Varuna, deus criador, da mitologia védica.
Planeta anão é a nova categoria de objeto do Sistema solar que reúne os planetas tipo Plutão.
No início do século 21, os astrônomos da pesquisa Palomar-QUEST chamados Mike Brown, Chad Trujillo e David Rabinowitz, descobriram vários novos planetas – um dos quais é maior que Plutão – em um lugar chamado Cinturão de Kuiper. Este é um cinturão de objetos em forma de rosca que orbita principalmente fora de Netuno. Eles se parecem com um enxame de abelhas do espaço porque os Objetos do Cinturão de Kuiper (KBO) não orbitam no mesmo plano que os planetas clássicos. Eles se movem em órbitas elípticas alongadas em ângulos com a eclíptica, porque a gravidade do poderoso Netuno empurra as coisas.
Para nomear as novas descobertas, a União Astronômica Internacional usou novas categorias oficiais e agora temos uma nova classe de planeta chamada Planeta Anão.
Essas descobertas simbolizam a mudança na consciência coletiva à medida que avançamos para o século 21.
Os planetas no cinturão de Kuiper central, são amplamente atribuídos a nomes associados à criação, mas os astrônomos romperam com a tradição de nomear novos planetas com o nome de divindades de panteões mediterrâneos antigos e escolheram nomes da mitologia mundial. Haumea, por exemplo, recebeu o nome de deusa criativa do Havaí. Isso simboliza uma nova visão de mundo, particularmente em relação às crenças espirituais e religiosas.
Segundo os astrônomos os “Planetas anões” sãos os objetos estelares que:
- estão em órbita em torno do Sol (como os planetas);
- têm forma determinada pela auto gravidade, ou seja, são esféricos (como os planetas);
- não tem tamanho significativamente maior do que os outros objetos em sua vizinhança (ao contrário dos planetas).
Até o momento, os planetas anões nomeados do sistema solar são Ceres, Plutão, Éris, Sedna, Haumea, Ixion, Orcus, Varuna, Quaoar e Makemake.
QUAOAR – 2002 LM60
Entrou em Sagitário em outubro de 1994 e saiu em 27 de janeiro de 2017. Ficou em Sagitário 23 anos. Atualmente em Capricórnio.
O objeto foi descoberto pelos astrônomos americanos Chad Trujillo e Michael Brown no Observatório Palomar em 4 de junho de 2002.
Encontra-se entre Plutão e Sedna.
Período 288 anos.
Distancia 6,5 bilhões de quilômetros. Diâmetro: 1250 km (quase o mesmo que o diâmetro da lua de Plutão Caronte 1270m).
A sua trajetória ao redor do Sol é quase um circulo perfeito.
Quaoar significa “força de criação” na língua da tribo Tongva, os primeiros habitantes da bacia de Los Angeles.
O “California Institute of Technology”, onde trabalham os pesquisadores que descobriram este novo planeta, Michael Brown e Chadwick Trujillo, tem sua sede na cidade de Los Angeles. Na região onde atualmente fica esta cidade, existia uma tribo de índios norte-americanos chamados Tongva. Para eles Quaoar era o deus da criação. Quaoar teria descido dos céus e, depois de transformar o caos em ordem, colocou o mundo nas costas de 7 gigantes. Em seguida, Quaoar criou os animais inferiores e, depois, criou a humanidade.
O símbolo Quaoar é , usado principalmente entre astrólogos,[39] está incluído no Unicode como U+1F77E. [40] O símbolo foi desenhado por Denis Moskowitz, um engenheiro de software em Massachusetts; combina a letra Q (para ‘Quaoar’) com uma canoa, e é estilizado para lembrar a arte rupestre angular de Tongva.[41]
a orbita em branco é de Netuno, em vermelho de Plutão e em azul de Quaoar.
Quaoar é geralmente classificado como um objeto transnetuniano ou planeta anão, ou um plutoide.
A órbita de Quaoar é moderadamente inclinada para o plano eclíptico em 8 graus, relativamente alta quando comparada com as inclinações dos objetos do cinturão de Kuiper dentro da população dinamicamente fria. [32][43] Como a inclinação orbital de Quaoar é maior que 4 graus, ele faz parte da população dinamicamente quente de objetos clássicos do cinturão de Kuiper de alta inclinação. [43] Acredita-se que as altas inclinações de objetos clássicos quentes do cinturão de Kuiper, como Quaoar, resultaram do espalhamento gravitacional por Netuno durante sua migração para fora no início do Sistema Solar. [44]
Quaoar na Astrologia
Quaoar pela sua associação a um Deus da criação e pela perfeição circular de sua órbita é associado a um potencializador da espiritualidade, pela via do mental superior, da geometria sagrada. A sua posição no mapa indica o setor onde poderá se facilitar seu acordar espiritual.
Makemake
Makemake é o nome do deus rapanui.
É o terceiro maior Planeta Anão do Sistema Solar e o segundo maior objeto do cinturão de Kuiper. A sua órbita chega a 45,791 UA, e sua massa é de ~3×1021 kg.
Makemake foi descoberto em 31 de Março de 2005 por uma equipe liderada por Michael Brown, e anunciado em 29 de Julho de 2005. Em 11 de Junho de 2008, a UAI incluiu-o em sua lista de candidatos potenciais à classificação de plutoide. Makemake foi formalmente classificado como Planeta Anão em Julho de 2008.
