion, que foi fulminado por um raio de Zeus. Alguns críticos consideram que Iásio e Eetion são a mesma pessoa.

Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar.
Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse:

– Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!

Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa (em outras versões, a ninfa Ciana, metarmofoseada em um rio) então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos.

Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar.

Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Core, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido.

Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição.

Deméter pode ser representada:

  • sentada, com tochas ou uma serpente. Seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou.
  • tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoulas, trazendo na cabeça, uma coroa com esses mesmos elementos.
  1. ↑ a b HesíodoTeogoniaFilhos de Cronos, 453
  2.  HesíodoTeogoniaOs Deuses Olímpicos, 913
  3.  HesíodoTeogoniaSobre Deusas e Homens, 969
  4.  HesíodoCatálogo de Mulheres, Fragmento 102, Dardano, Eetion, Ganimedes, Jacinto
  5.  Iasionsite www.mythindex.com

Astreia

Uma remota lenda faz da Virgem zodiacal a deusa da Justiça, Astreia, o que se adequa muito bem à sua posição ao lado da Balança.

Hesíodo (séc VIII A.C.) proclama que ela é a filha predileta de Zeus “a Justiça está sentada ao lado de Zeus”. Segundo esse mito, na idade do ouro ela vivia entre os homens a quem dera as leis para governo das sociedades civilizadas.

Mas, ofendida e triste com a degenerescência da humanidade, a deusa justa voou aos céus (a Virgem representa-se muitas vezes com asas), “a última das divindades a deixar a Terra” no dizer de Ovídio. No seu poema astronômico Phaenomena, Arato (séc. III A. C.), retoma este mito, mas para ele, Astreia é filha de Astreio, o mítico pai das estrelas, e de Aurora, a dos róseos dedos (a palavra Astreia significa a donzela das estrelas).

Erígona

No mito do Boieiro representa a desditosa filha de Icário, Erígona.

Virgem em Roma

Ceres

Ceres (Deméter na Grécia), deusa da agricultura, da fertilidade dos campos, das cearas, com um feixe de espigas de trigo na mão. Ceres tinha uma filha, a encantadora Cora (Perséfone ou Prosérpina). Quando esta, num dia primaveril, despreocupadamente colhia flores, vê abrir-se de repente uma fenda na terra e surgirem cavalos negros como carvão, atrelados a um carro conduzido por um cavaleiro de negro de face invisível. Era o deus das trevas, Hades (Plutão), que se apaixonara por ela e a raptara. O desgosto de Ceres foi terrível. Desesperada, percorreu a terra à procura da filha, esquecendo os seus deveres. As plantas não produziam flores nem frutos, toda a natureza secou. Zeus foi obrigado a intervir para salvar a humanidade. Mas Perséfone já não podia regressar inteiramente do reino dos mortos: comera alguns bagos de romã. Assim, o deus supremo ordenou que Perséfone ficasse no submundo 3 meses por ano, e o restante tempo com a mãe. O mito é claramente uma alegoria. O período passado com Hades, corresponde ao tempo em que as sementes estão debaixo da terra; quando à superfície, com Ceres, é o tempo da verde Primavera em que tudo floresce e mais tarde dá os seus frutos. A Virgem de Agosto tornou-se uma deusa que desceu à terra, presidindo à ceifa e sendo adorada sob vários nomes. Ainda até há bem pouco, subsistiam por toda a Europa, vestígios do antigo culto dessa deusa protectora das searas; no fim da ceifa, com os últimos feixes formava-se uma tosca boneca que vestiam e levavam para casa, ao som de música e danças. Esta lenda seguramente terá nascido quando o solstício de Verão, época da colheita dos cereais, caía nesta constelação, o que faz recuar isso para 6 a 5000 anos A.C., lá para os primórdios da agricultura.

Fortuna

É também a romana Fortuna (“a fortuna é cega”) numa alusão às estrelas fracas que formam a cabeça da figura.

Ruth, a moabita

É ainda Ruth, a moabita, restolhando nos campos de Boaz.

Virgem Maria

Na época cristã muitas vezes foi associada à Virgem Maria.

Aser

Na Judeia, sempre associada à abundância de cereais, a Virgem é o signo da tribo de Aser, a quem Jacob profetizara “o seu pão será abundante”.

Libra

É a primeira constelação que não tem mito associado. Ainda que alguns autores afirmam homenagear a Têmis, mãe de Astréia e deusa da Justiça.

Libra na Grécia

Têmis

fonte: wikipedia

Libra é representado pelo mito de Têmis, filha de Zeus e Astreia. Mãe e filha instruíam os humanos sobre a justiça.

Esta constelação, no hemisfério sul, aparece com o equinócio de primavera, quando o dia e a noite têm a mesma duração, representando o equilíbrio entre ambos.

Atena, Apolo e Afrodite

Na mitologia Grega, Libra está relacionado com três deuses:

AtenaApolo e Afrodite, sendo que possui diversas características destes três deuses.

Atena
É a deusa da inteligência, que ensinou aos homens diversas artes: caçar, colher, fazerem tarefas domésticas, e forneceu-lhes alguns instrumentos, como armas. Porém, os humanos descobriram a maldade, e Athena arrependeu-se de os ter ajudado, pois queria um mundo perfeito. Assim, abandonou os homens e partiu para a guerra, a favor da justiça.

