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Os signos e Ptolomeu | Curso Astrothon
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Os signos e Ptolomeu

Ptolomeu

Os signos segundo Ptolomeu

Na Link Biblioteca pode-se encontrar o livro de Ptolomeu, “O Tetrabiblos”, completo. Mas ressalto aqui o capítulo sobre os signos por sua importância histórica.

Foi neste livro onde por primeira vez se oficializou a criação do zodíaco tropical, e a escolha de Áries como primeiro signo do Zodíaco.

Neste texto pode-se ver também que o conteúdo dos signos foi inspirado na sua associação com as Estações da Natureza.

nota: vou colocar minhas anotações em azul para diferenciar do texto de Ptolomeu

  1. Sobre os Efeitos das Estações e dos Quatro Ângulos.

Observe que Ptolomeu trabalha com as categorias: úmido, quente, seco e frio, e não com os elementos.

Das quatro estações do ano, primavera, verão, outono e inverno, a primavera excede em umidade por causa da sua difusão após o frio ter ido e porque o aquecimento está se estabelecendo; o verão, em calor, por causa da proximidade do sol com o zênite; o outono, em secura, por causa da absorção da umidade durante a estação quente que a precedeu; e o inverno excede no frio, porque o sol está no ponto mais distante do zênite.

Escolha de Áries como começo do zodíaco – primavera – umidade.

Por esta razão, embora não haja um início natural do zodíaco, sendo ele um círculo, assume-se que o signo que começa com o equinócio vernal, ou seja, o de Áries, seja o ponto inicial de todos, tornando a umidade excessiva da primavera a primeira parte do zodíaco, como se ele fosse uma criatura vivente, e tomando por ordem em seguida as estações remanescentes, porque em todas as criaturas, as idades mais jovens, como a primavera, tem uma maior quantidade de umidade e são mais tenras e ainda delicadas. A segunda idade, até o ápice da vida, excede em calor, como o verão; a terceira, quando o ápice já passou e se está no início do declínio, há um excesso de secura, como no outono; e a última, que se aproxima da dissolução, excede no frio, como o inverno.
De forma similar, das quatro regiões e ângulos do horizonte, dos quais, a partir dos pontos cardeais, os ventos se originam, o leste do mesmo modo excede em secura porque, quando o sol está nesta região, qualquer coisa que tenha sido umedecida pela noite começa então a secar, e os ventos que sopram desta região, os quais chamamos de Apeliotes, em geral, são sem umidade e de efeito secante. A região ao sul (lembrar que Ptolomeu se encontrava no hemisfério norte, assim o equador ficava para ele no Sul) é a mais quente por causa do calor abrasivo das passagens do sol pelo meio do céu e porque essas passagens, por causa da inclinação do nosso mundo habitado, se voltam mais para o sul, e os ventos que sopram de lá são chamados pelo nome geral de Notus e são quentes e rarefeitos. A região ao oeste é ela mesma úmida, porque quando o sol está lá as coisas que secaram durante o dia começam então a se umedecer; da mesma forma, os ventos que ventam desta parte, que chamamos pelo nome geral de Zephyrus, são frescos e úmidos. A região ao norte é a mais fria, porque através da inclinação do nosso mundo habitado ela é muito afastada das causas de aquecimento que surgem pela culminação do sol, e quando o sol está lá, também está em sua culminação mínima; e os ventos que ventam de lá, que são chamados pelo nome geral de Boreas, são frios e de efeito condensador.

O conhecimento destes fatos é útil para permitir que se forme um julgamento completo das temperaturas em exemplos individuais. Pois é facilmente reconhecido que, junto com condições como essas, de estações, de idades, ou de ângulos, há uma variação correspondente na potência das faculdades das estrelas, sendo que em condições similares a elas sua qualidade é mais pura e sua eficiência mais forte, como por exemplo aquelas que por sua natureza aquecem, por exemplo, no calor, e aquelas que por sua natureza umedecem, na umidade, enquanto que sob condições opostas seu poder fica adulterado e mais fraco. Assim, as estrelas que aquecem, nos períodos frios, e as estrelas que umedecem, nos períodos secos, ficam mais fracas, e de forma similar nos outros casos, de acordo com a qualidade produzida pela mistura.