Em abril de 2016, através de observações feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, o cientista planetário Alex Parker, Mark Buie e sua equipe confirmaram a existência de uma lua de Makemake, apelidada de MK 2.
Varuna –2000 WR106fonte: site constelar autor B. R. Rodrich
Suas efemérides podem ser encontradas em http://www.astro.com/swisseph/varuna.htm
Quando Varuna foi descoberto
Em 2000 R. S. McMillan e J. Larsen descobriram um corpo que orbitava além de Plutão, seu período orbital era de 282 anos.
astrólogos que estudam Varuna: Juan A. Revilla da Costa Rica, e Denis Kutalyov
“Porém a existência de 2000 WR106 já havia sido sugerida bem antes da descoberta de McMillan e Larsen. Em 1904 Thomas Jefferson Jackson See estipulou a existência de três planetas além de Plutão. See foi quem postulou em 1909 a teoria de que a Lua era um planeta com órbita própria que fora capturado pela força gravitacional da Terra. Entre os três planetas hipotéticos de See, estava um que ele batizara como OCEANUS, cujo período orbital é praticamente igual ao de Varuna, 272 anos.
A diferença de 10 anos entre a órbita prevista por See e a órbita real de 2000 WR106 não impede que os dois corpos sejam considerados o mesmo. Um exemplo claro de que este pequeno valor diferencial não é tão relevante foi a descoberta de Netuno. Quando Adam e Le Verrier descobriram Netuno, os cálculos que ambos estabeleceram para a órbita do planeta divergiam da realidade, e mesmo assim o planeta foi visto e nomeado como devia.
Varuna e os mitos gregos, um mar de coincidências
Como dito antes, Varuna (à direita) era o deus criador da mitologia védica que encarna o céu e o oceano, e todos os poderes criadores e reguladores da vida.
Varuna possuía o conhecimento infinito. Criou o sol, esvaziou os leitos dos rios e se encarregou que o oceano nunca estivesse demasiado cheio.
Todavia, mesmo sendo tão poderoso Varuna acabou por tornar-se um deus secundário, substituído por Indra como rei do universo. Ficou assim relegado como divindade da noite, dos oceanos, senhor da justiça e das leis e dono do quadrante Oeste. Como governante deposto Varuna encontra analogia na personagem de Urano, deus do céu e primeiro regente do mundo na mitologia grega. A etimologia de ambos os nomes sugere uma relação mítica.
Varuna também encontra paralelismo com o deus grego Oceano, que era filho de Urano. Oceano era filho de Gaia, Mãe Terra. E Varuna também era filho de uma Mãe Terra, Aditi.
Oceano é o elemento original que apareceu antes do próprio mundo e que preside à criação. Filho de Urano e Gaia, ele é a personificação divina da água. Circunda a terra como um imenso rio onde tudo se cria e aonde tudo vem morrer. É o pai de cerca de três mil rios (os Pôtamos) que alimentam a terra. Tétis, sua esposa, concebeu uma multidão de filhas, as Oceânides. Tardiamente representado nas obras de arte, Oceano, com aspecto de um ancião de barba esverdeada, segura um corno de touro, que simboliza a abundância poderosa e alimentadora das águas. (SCHMIDT. P. 201)
Oceano era o primogênito entre os filho da Terra e do Céu, considerado cortês e profundamente sábio. Podendo ver o futuro nefasto dos outros Titãs, aconselhou sua filha Estige e se pôr junto com os filhos ao serviço de Júpiter. Deste modo ela foi honrada. Suas inúmeras filhas são personificações da sabedoria e das leis que dominam o cosmos: Métis “o conhecimento”, Tiké “a fortuna” e Plutó “a riqueza”. As Néfeles, outras filhas suas, eram ninfas deusas das nuvens. Por isso, os gregos apelidaram as nuvens de “Jardins de Oceano”, pois consideravam que nasciam no horizonte ilimitado, a morada do deus.
Esta relação simbólica entre o céu e mundo das águas é forte em Varuna. Ele podia crescer tanto que suas costas eram capazes de suportar os dois oceanos do mundo, o ar e as águas. Talvez se possa considerar a ligação entre céu e oceano com o fato de ambos se perderem um no outro quando os contemplamos no horizonte. Poeticamente, as nuvens imitam, em meio ao azul celeste, as espumas das ondas marinhas em movimento constante.
Sendo Oceano o senhor do rio universal, era em tudo Onipresente e não necessitava subir ao Olimpo para conhecer os desígnios de Júpiter. Esquilo nos mostra o quão bom e sábio ele era ao tentar apaziguar a querela entre o titã Prometeu e Júpiter em Prometeu Acorrentado. Do mesmo modo, nada podia se ocultado de Varuna, que conhecia todos os segredo dos homens administrando a justiça e as leis que mantinham a harmonia o mundo.
Os povos da antiga Índia sabiam o quanto era difícil guardar um segredo… … “se duas pessoas sentam-se juntas e planejam, o rei Varuna está presente como se fosse um terceiro e sabe de tudo”. (Superinteressante: coleção divindades III, Indianas. p. 90-91).”