Apolo

É o deus da arte, da leitura, de tudo que é belo e harmonioso. É o sol, a luz, mas como toda luz, também produzia sombras, e tinha um lado sombrio. É o deus da medicina, mas que nunca teve sorte no amor, apesar da beleza. Teve quatro romances, mas acabou sozinho. Apolo possui a maioria das suas características (justiça, beleza, harmonia) relacionadas com o signo de libra, incluindo as relações sociais e o talento artístico.

Afrodite

É a deusa grega do amor, que possui alguns traços de libra, mas também é relacionada a touro. Corresponde ao planeta Vênus, que rege Libra e Touro. É uma deusa sedutora, bela e um tanto ambiciosa, características de Libra.

Escorpião

Existem varias lendas sobre o mito de Orion e o Escorpião, o que eles tem em comum é que o gigante Orion, filho de Gaia com Tártaro (outros dizem Netuno), grande caçador foi invasivo com a deusa Ártemis (Diana) ou uma de suas ninfas ou sacerdotisas. E por este motivo a deusa enfurecida mandou o Escorpião Gigante para o matar. Outros dizem que foi Apolo que mandou o Escorpião para castigar o atrevimento de Orion com sua irmão, eterna virgem.

Ainda Orion sendo um ótimo caçador não conseguiu se defender do Escorpião que conseguiu o ferrar no tornozelo e o envenenar e matar.

Ártemis como agradecimento pediu a seu pai Zeus para eternizar o Escorpião o tornando constelação zodiacal.

Desta maneira o Escorpião no céu lembra o que custa querer violentar a deusa que habita em toda mulher.

Sagitário

Sagitário na Mesopotâmia

Inscrições encontradas na Babilônia e nos monumentos persas mostram esse asterismo personificado como o deus arqueiro da guerra de Nergal.

Sagitário no Egito

No Egito era representado como um centauro alado, galopando para o ocidente e trazendo um longo chapéu, com um arco esticado, a fim de arremessar uma flecha no corpo do Escorpião.

No túmulo de Ramsés VI é representado, unicamente, com uma flecha.

Sagitário na Grécia

Quíron

Nesta Constelação, desde os dias pré-clássicos, os helênicos viam a figuração de Quíron, o Centauro filho de Chronos e Filira, a filha do deus Oceano.

Quíron diferenciava-se dos outros centauros das florestas mitológicas gregas pela sabedoria de que era dotado, ultrapassando em conhecimentos todos os mortais. Seu pai transmitiu-lhe conhecimentos de medicina, astronomia e música.

Os Centauros eram seres semideuses, metade homem, metade cavalo, que habitavam desde as florestas da Macedônia até a Acáia.

Quiron era imortal e um dia foi ferido por uma flechada desferida por Hércules. Sentindo dores horríveis e não podendo ter o alívio da morte, pediu a Júpiter que o libertasse daquela tortura. Júpiter, então, imortalizou-o, colocando-o no céu.

A figura simbólica da Constelação de Sagitário, representada por um centauro que aponta para o céu com sua flecha, indica a ânsia sentida pelo homem para alcançar a sabedoria.

Sagitário era um deus arqueiro com cabeça e busto humanos e corpo de cavalo.

Capricórnio

Capricórnio na Mesopotâmia

A denominação Capricórnio, data pelos caldeus e babilônios, é associada às cabras que desciam das montanhas com a chegada do inverno.

Capricórnio na Grécia

Capricórnio homenageia ao deus Pã (ou Pan), ser meio homem, meio animal, com torso humano, coberto de pêlos e com cabeça e pés de bode. Habitava os bosques e divertia-se assustando os que passavam com suas bruscas aparições (daí a origem do termo pânico). Júpiter o transformou em constelação por ter ajudado a combater o terrível monstro Tifão. Numa outra versão, o Capricórnio é a cabra Amaltéa, que amamentou Júpiter.

Aquário

Clique neste link para acessar o texto sobre a mitologia da constelação de Aquário

Peixes

Peixes na Mesopotâmia

Os babilônios, os assírios e os persas representavam este grupo de estrelas por dois peixes.

Peixes no Egito

Para os egípcios esse signo registrava a aproximação da primavera e da estação de pesca.

No zodíaco de Denderah está representado por dois grandes peixes ligados por uma faixa, em meio de um retângulo que simboliza a água. No túmulo de Ramsés VI é representado por um único  peixe.

Peixes na Grécia

Na Grécia antiga a Constelação levava o nome da Deusa Vênus e de seu filho Eros.

Esta constelação, representa dois peixes cruzados pelas caudas (um peixe é representado pelas Estrelas de Alpha a Sigma, o outro peixe, pelas estrelas de Allpha a Beta). 

Homenageia aos seres marinhos que salvaram sobre seus dorsos a deusa Vênus e seu filho Eros (Cupido) quando fugiam de Tífon, o Monstro.

Outra versão fala que o desenho dos Peixes na constelação homenageia dois delfins que conduziram  Anfitrite, a filha de Oceano, até junto de seu esposo Netuno.

Outra versão fala que os deuses mergulharam no rio e se transformaram em peixes. Para imortalizar o acontecimento a deusa Minerva transformou os dois peixes em constelação.

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