  1. Sobre os signos Solsticiais, Equinociais (Cardinais), Sólidos (Fixos)e Bicorpóreos (Mutáveis).

Após a explicação destas matérias o próximo assunto a ser exposto seriam as características naturais dos próprios signos zodiacais, da forma que foram estabelecidas pela tradição. Pois, embora seus temperamentos mais gerais sejam, cada um, análogos às estações que ocorrem neles, algumas qualidades peculiares suas surgem de sua relação com o Sol, a Lua e os planetas, como iremos relatar no que se segue, primeiro expondo os poderes isolados dos próprios signos sozinhos, considerados tanto absolutamente como em relação uns com os outros.

As primeiras distinções, então, são entre os assim chamados signos solsticiais, equinociais, sólidos e bicorpóreos.

Pois existem dois signos solsticiais (na atualidade Cardinais), o primeiro intervalo de 30° a partir do solstício de verão, o signo de Caranguejo, e o primeiro a partir do solstício de inverno, Capricórnio; e eles receberam seus nomes do que ocorre neles, porque o Sol retorna quando ele está no começo de um desses signos e reverte seu progresso latitudinal, causando o verão em Caranguejo e o inverno em Capricórnio.

Dois signos são chamados de equinociais (na atualidade: cardinais), o que é o primeiro a partir do equinócio da primavera, Áries, e o que começa com o equinócio do outono, Libra; e eles também recebem este nome devido ao que acontece neles, porque quando o sol está no começo destes signos ele faz as noites terem exatamente a mesma duração dos dias.

Dos signos restantes, quatro são chamados sólidos e quatro são chamados bicorpóreos.

Os signos sólidos, Touro, Leão, Escorpião e Aquário (na atualidade: fixos), são aqueles que seguem os signos solsticiais e equinociais; e eles são chamados assim porque, quando o Sol está neles, a umidade, o calor, a secura e o frio das estações que começam nos signos precedentes nos toca de forma mais firme, não que o clima seja naturalmente de qualquer modo menos ameno nesta época, mas nós é que estamos mais acostumados com ele e por esta razão somos mais sensíveis ao seu poder.

Os signos bicorpóreos (na atualidade: mutáveis), Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes, são aqueles que seguem os signos sólidos, e são chamados assim porque eles estão entre os signos sólidos e os solsticiais e equinociais e compartilham, por assim dizer, no começo e no final, as propriedades naturais dos dois estados do clima.  

  1. Sobre os Signos Masculinos e Femininos.

Novamente, da mesma forma, os antigos apontaram seis dos signos como de natureza masculina e diurna e um número igual como da natureza feminina e noturna. Uma ordem alternante foi imposta a eles porque o dia sempre domina a noite e está sempre próximo dela, e do mesmo modo são a fêmea e o macho. Assim, como Áries é considerado o ponto inicial pelas razões que mencionamos, e como o macho da mesma forma comanda e possui o primeiro lugar, uma vez que, também, o ativo é sempre superior ao passivo em poder, os signos de Áries e Libra foram considerados como masculinos e diurnos, sendo que uma razão adicional é o fato de que o círculo equinocial, que é inscrito através deles, completa o movimento mais poderoso e primário de todo o universo. Os signos em sucessão após eles correspondem, como dissemos, em ordem alternada.

Alguns, no entanto, empregam uma ordem de signos masculinos e femininos pala qual o masculino se inicia com o signo que está ascendendo, chamado de horóscopo. Pois, da mesma forma que alguns começam os signos solsticiais com o signo da Lua porque a Lua muda de direção de forma mais rápida do que o resto, da mesma forma eles começam os signos masculinos com o horóscopo porque ele está mais para o leste, alguns, como antes, utilizando a ordem alternada dos signos, e outros os dividindo por quadrantes inteiros, e designando como matutinos e masculinos os signos do quadrante do horóscopo (leste-ascendente) ao meio do céu e os do quadrante oposto, do ocidente ao fundo do céu, e como vespertinos e femininos os outros dois quadrantes. Também anexaram outras descrições aos signos, derivadas de seus formatos: eu me refiro, por exemplo, a “de quatro patas”, “terrestres”, “comandantes”, fecundos”, e designações similares. Consideramos que a enumeração destas denominações, já que sua razão e sua significação são diretamente deriváveis, são supérfluas, uma vez que a qualidade resultante destas conformações pode ser explicada em conexão com as previsões, onde isto for claramente útil.

  1. Sobre os Aspectos dos Signos.

Das partes do zodíaco, as que são mais familiares umas com as outras são as que estão em aspecto. Estes são os que estão em oposição, que compreende dois ângulos retos, seis signos, e 180 graus; os que estão em trígono, que compreende um ângulo reto e um terço, quatro signos, e 120 graus; os que se diz que estão em quartil, compreendendo um ângulo reto, três signos, e 90 graus, e finalmente os que ocupam a posição de sextil, que compreende dois terços de um ângulo reto, dois signos e 60 graus.

Iremos aprender, do que se segue, porque apenas estes intervalos foram levados em consideração.

A explicação da oposição é imediatamente óbvia, porque ela faz com que os signos estejam em uma linha reta. Mas se tomarmos as duas frações e os dois superparticulares mais importantes em música, e se as frações um meio e um terço forem aplicadas à oposição, compostas de dois ângulos retos, o meio faz o quartil e o terço, o sextil e o trígono. Dos superparticulares, se o sesquialter e o serquitertian forem aplicados ao intervalo de quartil de um ângulo reto, que se posiciona entre eles, o sesquialter produz a proporção do quartil para o sextil e o sesquitertian a proporção do trígono para o quartil.

Destes aspectos, o trígono e o sextil são chamados de harmônicos porque eles são compostos de signos do mesmo tipo, tanto completamente de signos femininos ou completamente de signos masculinos; enquanto o quartil e a oposição são inarmônicos porque são compostos de signos de tipos opostos.

  1. Sobre Os Signos Comandantes e Obedientes.Da mesma forma, os nomes “comandantes” e “obedientes” se aplicam às divisões do zodíaco que se dispõem em distâncias iguais do mesmo signo equinocial, qualquer que seja, porque eles ascendem em um período igual de tempo e estão em paralelos iguais. Destes, os que estão no hemisfério de verão são chamados de “comandantes”, enquanto os que estão no hemisfério de inverno, “obedientes”, porque o sol faz o dia mais longo que a noite quando ele está no hemisfério de verão, e mais curto no inverno.
  1. Sobre os Signos que se Observam e sobre os Signos de Mesmo Poder.

Mais uma vez, dizem que as partes que estão igualmente afastadas do mesmo signo tropical, qualquer que seja, têm o mesmo poder, porque quando o Sol entra em qualquer um deles, os dias são iguais aos dias e as noites às noites, e as durações das suas próprias horas são iguais. Eles também são considerados como “observando” uns aos outros tanto pelas razões apresentadas quanto pelo fato de que o par ascende pela mesma parte do horizonte e se põe na mesma parte.

  1. Sobre os Signos Disjuntos.

Signos “disjuntos” e “estranhos” são os nomes aplicados para aquelas divisões do zodíaco que não têm quaisquer das familiaridades mencionadas acima uns com os outros. Esses são os signos que não pertencem nem à classe dos signos Comandantes ou Obedientes, nem à classe dos que se observam ou que têm o mesmo poder, e além disso eles estão completamente desprovidos dos quatro aspectos mencionados acima, oposição, trígono, quartil e sextil, e estão um ou cinco signos distantes um do outro, pois aqueles que estão um signo distantes uns dos outros são como se tivessem aversão uns aos outros, e, embora sejam dois, estão ligados ao ângulo de um, e aqueles que estão cinco signos distantes uns dos outros dividem o círculo inteiro em partes diferentes, enquanto que os outros aspectos perfazem uma divisão equitativa do perímetro.

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